O amigo mais rico que conheço não tem muito dinheiro…
5 de janeiro de 2025Ministério da satisfação das necessidades materiais
5 de janeiro de 2025Em uma confraternização de aniversário encontrei um amigo “capitalista”, atuante no ramo das energias renováveis. Na ocasião me chamou a atenção seu relato de que sentia grande satisfação em proporcionar oportunidades para pessoas de baixa renda aumentarem seus ganhos investindo em unidades de captação de energia que ele administrava.
Alguns anos depois foi me oferecida a oportunidade participar de um de seus empreendimentos: uma usina de captação de energia solar. Energia limpa, sem prejudicar o meio-ambiente, subdividida em muitas cotas, algumas de um por cento, outras de dois, de cinco…
Nessa oportunidade me inteirei de que ele havia constituído uma empresa de participações, ou seja, especializada em proporcionar oportunidades para as pessoas participarem de negócios como sócios cotistas, sem a necessidade de se envolverem propriamente na atividade, apenas investindo e auferindo o retorno proporcional.
Tudo organizado como negócio, tendo como investidores não apenas pessoas de baixa renda – pois os recursos necessários para investimento eram de razoável monta – porém muitos dos participantes tinham essa característica.
Observando o estilo de trabalho desse meu amigo “capitalista”, me chamou expressivamente a atenção seus exemplos de conciliação de eficiência empresarial focada na prosperidade econômica com a manutenção de valores e princípios como lealdade, partilha de oportunidades (oportunizando inclusive a participação no negócio para pequenos prestadores de serviços que trabalham na construção das unidades de captação de energia) e de liderança de processos de sinergia de esforços em um clima de amizade e convivência saudável. Ficou profundamente registrada em minha memória a reiteração por parte dele, no decorrer das reuniões virtuais que participei, da expressão: “Que Deus abençoe!”
Seu estilo simples, objetivo e eficiente me inspirou a convidar outros amigos para participar do negócio. E repassei minha parte a um deles para investir em um empreendimento familiar. Porém considero que foi muito expressivo o lucro que tive nesse processo: observar, constatar, interagir numa situação vivencial com alguém que, atuando como gestor de recursos de outrem, atua conforme I Coríntios 4: “Ora, o que se exige dos administradores é que sejam fiéis.”
Por que me refiro a esse amigo como “capitalista” entre aspas? Porque, muito embora atuando como operador de atividade econômica que envolve a administração de recursos para viabilizar a formação do capital social das empresas, sendo ele um dos sócios que integraliza cotas no capital social dos diversos empreendimentos que formou (foi o que compreendi no decorrer do tempo em que estive no negócio), seu estilo e modus operandi é essencialmente associativista – prática que envolve solidariedade, união, cooperação e participação.