“BUFÊ ESPIRITUAL” – LITURGIA DE 6 DE JANEIRO DE 2025
6 de janeiro de 2025“BUFÊ ESPIRITUAL” – LITURGIA DE 8 DE JANEIRO DE 2025
8 de janeiro de 2025TERÇA-FEIRA – TEMPO DO NATAL DEPOIS DA EPIFANIA
Saudação
– Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
– Amém.
– A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco.
– Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

Oração firmadora do propósito de plenificar o viver com os tesouros brindados pela Santa Madre Igreja
Ó Deus Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, obrigado por mais este dia. Iluminai-me, inspirai-me, orientai-me e sustentai-me para que eu siga no caminho cristão, usufruindo da melhor forma possível os maravilhosos tesouros brindados pela Santa Madre Igreja disponibilizados neste “buffet espiritual” – em meio à realização dos deveres da vocação a que fui chamado, de meu estado de vida. Que eu possa me enriquecer espiritualmente com os estímulos à santificação do dia e da vida em que consistem as orações matinais da Liturgia das Horas (“Invitatório”, “Ofício das Leituras” e “Laudes”); a Santa Missa; as Meditações da Palavra do Senhor e o estudo do Catecismo da Igreja Católica; o néctar espiritual potencializador da prática cristã na sessão IMPULSIONAMENTO AO ESTUDO ORANTE DA LITURGIA DIÁRIA (LECTIO DIVINA) – fundamental para o sustento, remédio e fortalecimento espiritual; os EXEMPLOS DE PRÁTICA CRISTÃ (síntese das inspiradoras histórias de vida dos santos do dia) e os ESTÍMULOS À SANTIFICAÇÃO DO DIA E DA VIDA (em que também consistem as demais orações da Liturgia das Horas). Creio, Senhor, mas aumentai a minha fé! Amém!
OFÍCIO DAS LEITURAS (NA MADRUGADA)
[Fonte: <https://www.ibreviary.com/m2/breviario.php>]
PRIMEIRA LEITURA
Do Livro de Isaías 62, 1-12
Proximidade da libertação
Por amor de Sião não me calarei,
por amor de Jerusalém não terei repouso,
enquanto a sua justiça não despontar como a aurora
e a sua salvação não resplandecer como facho ardente.
Os povos hão-de ver a tua justiça,
e todos os reis da terra a tua glória.
Receberás um nome novo,
que a boca do Senhor designará.
Serás coroa esplendorosa nas mãos do Senhor,
diadema real nas mãos do teu Deus.
Não mais te chamarão «Abandonada»,
nem à tua terra «Deserta»,
mas hão-de chamar-te «Predilecta»
e à tua terra «Desposada»,
porque serás a predilecta do Senhor
e a tua terra terá um esposo.
Tal como o jovem desposa uma virgem,
o teu Construtor te desposará;
e como a esposa é a alegria do marido,
tu serás a alegria do teu Deus.
Sobre os teus muros, Jerusalém, coloquei sentinelas;
nem de dia nem de noite deixarão de repetir:
«Vós que despertais a memória do Senhor,
não tenhais descanso, nem Lho concedais a Ele,
enquanto não tiver restaurado Jerusalém,
enquanto não tiver feito dela a glória da terra».
O Senhor jurou pela sua direita e pelo seu braço forte:
«Nunca mais darei o teu trigo para alimentar os teus inimigos,
nem os homens estrangeiros voltarão a beber do teu vinho novo,
fruto do teu trabalho.
Mas quem o colheu é que há-de comê-lo
e dar graças ao Senhor;
e quem o vindimou é que há-de bebê-lo
nos átrios do meu santuário».
Entrai, entrai pelas portas,
abri caminho ao povo;
aplanai, aplanai a estrada, retirai dela as pedras,
levantai um estandarte para os povos.
Eis o que o Senhor proclama até aos confins da terra:
«Dizei à filha de Sião: Eis que vem o teu Salvador.
Com Ele vem o seu prémio e precede-o a sua recompensa.
Serão chamados ‘Povo Santo’, ‘Resgatados do Senhor’;
e tu serás chamada ‘Pretendida’, ‘Cidade não abandonada’».
RESPONSÓRIO Is 62, 2-3
R. Os povos hão-de ver a tua justiça, e todos os reis a tua glória. * Receberás um nome novo, que a boca do Senhor designará.
V. Serás coroa esplendorosa nas mãos do Senhor e dia dema real nas mãos do teu Deus. * Receberás um nome novo, que a boca do Senhor designará.
SEGUNDA LEITURA
Do Sermão atribuído a Santo Hipólito, presbítero, sobre a santa Teofania
(Nn. 2. 6-8. 10: PG 10, 854. 858-859. 862) (Sec. III)
A água e o Espírito
Jesus foi ter com João e recebeu dele o Baptismo. Admirável realidade! O rio infinito, que alegra a cidade de Deus, com um pouco de água é baptizado. A fonte inexaurível e perene, que alimenta a vida de todos os homens, imerge num pequeno e fugaz curso de água.
Aquele que está presente sempre e em toda a parte, Aquele que é incompreensível aos Anjos e invisível aos homens, vem receber o Baptismo por sua própria vontade. E eis que se Lhe abriram os céus e ouviuse uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, no qual pus toda a minha complacência.
O amado gera o amor, e a luz imaterial gera uma luz inacessível. Este é o que chamam filho de José e é também o meu unigénito segundo a essência divina.
Este é o meu Filho amado. Passa fome e dá de comer a multidões inumeráveis; fatiga-Se e reconforta os fatigados; não tem onde reclinar a cabeça e tudo sustenta com sua mão; sofre e dá remédio a todos os sofrimentos; é esbofeteado e dá ao mundo a liberdade; é ferido no seu lado e cura o lado de Adão.
Prestai-me muita atenção: quero recorrer à fonte da vida, quero contemplar a nascente donde brotam as medicinas.
O Pai da imortalidade enviou ao mundo o seu Filho e Verbo imortal, que veio ao encontro dos homens para os lavar com a água e o Espírito; e, para os regenerar com a incorruptibilidade da alma e do corpo, insuflou em nós o espírito de vida e revestiu-nos da armadura incorruptível.
Portanto, se o homem se tornou imortal, também será divinizado. E se é divinizado pela regeneração do Baptismo na água e no Espírito Santo, também será herdeiro com Cristo depois da ressurreição de entre os mortos.
Por isso proclamo com voz de arauto: Vinde, todas as tribos dos povos à imortalidade do Baptismo. Esta é a água unida ao Espírito, com que se rega o paraíso e se fecunda a terra, crescem as plantas e se multiplicam os animais; em resumo, esta é a água pela qual o homem regenerado recebe nova vida, com a qual Cristo foi baptizado, sobre a qual desceu o Espírito Santo em forma de pomba.
Quem desce com fé a este banho de regeneração renuncia ao diabo e entrega-se a Cristo; renega o inimigo e confessa que Cristo é Deus; renuncia à escravidão e reveste-se da adopção; sai do Baptismo resplandecente como o sol, despedindo raios de justiça; e, o que é mais que tudo, volta na condição de filho de Deus e herdeiro com Cristo.
A Ele a glória e o poder, com o seu Espírito santíssimo, bom e vivificante, agora e sempre e por todos os séculos dos séculos. Amen.
RESPONSÓRIO Jo 1, 32. 34. 33
R. Vi o Espírito descer do céu como uma pomba e perma necer sobre Ele. * Eu vi e dou testemunho de que Ele é o Filho de Deus.
V. Quem me enviou a baptizar com água disse-me: Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, Esse é o que baptiza no Espírito Santo. * Eu vi e dou testemunho de que Ele é o Filho de Deus.
Oração
Deus omnipotente, cujo Filho Unigénito Se manifestou aos homens na realidade da nossa natureza, concedei-nos que, reconhecendo-O exteriormente semelhante a nós, sejamos por Ele interiormente renovados. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
V. Bendigamos o Senhor.
R. Graças a Deus.
LAUDES (INÍCIO DA MANHÃ)
[Fonte: <https://www.ibreviary.com/m2/breviario.php>]
LEITURA BREVE
Is 4, 2-3
Naquele dia, o gérmen do Senhor será o ornamento e a glória dos sobreviventes de Israel, o fruto da terra será o seu esplendor e a sua alegria. Os que restarem em Sião e os sobreviventes em Jerusalém serão chamados santos e ficarão inscritos para a vida em Jerusalém.
RESPONSÓRIO BREVE
V. Virão adorar o Senhor todos os reis da terra.
R. Virão adorar o Senhor todos os reis da terra.
V. Hão-de servi-lo todos os povos.
R. Todos os reis da terra.
V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
R. Virão adorar o Senhor todos os reis da terra.
SANTA MISSA
MEDITAÇÃO DA PALAVRA DO SENHOR – EVANGELHO DO DIA MEDITADO PELO PADRE JOÃO CARLOS
MEDITAÇÃO DA PALAVRA DO SENHOR – REFLEXÃO POTENCIALIZADORA DA TÊMPERA CATÓLICA NA ORAÇÃO DA MANHÃ DE DOM ADAIR JOSÉ GUIMARÃES
MEDITAÇÃO DA PALAVRA DO SENHOR – LEITURA COMENTADA DE UM CAPÍTULO DAS SAGRADAS ESCRITURAS COM A IRMÃ ZÉLIA
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA – OUÇA TODOS OS DIAS E TERMINE EM UM ANO
IMPULSIONAMENTO AO ESTUDO ORANTE DA LITURGIA DIÁRIA (LECTIO DIVINA)
Liturgia diária
[Fonte: <http://www.novaalianca.com.br/index.php/liturgia-diaria2/4607-liturgia-de-07-de-janeiro-de-2025>]
TERÇA FEIRA – TEMPO DO NATAL DEPOIS DA EPIFANIA
(branco, pref. da Epifania – ofício do dia)
Antífona
– Bendito aquele que vem em nome do Senhor: Deus é Senhor, ele nos iluminou. (Sl 117, 26).
Coleta
– Ó Deus, cujo Filho unigênito se manifestou na realidade da nossa carne, concedei-nos que, reconhecendo-o exteriormente semelhante a nós, sejamos interiormente renovados por Ele, que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos
1ª Leitura: 1 Jo 4,7-10
Salmo Responsorial: Sl 72,1-2.3-4ab.7-8 (R: 11)
– Os reis de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!
R: Os reis de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!
– Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da realeza! Com justiça ele governe o vosso povo, com equidade ele julgue os vossos pobres.
R: Os reis de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!
– Das montanhas venha a paz a todo o povo, e desça das colinas a justiça! Este Rei defenderá os que são pobres, os filhos dos humildes salvará.
R: Os reis de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!
– Nos seus dias a justiça florirá e grande paz, até que a lua perca o brilho! De mar a mar estenderá o seu domínio, e desde o rio até os confins de toda a terra!
R: Os reis de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– O Espírito do Senhor repousa sobre mim e enviou-me a anunciar aos pobres o Evangelho (Lc 4,18).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Jo 2,1-11
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
– Glória a vós, Senhor!

Invocação de busca do reto entendimento
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor! Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra! Oremos: ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação! Por Cristo, Senhor nosso! Amém!

1o degrau da lectio divina: leitura (lectio) para compreensão do que o texto diz; 2o degrau da lectio divina: meditação (meditatio) a respeito do que o texto orienta a fazer; 3o degrau da lectio divina: oração (oratio) de compromisso com que o texto faz dizer a Deus.



[Fonte: <https://aliturgia.com/terca-feira-depois-da-epifania-6/>]
Leitura I 1Jo 4, 7-10
Caríssimos:
Amemo-nos uns aos outros,
porque o amor vem de Deus
e todo aquele que ama
nasceu de Deus e conhece a Deus.
Quem não ama não conhece a Deus,
porque Deus é amor.
Assim se manifestou o amor de Deus para connosco:
Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito,
para que vivamos por Ele.
Nisto consiste o seu amor:
não fomos nós que amámos a Deus,
mas foi Ele que nos amou
e nos enviou o seu Filho
como vítima de expiação pelos nossos pecados.
Compreender a palavra
João surpreende pela profundidade das suas palavras simples. A mensagem que traduz é tão extraordinária que nos envolve e tão simples que nos cativa. Deus é amor e, portanto, todas as suas manifestações são manifestações de amor. Ele enviou o seu filho Jesus, que é o amor feito homem a habitar entre nós. Jesus Cristo é a manifestação do amor primeiro, o amor de Deus por nós. Por esta razão devemos nós também amar-nos uns aos outros. “Porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece a Deus”.
Meditar a palavra
Quando ouvimos João falar de Deus reconhecendo que ele é amor, ficamos imediatamente cativos deste amor porque, pela simplicidade das suas palavras, todos entendemos que este amor que Deus é, é um amor que se derrama em nós e nos faz viver, faz-nos nascer de novo, faz-nos conhecer a Deus e leva-nos à experiência do amor dado, amando os outros. Trata-se da plenitude da realização do amor. Vem da fonte, Deus, e realiza-se em nós no amor de uns pelos outros e no reconhecimento de Deus como aquele que nos amou primeiro. Não é indiferente reconhecer este amor ou viver à margem desta experiência. A vida é totalmente outra a partir desta experiência de encontro com o amor que ama primeiro.
Rezar a palavra
Senhor, amor primeiro que chega à minha vida em Jesus Cristo, o filho que se entrega como vítima por mim. Derrama em mim a força desse amor, faz jorrar a fonte e inunda-me para que transborde de mim, para todos, o mesmo amor generoso e gratuito que gera vida abundante por onde passa.
Compromisso
Amar é ser filho do amor que ama primeiro. Quero ser filho deste amor.
Evangelho Mc 6, 34-44
Naquele tempo,
Jesus viu uma grande multidão
e compadeceu-se deles,
porque eram como ovelhas sem pastor.
Começou então a ensiná-los demoradamente.
Como a hora ia já muito adiantada,
os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe:
«O local é deserto
e a hora já vai adiantada.
Manda-os embora,
para irem aos casais e aldeias mais próximas
comprar de comer».
Jesus respondeu-lhes:
«Dai-lhes vós mesmos de comer».
Disseram-Lhe eles:
«Havemos de ir comprar duzentos denários de pão,
para lhes darmos de comer?»
Jesus perguntou-lhes:
«Quantos pães tendes? Ide ver».
Eles foram verificar e responderam:
«Temos cinco pães e dois peixes».
Ordenou-lhes então que os fizessem sentar a todos, por grupos,
sobre a verde relva.
Eles sentaram-se, repartindo-se em grupos de cem e de cinquenta.
Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes,
ergueu os olhos ao céu e pronunciou a bênção.
Depois partiu os pães e foi-os dando aos discípulos,
para que eles os distribuíssem.
Repartiu por todos também os peixes.
Todos comeram até ficarem saciados;
e encheram ainda doze cestos com os pedaços de pão e de peixe.
Os que comeram dos pães eram cinco mil homens.
Compreender a palavra
Estamos perante uma página muito bela do Evangelho de Marcos. Mostra Jesus compadecido pelas pessoas que são como ovelhas sem pastor. Decide, então, ensiná-las. Que lhes ensina Jesus? (podes imaginar o que diria Jesus hoje ao teu coração desorientado ou desorganizado?) Depois, a descrição revela a pobreza em que aquela multidão se encontra. Estão num lugar deserto, numa hora tardia e não têm que comer. Tudo está contra aquelas pessoas. Reforço: Sem pastor, no meio do deserto, numa hora tardia e sem comida. Jesus dá-lhes de comer, mas com a ajuda dos discípulos. São eles que, às ordens de Jesus “dai-lhes vós de comer” arranjam o pão e os peixes e são eles que o distribuem à multidão. Para Jesus fica o gesto e a palavra essenciais: Toma o pão, abençoa-o, parte-o e dá-o aos discípulos. Este gesto não pode ser realizado por um qualquer, só Jesus e aqueles a quem Jesus mandar. É o gesto da última Ceia que se repete na Eucaristia. Só o sacerdote pode fazê-lo porque revestido de Cristo. Por fim, a abundância. Afinal, aquela multidão que não tinha pastor, que andava perdida, que estava entre o dia e a noite e sem comida, encontrou um pastor: Jesus é o seu pastor. Nunca mais terão fome nem sede, porque o Senhor os alimentará.
Meditar a palavra
Este texto leva-me a pensar a minha vida. Não serei eu também uma ovelha sem pastor? Não andarei perdido pelo deserto deste mundo de interesses mesquinhos, de compras, hipermercados, campos de futebol e praças públicas? Não estarei a viver ali entre o dia e a noite, numa hora do entardecer da vida em que não é dia nem noite mas em que a noite quer avançar sobre mim? Não andarei a passar fome quando junto de mim, na casa de meu Pai há pão em abundância? Só Jesus dá o alimento, o pão de cada dia, na abundância que ultrapassa a minha fome. Onde procuro eu satisfazer a minha fome? A quem procuro neste meu desassossego permanente? Serei eu uma ovelha do rebanho de Jesus? Então, se sou, que faço com o pão que Jesus me dá? O pão que é a sua palavra e é também o alimento da Eucaristia, não é só para mim. Jesus dá-me para que eu distribua por todos, a fim de que ninguém passe fome. Será que, por egoísmo, por vergonha ou por comodismo, não reparto este pão da palavra nem pelos da minha casa e da minha família? Serei assim tão pobre de espírito que nem os dons que Deus me dá gratuitamente sou capaz de repartir com os outros?
Rezar a palavra
Senhor, hoje, recordo aquela canção que diz, “Senhor, quanta tristeza vejo em teu olhar, gostava de te consolar”. Mas dou-me conta de que muitas vezes andas triste porque eu me deixo perder e acabo no deserto abandonado, como se não tivesse pastor, como se Tu não fosses o meu pastor. Quem me vê há de pensar que és Tu quem não cuida de mim, quando sou eu que fujo da Tua presença na ânsia de satisfazer a minha fome com o alimento de outros pastores. Só Tu, Senhor, tens o pão que sacia, só Tu és o pão que desceu do céu, só tu és o verdadeiro alimento. Sabes, hoje lembrei-me daquelas palavras que disseste: “nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”. Dá-me, Senhor desse pão, dá-me, Senhor, a tua palavra, dá-me dessa água para que não volte a ter sede. Sê o meu pastor, Senhor, e tem paciência comigo, sabes que me perco facilmente.
Compromisso
Hoje vou experimentar o desejo de comungar o pão da Eucaristia. Alguns de nós comungamos todos os dias e podemos perder este desejo por termos pão em abundância. Outros poderão já ter perdido este desejo porque há muitos anos que não vão à Missa e se vão não podem comungar. Hoje vou pensar neste assunto e vou desejar dizendo a mim mesmo: “Gostava de comungar hoje o Corpo de Cristo”. Que estas palavras me acompanhem todo o dia até se tornarem oração.
[Referência: LEITURA ORANTE DA PALAVRA – LECTIO DIVINA FERIAL: <Leitura Orante da Palavra – Lectio Divina Ferial (liturgia.pt)>]

4o degrau da lectio divina: contemplação (contemplatio) – firme propósito de ver a vida com os olhos da fé, com o olhar iluminado pelo Espírito Santo; de tornar-se um novo ser humano: discípulo missionário de Jesus Cristo.
Oração firmadora do propósito de dedicar-se ao discipulado missionário de Jesus Cristo
Clamo-vos, ó Deus Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, e rogo a intercessão da Virgem Maria e de todos os santos e anjos de Deus, para que me ilumineis, inspireis, orienteis e sustenteis de modo que eu veja a vida com os olhos da fé, com o olhar iluminado pelo Espírito Santo, tornando-me passo a passo, dia-a-dia, de acordo com a vossa santa vontade, um discípulo missionário de Jesus Cristo, ciente de que a Leitura Orante da Palavra de Deus se constitui base, estímulo e impulso para fazê-lo da melhor forma possível.
Que eu me empenhe para participar diariamente da Santa Missa (ou, caso não for possível, alternativamente, a assista por meio eletrônico), aproveitando para, antes ou depois depois da Santa Missa, devotar uma hora de adoração ao Santíssimo Sacramento (ou o tempo que for possível). Que eu recite o Santo Rosário e outras orações e devoções pelas quais me sinto particularmente tocado, em especial invocando a iluminação do Espírito Santo, bem como a proteção e orientação dos anjos.
Que eu leia ao menos as sínteses das vidas dos santos de cada dia, ricas em exemplos de prática cristã. Que eu me debruce sobre as leituras escolhidas pela Santa Madre Igreja para serem meditadas nos diversos momentos orantes que compõem a Liturgia das Horas, que consistem em preciosos estímulos para a santificação do dia – e da vida. Que na medida do possível eu recite as orações da Liturgia das Horas em seus respectivos horários e me coloque em silêncio por alguns momentos após elas, em atitude de adoração e profunda intimidade com o Senhor- ou pelo menos as ouça ao longo do dia.
Que eu me impregne profundamente da consciência do magnífico valor dos tesouros disponíveis no caminho cristão, tão rico em alimento espiritual, que podem – e devem – ser desbravados e conquistados pela alma que tem sede de Deus (Sl 41). Que eu passe a usufruí-los, gradual e progressivamente, de acordo com a realidade e as possibilidades, avançando na prática de orações mentais, meditando leituras recomendadas para tal. E que eu me dedique a ampliar o conhecimento da fé , bem como da doutrina cristã autêntica expressa nos documentos da Igreja e na grande diversidade de obras escritas pelos santos e pelos que se empenharam sinceramente para bem servir a Santa Madre Igreja.
Que eu siga o exemplo de profunda caridade de Jesus, de dar a vida pelos irmãos, fazendo do viver uma oblação, um doar-se pelo Reino: na convivência diária no âmbito da família e do trabalho; na vida comunitária – com especial zelo no seguimento das orientações da Santa Madre Igreja quanto a vida sacramental, de acordo com meu estado de vida e as circunstâncias específicas do viver (Batismo, Confirmação, Penitência, Eucaristia, Ordem, Matrimônio e Unção dos Enfermos), buscando também contribuir da melhor forma possível para que muitos usufruam das graças sacramentais. E que eu me engaje frutuosamente em ações concretas para a promoção da vida plena e abundante que Jesus veio trazer a todos, praticando da forma mais elevada possível as virtudes teologais da fé, esperança e caridade, bem como as virtudes cardeais da prudência, justiça, fortaleza e temperança. Amém!
SANTOS DO DIA – EXEMPLOS DE PRÁTICA CRISTÃ
[Fonte: <https://sagradamissao.com.br/2025/01/santos-do-dia-da-igreja-catolica-07-de-janeiro/>]
Santos do Dia da Igreja Católica – 07 de Janeiro
Postado em: por: marsalima
Santo Luciano da Antioquia
Luciano chamado da Antioquia nasceu em 235 e deve seu grande renome ao fato de ter sido o iniciador da doutrina herética conhecida como arianismo, que tão profundamente abalou toda a cristandade dos primeiros séculos. Aliás, diga-se que os arianos se chamaram inicialmente de “lucianistas”. Doutrina a qual Luciano se retratou lavando com o sangue do seu próprio martírio o inicial equívoco, levado às últimas consequências pelo herege Ário, que lhe doou o nome definitivo. Assim temos em Santo Luciano um sacerdote sírio que foi martirizado no século IV, mais precisamente no ano 312, na Nicomedia, Turquia.
Nascido em Samósata, cidade do norte da Síria que serve de passagem para Jerusalém, de pais cristãos, ficou órfão aos doze anos de idade. Para conservar e reforçar a fé recebida da família na infância se retirou para a cidade de Edessa, também na Síria, aonde vivia em grande austeridade, dedicando-se aos estudos teológicos das Sagradas Escrituras, tendo o famoso mestre Macário como diretor. Uma vez formado, ordenou-se sacerdote exercendo todo o seu apostolado na Antioquia, Turquia.
Luciano era muito apegado aos estudos e tinha grande formação literária ocupando o posto de um dos homens mais versados da Igreja. Ele fundou uma escola de catequese que, na época, só encontrava equivalente na respeitadíssima escola egípcia de Alexandria, que já comemorava meio século de implantação.
Essa escola formou dezenas de personagens famosos na História da Igreja, entre eles vários bispos, teólogos e escritores católicos. Foi nesta época que suas obras teóricas começaram a despertar a ira do bispo Paulo de Samosata, dando início à intensa polêmica que mexeu com a Igreja. O tal bispo ainda sustentava a heresia ariana a qual afirmava ser Cristo “inferior a Deus” e não consubstancial a Ele. Era a doutrina que Luciano iniciara, mas, ao se perceber errado, a combatia com intensidade, veemência e vigor. Conseguiu vencer o bispo Paulo que foi destituído e afastado do Cristianismo, passando-se para o lado do herege Ário.
Luciano continuou cada vez com mais vigor sua obra evangelizadora, tendo também que enfrentar as perseguições impostas contra os cristãos, pelo imperador Maximiano. O tirano decidira liquidar primeiro com Luciano, por entende-lo como uma fonte de liderança poderosa de manutenção da fé cristã, daquela época. Ele acabou preso permanecendo algemado durante sete anos. Mesmo nessa condição, para confortar os companheiros de prisão, celebrava a Santa Missa deitado no chão usando o próprio peito como altar.
Depois, o então imperador, Maximino Daia, percebeu que não conseguiria fazê-lo renegar sua fé, por isso mandou que fosse submetido a uma série de bárbaros suplícios. Chegou a ficar quinze dias sem alimento algum e, mesmo assim, se recusou a ingerir carne de animais imolados em nome dos deuses pagãos. Finalmente, foi executado a fio de espada, tendo sido seu corpo lançado ao mar. A tradição diz que ele foi recuperado graças a um golfinho que o transportou do local do martírio para Helenópolis, na Ásia Menor.
Mas a verdade é que Santa Helena, mãe do rei Constantino era muito devota de Santo Luciano, o qual citava com frequência ao filho, que ainda não havia se convertido. Constantino que a amava muito, durante o seu reinado, mandou que as relíquias do Santo fossem transladadas para Helenópolis, cidade natal de sua querida mãe. Depois ele mesmo, em 337, escolheu a sepultura do Santo para ser o local do seu batizado, oficializando sua conversão e de todo o seu reino. Esse ato propagou ainda mais o culto de Santo Luciano, tanto no Oriente como no Ocidente.
Santo Luciano entretanto teve um outro precedente importante, conhecido como Luciano de Somosata, que viveu entre 125 e 192, sendo um importante filósofo e jurista grego, também fundador de uma escola, só que em Atenas, falecendo como funcionário no Egito. Por essas semelhanças ele e sua exuberante obra filosófica e literária, notadamente satírica, foram confundidos com a trajetória do Santo oriundo dessa localidade, principalmente nos primeiros séculos. Este é o motivo pelo qual Santo Luciano é chamada da Antioquia.
Santo Raimundo de Peñafort
Raimundo era um fidalgo espanhol descendente dos reis de Aragão. Nasceu em 1175, no castelo dos Peñafort, na Catalunha. Desde muito pequeno apresentava interesse pela vida religiosa e pelos estudos. Aos vinte anos foi professor de artes livres numa universidade em Barcelona, atraindo muitos estudantes com suas aulas. Depois foi para Bolonha onde continuou lecionando e estudando direito civil e eclesiástico. Ao final foi diplomado com louvor e nomeado titular da cadeira de Direito Canônico da mesma escola. Jamais esqueceu os pobres, deles, Raimundo cuidava pessoalmente, muito embora a fama de seus conhecimentos já percorresse toda a Itália e Europa.
Em 1220 voltou para a Espanha e foi ordenado sacerdote e vigário geral da diocese de Barcelona. Depois foi convocado para servir em Roma a pedido do Papa Gregório IX, do qual foi confessor cerca de oito anos. Nesta época observou que os pobres, quando iam ao palácio papal, não eram tratados e atendidos com o devido direito, por isto alertou ao pontífice para que se interessasse pessoalmente por esta parte do rebanho. Por ordem do Papa, Raimundo editou a obra conhecida como “Os Decretais de Gregório IX”, muito importante para o direito canônico até hoje.
Como retribuição pela dedicação e bons trabalhos, este papa o nomeou arcebispo de Taragona. Dentro de sua extrema humildade e se julgando indigno pediu exoneração do cargo, chegando a ficar doente por causa desta situação e com a licença dos superiores, voltou para a Espanha. Do amigo, Pedro Nolasco, recebeu e aceitou o convite de redigir as Constituições da nascente Ordem das Mercês para a Redenção dos Cativos.
Com a chegada dos dominicanos em Barcelona, abandonou tudo para ingressar na Ordem. Quando o superior geral morreu, em 1278, os religiosos elegeram Raimundo para ser o sucessor. Durante dois anos percorreu todos os conventos da Ordem a pé. Depois se afastou da direção, para se dedicar a vida solitária de orações e penitência, mas aos pobres continuou a atender. Esta santificação lhe aprimorou ainda mais os dons e grandes prodígios Deus executou por meio do seu servo, cuja fama de santidade corria entre os fiéis.
Por inspiração, aos setenta anos, Raimundo voltou ao ensino. Fundou dois seminários onde o ensino era dado em hebraico e árabe, para atrair judeus e mouros ao Cristianismo. Em pouco tempo dez mil árabes tinham recebido o batismo. Foi confessor do rei Jaime de Aragão, ao qual repreendeu pela vida mundana desregrada. Também o alertou sobre o perigo que o reino corria com os albigenses, facção da seita dos cátaros, que estavam pregando uma doutrina contrária e desta maneira conseguiu que fossem expulsos. Era um escritor valoroso, a sua obra, “Suma de Casos”, continua sendo usada pelos confessores.
Avisados de sua última enfermidade os reis de Aragão e Castela foram ao seu encontro para receberem a derradeira benção. Raimundo de Peñafort morreu centenário no dia 6 de janeiro de 1275. Foi canonizado e sua festa autorizada para o dia seguinte da Epifania, em 7 de janeiro.
Maria Teresa do Sagrado Coração (Bem-Aventurada)
O seu nome era Ioanna, para nós Joana, e foi uma das filhas da numerosa família Haze. Pertenciam à classe média e eram católicos fervorosos. Ela nasceu na cidade de Liegi em 27 de fevereiro de 1777. Desde o berço apresentou uma inteligência precoce, aos quatro anos sabia ler e escrever corretamente.
Neste período a família conviveu com os perigos da Revolução Francesa e por isto teve de fugir para o exterior, em consequência do avanço do exército revolucionário que pretendia a independência da Bélgica. Foi nesta circunstância, que em 1795 seu pai veio a falecer. Depois, algumas de suas irmãs se casaram. Joana e a irmã Ferdinanda, ao invés do matrimonio, animavam o desejo de seguirem a vida como religiosas, coisa impossível, por causa das leis anticlericais da época.
Entretanto, permaneceram em casa levando uma vida religiosa missionária, dedicadas ao trabalho e as orações. Alfabetizavam, catequizavam e atendiam os pobres, marginalizados, doentes e cuidavam da mãe, que morreu em 1820.
Quatro anos depois, foi oferecida para elas uma escola paroquial em Liegi, tolerada pelo governo holandês, ao qual estava submetida a população belga. Em 1830, quando a Bélgica adquiriu sua independência, Joana decidiu fundar uma nova congregação religiosa a qual recebeu o nome de “Filhas da Santa Cruz de Liegi”. As atividades iniciaram em agosto de 1832, com a finalidade de organizar as escolas privadas, prestar assistência aos presos, aos hospitais dos carentes e dar atendimento às missões.
Joana tomou o nome de Maria Teresa do Sagrado Coração e administrou a sua Obra até a idade bem avançada e com muita lucidez. Uma de suas motivações espirituais, que a acompanhou por toda vida foi: “O Senhor apresenta a Cruz com uma mão e a consolação com a outra”.
Faleceu em Liegi e foi sepultada no cemitério de Chénée, na Bélgica. A Congregação conta hoje com mais de 103 comunidades espalhadas em quatro continentes. O processo de sua beatificação deu início em 1911, pelos vários milagres atribuídos à sua intercessão. Foi aprovado pela Igreja em janeiro de 1991, sendo beatificada pelo papa João Paulo II em abril de 1991.
Provavelmente Santa Maria Tereza do Sagrado Coração, Ioanna Haze, tenha se tornado a beata mais idosa da história da Igreja Católica de Roma, pois morreu com noventa e nove anos em 7 de janeiro de 1876, em plena atividade. A sua cerimônia litúrgica se comemora neste dia.


ESTÍMULOS À SANTIFICAÇÃO DO DIA – E DA VIDA
LEITURAS DAS ORAÇÕES DA LITURGIA DAS HORAS DE 7 DE JANEIRO DE 2025
[Fonte: <https://www.ibreviary.com/m2/breviario.php>]
ORAÇÃO DA HORA TERÇA (NOVE HORAS)
LEITURA BREVE
Is 45, 13
Eu o suscitei para fazer justiça e aplanarei todos os seus caminhos. Ele reconstruirá a minha cidade e libertará os meus ca ti vos, sem preço nem resgate, diz o Senhor Deus do universo.
V. Deus apareceu na terra
R. E começou a viver entre os homens.
ORAÇÃO DA HORA SEXTA (DOZE HORAS)
LEITURA BREVE
Is 48, 20
Anunciai com brados de alegria, divulgai até às extre mi dades da terra, dizei: «O Senhor resgatou o seu servo Jacob».
V. As nações hão-de ver a vossa justiça
R. Todos os reis contemplarão a vossa glória
ORAÇÃO DA HORA NONA (QUINZE HORAS)
LEITURA BREVE
Is 65, 1
Ofereci-Me para responder aos que não Me consultavam, deixei-Me encontrar pelos que não Me buscavam. Eu disse: «Eis-Me aqui, Eis-Me aqui», a um povo que não invocava o meu nome.
V. Povos da terra, bendizei o Senhor.
R. Proclamai o seu louvor em todas as nações
Oração
Deus omnipotente, cujo Filho Unigénito Se manifestou aos homens na realidade da nossa natureza, concedei-nos que, reconhecendo-O exteriormente semelhante a nós, sejamos por Ele interiormente renovados. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
V. Bendigamos o Senhor.
R. Graças a Deus.
ORAÇÃO DE VÉSPERAS (FINAL DA TARDE)
LEITURA BREVE
Ef 2, 3b-5
Nós éramos, por natureza, filhos da ira, como os outros. Mas Deus, que é rico em misericórdia, pela grande caridade com que nos amou, a nós que estávamos mortos por causa dos nossos pecados, restituiu-nos à vida com Cristo. É pela graça que fostes salvos.
RESPONSÓRIO BREVE
V. N’Ele serão abençoadas todas as nações da terra.
R. N’Ele serão abençoadas todas as nações da terra.
V. Hão-de glorificá-l’O todos os povos.
R. Todas as nações da terra.
V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
R. N’Ele serão abençoadas todas as nações da terra.
ORAÇÃO DE COMPLETAS (ANTES DE DORMIR)
LEITURA BREVE
1 Pedro 5, 8-9
Sede sóbrios e estai vigilantes: o vosso inimigo, o demônio, anda à vossa volta, como leão que ruge, procurando a quem devorar. Resisti-lhe firmes na fé.
RESPONSÓRIO BREVE
V. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
R. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
V. Senhor, Deus fiel, meu Salvador.
R. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
R. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
confraria@catolicospraticantes.com.br
www.catolicospraticantes.com.br
Importante:
* A Liturgia Diária, a porção da Palavra de Deus escolhida para cada dia, consiste em refeição espiritual de escol brindada pela Santa Madre Igreja, preparatória para o alimento divino, a Sagrada Eucaristia. Auguramos que esse estudo orante possa contribuir para potencializar o sustento e o remédio que essas santas palavras são destinadas a proporcionar e que com cada vez maior assiduidade mais irmãos na fé priorizem sorver diariamente as delícias inefáveis da Santa Palavra e da Sagrada Eucaristia. Sugerimos, caso não for possível por alguma razão desfrutar a missa presencialmente, que se o faça ao menos virtualmente, pela televisão ou internet. Também recomendamos escrever na área de busca de sites veiculadores de vídeos na internet as palavras “Homilia diária” e aproveitar os momentos livres do pensamento (inclusive no decorrer da realização de atividades manuais que não requerem intensa concentração – como lavar louça, por exemplo) para ouvir as reflexões de clérigos qualificados para nos ajudar a compreender com cada vez mais profundidade os desígnios divinos. O católico que participar de todas as Missas diárias ou estudar a Liturgia Diária pelo período de três anos, terá estudado toda a Bíblia (exceto partes de algumas passagens que são apresentadas de forma sintetizada, das quais são suprimidos versículos considerados de importância secundária). Essa breve exegese da Liturgia Diária é recomendada para quem busca conhecer com profundidade a Palavra de Deus, para dela se tornar íntimo e colocá-la em prática.
** A Liturgia das Horas é composta por sete momentos orantes rezados pelo fiel ao longo do dia. O primeiro, na madrugada, se chama Ofício das Leituras, composto pela recitação de vários salmos; a primeira leitura (extraída da Bíblia); a segunda leitura (extraída da Sagrada Doutrina) e algumas orações próprias. O segundo, Laudes, se reza no início da manhã, incluindo a recitação de salmos; orações; leitura bíblica breve e inclui também preces. Os momentos orantes do “miolo do dia” (das 09 às 15 horas) chamados “da hora média”, são propostos para serem realizados com brevidade em três etapas: Hora Terça, em torno das 09:00 horas; Hora Sexta, em torno das 12:00 horas; e Hora Nona, em torno das 15:00. São compostos pela recitação de salmos; orações e uma leitura bíblica breve. O sexto momento orante se dá antes do pôr do sol, sendo denominado de Vésperas e inclui também algumas preces, além dos salmos, orações e leitura bíblica breve. O sétimo momento orante denomina-se Completas, sendo realizado antes de dormir, incluindo o exame de consciência, uma breve recitação dos salmos, leitura bíblica breve e orações próprias, sendo bastante conciso. Tais momentos orantes são destinados especialmente à santificação do dia. A Liturgia das Horas serve também como ponto de interseção entre todos os católicos, sendo prescrita em especial para ser recitada por todos os componentes do clero, religiosos, religiosas, diáconos… constituindo-se fundamental para a unidade da fé, prevenindo a queda em heresias (a “escolha” de partes das escrituras e da doutrina e o rechaço de outras). Recomendamos vivamente que todos quantos puderem se dediquem a essa maravilhosa prática e reputamos como mínimo necessário a meditação da segunda leitura do Ofício das Leituras (aqui trazida como leitura complementar, extraída do o site <http://www.ibreviary.com/>), com o que nos tornamos agraciados com os preciosíssimos tesouros da Sagrada Doutrina brindados pelos que cultivaram a fé desde o início da Igreja. Podemos acessar a Liturgia das Horas através de livro próprio, também chamado de Breviário, ou por meio de aplicativos ou sites na internet. O fiel pode ainda digitar na área de busca o nome do momento orante que deseja acompanhar e terá à disposição essa oração com os salmos cantados. Disponibilizamos diariamente nesse estudo orante da Palavra de Deus os textos das leituras de todos os momentos orantes da Liturgia Diária, reputando-os como estímulos para a santificação do dia.
*** Por que ler a vida do Santo do dia?
Você sabe porque é muito importante conhecer e meditar no exemplo de vida do Santo do dia?
É fácil perceber que os homens se influenciam mutuamente no relacionamento social. A criança imita os pais, os gestos de dois amigos tendem a se assemelhar, pois a imitação é conatural aos homens desde a infância, distinguindo-os como a criatura mais imitativa de todas.
Esse mimetismo inato vincado em nossa humanidade se verifica também no âmbito sobrenatural. Conforme frisou Bento XVI, “os Santos constituem o comentário mais importante ao Evangelho, uma atualização sua na vida cotidiana e, por conseguinte, representam para nós um verdadeiro caminho de acesso a Jesus”.(1) Podemos, sem dúvida, considerá-los como imagem de Deus transposta para o dia a dia.
O conceito de imitação de Cristo – diretamente ou através do Santo do Dia – está presente nos Livros Sagrados, sobretudo nas cartas de São Paulo, como a destinada aos filipenses: “Sede meus imitadores, irmãos, e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós” (3, 17).
São Francisco de Assis estava bem cônscio de seu papel simbólico quando dizia: “Devo ser modelo e exemplo para todos os frades”. (2)
Para o homem contemporâneo essas analogias entre Cristo e os Santos poderiam parecer despropositadas ou mesmo maldosamente tachadas de “culto à personalidade”.
Por isso, é fundamental ler a história do Santo do Dia para que conhecendo o exemplo deles e admirando-os, aprendamos como adequar nossas vidas à santidade que Deus quer de nós.
**** Leitura Orante da Palavra (Lectio divina)
Fonte: <https://www.ivcpoa.com.br/leitura-orante-da-palavra>
a) Como surgiu?
No século XII, o monge Guigo II estava trabalhando no mosteiro com uma escada na mão. Enquanto isso, pedia a Deus que lhe sugerisse um instrumento que o ajudasse a subir até ele. Sobre isso, ele escreveu: “Ocupado em um trabalho manual, comecei a pensar na atividade espiritual do ser humano e se apresentaram improvisadamente à minha reflexão quatro degraus espirituais, ou seja: 1) a leitura; 2) a meditação; 3) a oração; e 4) a contemplação”. Esta é a escada que se eleva da terra ao céu. Alguns chamam esse método de rezar de Lectio divina, isto é, leitura divina.
b) Os passos da Leitura Orante: 1) leitura; 2) meditação; 3) oração; e 4) contemplação.
1) Leitura: no primeiro momento, procure acolher a Bíblia não como um livro qualquer, mas como um tesouro que é a Palavra que Deus quer nos falar. Esforce-se para captar o sentido do texto do modo mais pleno possível. Para isso, podem ajudar algumas perguntas: • Quem? O que diz e o que faz cada personagem? • Onde? Como se situa este texto na Bíblia e em que contexto? • Que relação tem com outros textos? • Em síntese, o que diz o texto?
2) Meditação: A meditação vai responder à pergunta: “O que é que Deus, através deste texto, tem a nos dizer hoje?”. É muito importante perceber o que o texto diz para mim, não somente para os outros. Algumas vezes, as pessoas procuram no texto bíblico lições para ensinar aos outros. Aqui é diferente: o texto fala diretamente com o leitor, seja pessoalmente, seja comunitariamente. Entra-se em diálogo, facilitado por algumas perguntas, como: O que há de semelhante e de diferente entre a situação do texto e a nossa de hoje? O que a mensagem deste texto diz para a nossa situação? Que mudanças de comportamento nos sugere? Pode-se perceber o quanto as ideias de Deus são diferentes das nossas e a necessidade de deixar que a Palavra de Deus transforme as nossas convicções. Muitas vezes, é preciso mudar de mentalidade para aderir à vontade de Deus.
3) Oração: É o momento de expressar o que o texto nos faz dizer a Deus. A oração é a nossa resposta à Palavra de Deus lida e meditada. A oração provocada pela meditação inicia-se com uma atitude de admiração, silêncio e adoração ao Senhor. A oração suscitada pela meditação também pode ser recitação de preces e salmos. Dependendo do que se ouviu da parte de Deus, a resposta pode ser de louvor ou de ação de graças, de súplica ou de perdão. É importante que essa oração espontânea não seja só individual, mas tenha sua expressão comunitária em forma de partilha.
4) Contemplação: enxergar, saborear, agir. A contemplação ajuda a enxergar o mundo de maneira nova. Tira o véu e ajuda a descobrir o projeto de Deus na história que hoje vivemos. Leva-nos a perceber Cristo como centro de tudo. Pela Leitura Orante, vamos crescendo na compreensão do sentido e da força da Palavra de Deus, vamos sendo transformados e nos tornando capazes de transformar a realidade. Contemplar supõe viver de modo diferente. O centro da pessoa está em Cristo. A pessoa é transformada pela Palavra de Deus, por isso contempla a presença de Deus em sua vida e adquire um novo olhar sobre a realidade.
Leitura Orante na Prática
O monge que criou o método sugere a ideia de uma escada que nos ajude a subir até Deus. Vamos analisar os quatro degraus que devemos subir.

1º Degrau – Leitura (Lectio): O que o texto diz?
1. Leia lentamente o texto, ao menos duas vezes.
2. Ainda não é hora de tentar tirar uma mensagem para sua vida. Apenas tente compreender o que o texto poderia significar na época em que foi escrito.
3. Tente reconstruir o texto: Quem são as pessoas que aparecem no texto e qual é a situação de cada uma? De acordo com o texto, qual é o papel de cada uma e quais seriam seus sentimentos? Aparece algum conflito no texto? Como é resolvido? Qual é o rosto de Deus no texto?

2º Degrau – Meditação (Meditatio): O que o texto me diz?
1. Destaque os versículos que foram mais fortes para você (sem tentar interpretá-los).
2. Atualize o texto comparando a situação da época com a situação atual e procure perceber o que tudo isso tem a ver com a sua/nossa vida de cristão.

3º Degrau – Oração (Oratio): O que o texto me faz dizer a Deus?
1. Tudo o que foi lido e meditado é transformado em uma conversa orante com Deus.
2. A oração é o instante no qual se é convidado a falar com Deus através do louvor, do agradecimento, do pedido, da súplica, do oferecimento, do perdão dirigido a ele: “Senhor, eu te peço… Eu te louvo e agradeço meu Deus…”. Dialogar diretamente com Deus: tenha “um trato de amizade com aquele que nos ama” (Santa Teresa). É necessário silêncio…

4º Degrau – Contemplação (Contemplatio)
Contemplar é ver a vida com os olhos da fé. É sentir, quase intuitivamente, a presença da Santíssima Trindade ao nosso lado. Esse passo está ligado ao anterior; às vezes, não percebemos quando termina um e começa o outro. Volte-se para a sua realidade (ao seu dia a dia) e veja sua vida com o olhar iluminado pelo Espírito Santo. Não se trata de pensar “o que fazer”, mas de como irá seguir Jesus a partir desse texto? É a primazia do ser sobre o fazer. Este último será o resultado de um novo ser humano: discípulo missionário de Jesus Cristo.
Atenção! Este método é fascinante, mas exigente. Não supõe saber ou ter grandes estudos, mas requer dedicação e escuta atenta à Palavra de Deus. Se alguém ler o texto bíblico sem seguir o método orante, dificilmente entenderá os quatro degraus. Há alguns que dizem que é muito difícil seguir este processo, certamente porque querem resultados imediatos e não dão tempo para escutar o Senhor. Para seguir este método, é preciso muita humildade e deixar o Senhor falar. É preciso se livrar de conceitos prontos sobre o texto lido. Evite-se, igualmente, logo tirar uma mensagem para pôr em prática. Essa aplicabilidade da Palavra depende de uma escuta mais atenta, pois nem sempre o Senhor pede que se faça algo, mas solicita uma mudança em nosso ser – a nossa conversão.