“BUFÊ ESPIRITUAL” – LITURGIA DE 7 DE JANEIRO DE 2025
7 de janeiro de 2025“BUFÊ ESPIRITUAL” – LITURGIA DE 9 DE JANEIRO DE 2025
9 de janeiro de 2025Saudação
– Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
– Amém.
– A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco.
– Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

Oração firmadora do propósito de plenificar o viver com os tesouros brindados pela Santa Madre Igreja
Ó Deus Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, obrigado por mais este dia. Iluminai-me, inspirai-me, orientai-me e sustentai-me para que eu siga no caminho cristão, usufruindo da melhor forma possível os maravilhosos tesouros brindados pela Santa Madre Igreja disponibilizados neste “buffet espiritual” – em meio à realização dos deveres da vocação a que fui chamado, de meu estado de vida. Que eu possa me enriquecer espiritualmente com os estímulos à santificação do dia e da vida em que consistem as orações matinais da Liturgia das Horas (“Invitatório”, “Ofício das Leituras” e “Laudes”); a Santa Missa; as Meditações da Palavra do Senhor e o estudo do Catecismo da Igreja Católica; o néctar espiritual potencializador da prática cristã na sessão IMPULSIONAMENTO AO ESTUDO ORANTE DA LITURGIA DIÁRIA (LECTIO DIVINA) – fundamental para o sustento, remédio e fortalecimento espiritual; os EXEMPLOS DE PRÁTICA CRISTÃ (síntese das inspiradoras histórias de vida dos santos do dia) e os ESTÍMULOS À SANTIFICAÇÃO DO DIA E DA VIDA (em que também consistem as demais orações da Liturgia das Horas). Creio, Senhor, mas aumentai a minha fé! Amém!
OFÍCIO DAS LEITURAS (NA MADRUGADA)
[Fonte: <https://www.ibreviary.com/m2/breviario.php>]
PRIMEIRA LEITURA
Do Livro de Isaías 63, 7-19
Recordação da misericórdia divina
perante o povo abandonado
Vou recordar os benefícios do Senhor,
os feitos gloriosos do Senhor, tudo quanto Ele fez por nós:
é grande a sua bondade para com a casa de Israel.
Ele tratou-nos segundo a sua benignidade,
segundo a grandeza da sua misericórdia.
Ele tinha dito: «Verdadeiramente este é o meu povo,
são filhos que não Me vão desiludir».
E foi para eles um salvador em todas as suas angústias.
Não foi um mensageiro nem um Anjo,
mas Ele próprio que os salvou.
No seu amor e na sua compaixão, foi Ele que os libertou,
os ergueu e conduziu, em todos os dias de outrora.
Mas eles revoltaram-se,
amarguraram o seu santo espírito;
por isso Ele tornou-Se inimigo deles e combateu contra eles.
Então o povo recordou-se dos dias de outrora,
de Moisés, seu servo:
«Onde está Aquele que fez subir do mar o pastor do seu rebanho?
Onde está Aquele que pôs no meio dele o seu santo espírito,
que fez avançar à direita de Moisés o seu braço glorioso,
Aquele que diante deles dividiu as águas,
alcançando um nome eterno,
e que os fez avançar entre as ondas,
como um cavalo na estepe, sem tropeçar?
O espírito do Senhor conduzia-os ao repouso
como rebanho que desce para o vale».
Assim conduzistes o vosso povo,
alcançando um nome glorioso.
Olhai e vede lá do Céu,
da vossa morada santa e gloriosa.
Onde estão o vosso zelo e o vosso poder,
a ternura do vosso coração e a vossa misericórdia?
Não fiqueis insensível, porque sois o nosso Pai;
Abraão não sabe quem somos
e Israel não nos reconhece.
Vós, Senhor, sois o nosso Pai;
«Nosso Redentor» é desde sempre o vosso nome.
Porque nos deixais, Senhor, desviar dos vossos caminhos
e endurecer o nosso coração, para que não Vos tema?
Voltai, por amor dos vossos servos
e das tribos da vossa herança.
Porque penetraram os ímpios no vosso templo
e os nossos inimigos calcaram aos pés o vosso santuário.
Somos desde há muito como gente que não governais
e sobre a qual não é invocado o vosso nome.
Oh, se rasgásseis os céus e descêsseis!
Perante a vossa face estremeceriam os montes!
RESPONSÓRIO Is 63, 17. 19
R. Porque nos deixais, Senhor, desviar dos vossos caminhos e endurecer o nosso coração, para que não Vos tema? * Oh se rasgásseis os céus e descêsseis!
V. Voltai, por amor dos vossos servos e das tribos da vossa herança. * Oh se rasgásseis os céus e descêsseis!
SEGUNDA LEITURA
Dos Sermões de São Proclo, bispo
(Oratio 7 in sancta Theophania, 1-3: PG 65, 758-759) (Sec. V)
A santificação das águas
Cristo apareceu no mundo e, restituindo-lhe a sua harmonia original, encheu-o de esplendor e alegria. Tomou sobre Si o pecado do mundo e expulsou o inimigo do mundo. Santificou as fontes das águas e iluminou as almas dos homens. Acumulou maravilhas sobre maravilhas cada vez maiores.
Hoje a terra e o mar repartiram entre si a graça do Salvador, e o mundo inteiro foi inundado de alegria. O dia de hoje oferece prodígios ainda maiores do que a precedente solenidade.
Na solenidade do Nascimento do Salvador, alegrava-se a terra por abrigar o Senhor num presépio; no presente dia das Teofanias, também o mar exulta e estremece de júbilo, porque recebe a bênção santificante por meio do rio Jordão.
Na precedente solenidade, aparecia-nos um Menino débil, testemunhando a nossa imperfeição; na presente festividade, vemo-l’O já homem perfeito, deixando-nos entrever, de modo velado, a perfeição d’Aquele que procede do Ser perfeito. Naquela, o Rei vestia a púrpura do corpo humano; nesta, a fonte envolve e reveste, por assim dizer, as águas do rio.
Prestai atenção e vede estes novos e admiráveis prodígios: o sol de justiça purifica-se no Jordão, o fogo é submergido na água, Deus é santificado pelo ministério de um homem.
Hoje toda a criação entoa hinos de louvor e proclama: Bendito o que vem em nome do Senhor. Bendito o que vem em todo o tempo, porque não é esta a primeira vez que vem.
E quem é este que vem? Diz-no-lo mais claramente, ó bem-aventurado David: O Senhor é Deus e fez brilhar sobre nós a sua luz. E não é só o profeta David quem o diz; também o apóstolo Paulo se associa àquele testemunho quando afirma: Apareceu a graça de Deus, que traz a salvação a todos os homens e nos ensina. Não a alguns homens somente, mas a todos. A todos, com efeito, judeus e gregos, se concede a salvação por meio do Baptismo, oferecendo a todos o Baptismo como um benefício universal.
Prestai atenção, contemplai este novo e admirável dilúvio, maior e mais prodigioso que o do tempo de Noé. Então, a água do dilúvio dizimou o género humano; agora, a água do Baptismo, pelo poder d’Aquele que foi baptizado por João, reconduz os mortos à vida. Então, a pomba, transportando no bico o ramo de oliveira, simbolizou a fragrância do odor de Cristo nosso Senhor; agora, o Espírito Santo, descendo em forma de pomba, mostra-nos o Senhor da misericórdia.
RESPONSÓRIO
R. Hoje apareceu-nos Jesus Cristo, Luz da Luz, a quem João baptizou no rio Jordão: * Acreditamos que Ele é o Filho de Deus, nascido da Virgem Maria.
V. Sobre Ele se abriram os Céus e se fez ouvir a voz do Pai. * Acreditamos que Ele é o Filho de Deus, nascido da Virgem Maria.
Oração
Senhor nosso Deus, sol que ilumina todos os homens, concedei ao mundo a paz duradoira e fazei brilhar em nossos corações a luz admirável que orientou os passos dos Magos. Por Nosso Senhor.
V. Bendigamos o Senhor.
R. Demos graças a Deus.
LAUDES (INÍCIO DA MANHÃ)
[Fonte: <https://www.ibreviary.com/m2/breviario.php>]
LEITURA BREVE
Is 49, 8b-9a
Eu te formei e destinei para renovar a aliança do povo, para restaurar o país e reocupar as herdades em ruínas; para dizer aos prisioneiros: «Saí para fora»; e aos que vivem nas trevas: «Vinde para a luz».
RESPONSÓRIO BREVE
V. Virão adorar o Senhor todos os reis da terra.
R. Virão adorar o Senhor todos os reis da terra.
V. Hão-de servi-lo todos os povos.
R. Todos os reis da terra.
V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
R. Virão adorar o Senhor todos os reis da terra.
SANTA MISSA
MEDITAÇÃO DA PALAVRA DO SENHOR – EVANGELHO DO DIA MEDITADO PELO PADRE JOÃO CARLOS
MEDITAÇÃO DA PALAVRA DO SENHOR – REFLEXÃO POTENCIALIZADORA DA TÊMPERA CATÓLICA NA ORAÇÃO DA MANHÃ DE DOM ADAIR JOSÉ GUIMARÃES
MEDITAÇÃO DA PALAVRA DO SENHOR – LEITURA COMENTADA DE UM CAPÍTULO DAS SAGRADAS ESCRITURAS COM A IRMÃ ZÉLIA
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA – OUÇA TODOS OS DIAS E TERMINE EM UM ANO
IMPULSIONAMENTO AO ESTUDO ORANTE DA LITURGIA DIÁRIA (LECTIO DIVINA)
Liturgia diária
[Fonte: <http://www.novaalianca.com.br/index.php/liturgia-diaria2/4608-liturgia-de-08-de-janeiro-de-2025>]
QUARTA FEIRA – TEMPO DO NATAL DEPOIS DA EPIFANIA
(branco, pref. da Epifania ou do Natal – ofício do dia)
Antífona
– O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu (Is 9,1).
Coleta
– Ó Deus, luz de todas as nações, concedei aos povos da terra viver em perene paz e fazei resplandecer em nossos corações aquela luz admirável que vimos despontar no povo da antiga aliança. Ele, que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos
1ª Leitura: 1 Jo 4,11-18
Salmo Responsorial: Sl 72,1-2.10-11.12-13(R: 11)
– As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!
R: As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!
– Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da realeza! Com justiça ele governe o vosso povo, com equidade ele julgue os vossos pobres.
R: As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!
– Os reis de Társis e das ilhas hão de vir e oferecer-lhe seus presentes e seus dons; e também os reis de Seba e de Sabá hão de trazer-lhe oferendas e tributos. Os reis de toda a terra hão de adorá-lo e de todas as nações hão de servi-lo.
R: As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!
– Libertará o indigente que suplica, e o pobre ao qual ninguém quer ajudar. Terá pena do indigente e do infeliz, e a vida dos humildes salvará.
R: As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Louvai o Senhor Jesus, todos os povos, aceito pela fé no mundo inteiro!
(1 Tm 3,16).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc: 6,45-52.
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
– Glória a vós, Senhor!

Invocação de busca do reto entendimento
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor! Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra! Oremos: ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação! Por Cristo, Senhor nosso! Amém!

1o degrau da lectio divina: leitura (lectio) para compreensão do que o texto diz; 2o degrau da lectio divina: meditação (meditatio) a respeito do que o texto orienta a fazer; 3o degrau da lectio divina: oração (oratio) de compromisso com que o texto faz dizer a Deus.



[Fonte: <https://aliturgia.com/quarta-feira-depois-da-epifania-6/>]
Leitura I 1Jo 4, 11-18
Caríssimos:
Se Deus nos amou tanto,
também nós devemos amar-nos uns aos outros.
A Deus ninguém jamais O viu.
Se nos amarmos uns aos outros,
Deus permanece em nós
e em nós o seu amor é perfeito.
Nisto conhecemos que estamos n’Ele e Ele em nós:
porque nos deu o seu Espírito.
E nós vimos e damos testemunho
de que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo.
Se alguém confessar que Jesus é o Filho de Deus,
Deus permanece nele e ele em Deus.
Nós conhecemos o amor de Deus por nós
e acreditamos no seu amor.
Deus é amor:
quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele.
Nisto se realiza a perfeição do amor de Deus em nós,
porque somos neste mundo como é Jesus
e assim temos plena confiança no dia do juízo.
No amor não há temor;
o amor que é perfeito expulsa o temor,
porque o temor supõe um castigo.
Quem teme não é perfeito no amor.
Compreender a palavra
As palavras fáceis de acolher que João nos dirige, levam-nos ao conhecimento de Jesus como Filho de Deus. Na fé em Jesus Cristo realiza-se a experiência maior do amor que nos amou primeiro e tornamo-nos veículo desse amor de Deus para o mundo, amando pessoas concretas. O amor uns aos outros é permanência de Deus em nós e de nós em Deus, é a perfeição do amor porque é amar como Jesus que acolhe e não teme. Fé e amor confundem-se numa só experiência. Acreditar é experimentar o amor de Deus, confessar é amar como Deus, acolher é vencer o temor e chegar à perfeição no amor.
Meditar a palavra
Purificar o amor é um caminho entusiasmante mas difícil. Não é fácil reconhecer o verdadeiro amor no meio de tantas manifestações que trazem consigo o nome de amor. Até o egoísmo pode andar revestido com o nome de amor. Já ouvimos a expressão “ninguém pode amar senão se amar a si mesmo primeiro”. Estas verdades mentirosas confundem os critérios do verdadeiro amor. Acaso Cristo não se amou a si mesmo e apesar disso não colocou o amor aos outros em primeiro lugar a ponto de dar a vida? O que significa amar-se a si mesmo senão amar os outros em primeiro lugar? A própria caridade implica esta dádiva. A caridade de Deus para connosco levou-o a arriscar ficar na morte para nos dar a vida e não dar-nos um pouco de vida que lhe sobrava. Este amor a que Deus nos chama é o amor que ama primeiro, não espera ser amado nem teme a ingratidão, o fracasso nem o desprezo. Neste amor Deus permanece porque este amor é perfeito.
Rezar a palavra
Amor que me ama primeiro, os teus critérios nem sempre são evidentes no meu coração. Por vezes o amor aos outros confunde-se em mim com satisfação pessoal, reparação da consciência, temor perante o teu olhar, mera “compaixão” pelo outro. Tu mostras-me que amar é calçar os sapatos do outro, descer à sua estatura, experimentar a sua dor e sofrimento e morrer para que ele não morra. Este é o teu amor, tão difícil na minha experiência de amor aprendiz. Abre os meus olhos como janelas de amor para o outro que queres amar em mim.
Compromisso
Perder o medo pelo risco de amar é já amar como Jesus.
Evangelho Mc 6, 45-52
Depois de ter matado a fome a cinco mil homens,
Jesus obrigou os discípulos a subirem para o barco
e a seguirem antes d’Ele para a outra margem,
em direção a Betsaida,
enquanto Ele despedia a multidão.
Depois de a ter despedido,
subiu a um monte, para orar.
Ao anoitecer, estava o barco no meio do mar
e Jesus sozinho em terra.
Ao ver os discípulos cansados de remar,
porque o vento lhes era contrário,
pela quarta vigília da noite
foi ter com eles, caminhando sobre o mar,
mas ia passar adiante.
Ao verem Jesus caminhando sobre o mar,
os discípulos julgaram que era um fantasma
e começaram a gritar,
porque todos O viram e ficaram atemorizados.
Mas Jesus falou-lhes logo, dizendo:
«Tende confiança. Sou Eu, não temais».
Depois subiu para junto deles no barco
e o vento amainou.
Todos se encheram de espanto,
porque o seu coração estava endurecido,
e não tinham compreendido a multiplicação dos pães.
Compreender a palavra
Depois da multiplicação dos pães, Jesus, retira-se para se encontrar com os discípulos no meio da noite em alto mar quando o vento é contrário. Os discípulos não entenderam porque o “coração estava endurecido”. As manifestações de Jesus exigem uma fé sem qualquer dúvida e os discípulos ainda não compreenderam o mistério de Jesus.
Meditar a palavra
O nosso coração fica muitas vezes endurecido por causa das nossas intenções e dos nossos interesses particulares. Temos muito a perder perante a possibilidade de acreditar em Jesus. Fazemos os nossos cálculos e julgamos que a nossa segurança está nas coisas conhecidas deste mundo. Os discípulos também sentiam essas seguranças. No alto mar, em meio da noite com o vento contrário abalam-se as seguranças. Também nós, no meio das crises, pessoais, de saúde, económicas, políticas ou outras, sentimos que os nossos pés não têm terreno seguro onde se firmar. Só Jesus é segurança para o homem. É bom que façamos esta experiência mesmo quando humanamente temos todas as garantias. Jesus não serve apenas para quando a noite se levanta sobre nós.
Rezar a palavra
É de noite, tantas vezes na minha vida, na minha alma, no meu espírito. Os acontecimentos de cada dia mudam muitas vezes o meu rosto. Fico com o espírito carregado e incapaz de ver que estás presente e te manifestas na minha vida como fonte de segurança eterna. Dá-me, Senhor, a confiança da fé que me faz libertar de todas as seguranças humanas.
Compromisso
Vou avaliar as minhas seguranças e firmar os meus pés no terreno da fé que me liga a Jesus incondicionalmente.
[Referência: LEITURA ORANTE DA PALAVRA – LECTIO DIVINA FERIAL: <Leitura Orante da Palavra – Lectio Divina Ferial (liturgia.pt)>]

4o degrau da lectio divina: contemplação (contemplatio) – firme propósito de ver a vida com os olhos da fé, com o olhar iluminado pelo Espírito Santo; de tornar-se um novo ser humano: discípulo missionário de Jesus Cristo.
Oração firmadora do propósito de dedicar-se ao discipulado missionário de Jesus Cristo
Clamo-vos, ó Deus Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, e rogo a intercessão da Virgem Maria e de todos os santos e anjos de Deus, para que me ilumineis, inspireis, orienteis e sustenteis de modo que eu veja a vida com os olhos da fé, com o olhar iluminado pelo Espírito Santo, tornando-me passo a passo, dia-a-dia, de acordo com a vossa santa vontade, um discípulo missionário de Jesus Cristo, ciente de que a Leitura Orante da Palavra de Deus se constitui base, estímulo e impulso para fazê-lo da melhor forma possível.
Que eu me empenhe para participar diariamente da Santa Missa (ou, caso não for possível, alternativamente, a assista por meio eletrônico), aproveitando para, antes ou depois depois da Santa Missa, devotar uma hora de adoração ao Santíssimo Sacramento (ou o tempo que for possível). Que eu recite o Santo Rosário e outras orações e devoções pelas quais me sinto particularmente tocado, em especial invocando a iluminação do Espírito Santo, bem como a proteção e orientação dos anjos.
Que eu leia ao menos as sínteses das vidas dos santos de cada dia, ricas em exemplos de prática cristã. Que eu me debruce sobre as leituras escolhidas pela Santa Madre Igreja para serem meditadas nos diversos momentos orantes que compõem a Liturgia das Horas, que consistem em preciosos estímulos para a santificação do dia – e da vida. Que na medida do possível eu recite as orações da Liturgia das Horas em seus respectivos horários e me coloque em silêncio por alguns momentos após elas, em atitude de adoração e profunda intimidade com o Senhor- ou pelo menos as ouça ao longo do dia.
Que eu me impregne profundamente da consciência do magnífico valor dos tesouros disponíveis no caminho cristão, tão rico em alimento espiritual, que podem – e devem – ser desbravados e conquistados pela alma que tem sede de Deus (Sl 41). Que eu passe a usufruí-los, gradual e progressivamente, de acordo com a realidade e as possibilidades, avançando na prática de orações mentais, meditando leituras recomendadas para tal. E que eu me dedique a ampliar o conhecimento da fé , bem como da doutrina cristã autêntica expressa nos documentos da Igreja e na grande diversidade de obras escritas pelos santos e pelos que se empenharam sinceramente para bem servir a Santa Madre Igreja.
Que eu siga o exemplo de profunda caridade de Jesus, de dar a vida pelos irmãos, fazendo do viver uma oblação, um doar-se pelo Reino: na convivência diária no âmbito da família e do trabalho; na vida comunitária – com especial zelo no seguimento das orientações da Santa Madre Igreja quanto a vida sacramental, de acordo com meu estado de vida e as circunstâncias específicas do viver (Batismo, Confirmação, Penitência, Eucaristia, Ordem, Matrimônio e Unção dos Enfermos), buscando também contribuir da melhor forma possível para que muitos usufruam das graças sacramentais. E que eu me engaje frutuosamente em ações concretas para a promoção da vida plena e abundante que Jesus veio trazer a todos, praticando da forma mais elevada possível as virtudes teologais da fé, esperança e caridade, bem como as virtudes cardeais da prudência, justiça, fortaleza e temperança. Amém!
SANTOS DO DIA – EXEMPLOS DE PRÁTICA CRISTÃ
[Fonte: <https://sagradamissao.com.br/2025/01/santos-do-dia-da-igreja-catolica-08-de-janeiro-2/>]
Santos do Dia da Igreja Católica – 08 de Janeiro
Postado em: por: marsalima
Santo Severino
Severino viveu em pleno século V, quando o Ocidente era acometido por uma seqüência de invasões dos godos, visigodos, ostrogodos, vândalos, burgúndios, enfim, de toda uma horda de bárbaros pagãos que pretendiam dominar o mundo. É nesse contexto de conflitos políticos e sociais que sua obra deve ser vista, porque esse foi justamente o motivo que a tornou ainda mais valorizada. Durante essas sucessivas guerras, as vítimas da violência achavam abrigo somente junto aos representantes da Igreja onde encontramos Severino como um evangelizador cristão dos mais destacados e atuantes.
É muito fácil seguir os passos de Severino nesta trilha de destruição. Em 454, estava nos confins da Nórica e da Pomonia onde, estabelecido às margens do rio Danúbio, na Áustria, além de acolher a população ameaçada usava o local como ponto estratégico para pregar entre os bárbaros pagãos. Já no ano seguinte estava em Melk e no mesmo ano em Ostembur, onde se fixou numa choupana para se entregar também à penitência.
Esse seu ministério apostólico itinerante frutificou em várias cidades, com a fundação de inúmeros mosteiros. Como possuía o dom da profecia, avisou com antecedência várias comunidades sobre sua futura destruição, acertando as datas com exatidão. Temos, por exemplo, o caso dos habitantes de Asturis, aos quais profetizou a morte pelas mãos de Átila, o rei dos hunos que habitavam a Hungria. O povo além de não lhe dar ouvidos considerou o fato com ironia e gozação, mas tombou logo depois de Severino ter deixado o local. Sim, a cidade foi destruída e todos os habitantes assassinados.
Dali ele partiu para Comagaris e, sem o menor receio de perder a vida, chegou até Comagene, já dominada pelos dos inimigos. Lá, acolheu e socorreu os aflitos, ganhando o respeito inclusive dos próprios invasores, a começar pelos chefes dos guerreiros. Sua história registra também incontáveis prodígios e graças operadas na humildade e na pobreza constantes.
Severino predisse até a data exata da própria morte, avisando também sobre a futura expulsão de sua Ordem da região do Danúbio. Morreu no dia 08 de janeiro de 482 pronunciando a última frase do último salmo da Bíblia , (o 150): “Todo ser que tem vida, a deve ao Senhor”.
Segundo o seu biógrafo e discípulo Eugípio, Santo Severino teria nascido no ano 410, na capital do mundo de então, ou seja na cidade de Roma e pertencia a uma família nobre e rica. Era um homem de fino trato, que falava o latim com perfeição, profundamente humilde, pobre e caridoso. Também possuía os dons do conselho, da profecia e da cura, os quais garantiu e manteve até o final de sua vida graças às longas penitências e preces que fazia ao Santíssimo Espírito Santo e ao cumprimento estrito dos votos feitos ao seguir a vocação sacerdotal.
Especialmente venerado na Áustria e Alemanha, hoje, a urna mortuária de Santo Severino se encontra na igreja dos beneditinos em Nápoles, na Itália.


ESTÍMULOS À SANTIFICAÇÃO DO DIA – E DA VIDA
LEITURAS DAS ORAÇÕES DA LITURGIA DAS HORAS DE 8 DE JANEIRO DE 2025
[Fonte: <https://www.ibreviary.com/m2/breviario.php>]
ORAÇÃO DA HORA TERÇA (NOVE HORAS)
LEITURA BREVE
1 Tim 1, 15
É digna de fé esta palavra e merecedora de toda a aceitação: Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores.
V. Deus apareceu na terra.
R. E começou a viver entre os homens.
ORAÇÃO DA HORA SEXTA (DOZE HORAS)
LEITURA BREVE
Ap 21, 23-24
A cidade santa não precisa da luz do sol nem da lua, porque a glória de Deus a ilumina e a sua lâmpada é o Cordeiro. As nações caminharão à sua luz e os reis da terra virão trazer-lhe a sua magnificência.
V. As nações hão-de ver a vossa justiça.
R. Todos os reis contemplarão a vossa glória.
ORAÇÃO DA HORA NONA (QUINZE HORAS)
LEITURA BREVE
1 Jo 1, 5
Esta é a mensagem que ouvimos d’Ele e vos anunciamos: Deus é luz e n’Ele não há trevas.
V. Povos da terra, bendizei o Senhor.
R. Proclamai o seu louvor em todas as nações
Oração
Senhor nosso Deus, sol que ilumina todos os homens, concedei ao mundo a paz duradoira e fazei brilhar em nossos corações a luz admirável que orientou os passos dos Magos. Por Nosso Senhor.
V. Bendigamos o Senhor.
R. Graças a Deus.
ORAÇÃO DE VÉSPERAS (FINAL DA TARDE)
LEITURA BREVE
Col 1, 13-15
Deus libertou-nos do poder das trevas e transferiu-nos para o reino de seu Filho muito amado, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados. Ele é a imagem de Deus invisível, o Primogénito de toda a criatura.
RESPONSÓRIO BREVE
V. N’Ele serão abençoadas todas as nações da terra.
R. N’Ele serão abençoadas todas as nações da terra.
V. Hão-de glorificá-l’O todos os povos.
R. Todas as nações da terra.
V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
R. N’Ele serão abençoadas todas as nações da terra.
ORAÇÃO DE COMPLETAS (ANTES DE DORMIR)
LEITURA BREVE
Ef 4, 26-27
Não pequeis. Não se ponha o sol sobre o vosso ressentimento. Não deis lugar ao demónio.
RESPONSÓRIO BREVE
V. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
R. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
V. Senhor, Deus fiel, meu Salvador.
R. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
R. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
confraria@catolicospraticantes.com.br
www.catolicospraticantes.com.br
Importante:
* A Liturgia Diária, a porção da Palavra de Deus escolhida para cada dia, consiste em refeição espiritual de escol brindada pela Santa Madre Igreja, preparatória para o alimento divino, a Sagrada Eucaristia. Auguramos que esse estudo orante possa contribuir para potencializar o sustento e o remédio que essas santas palavras são destinadas a proporcionar e que com cada vez maior assiduidade mais irmãos na fé priorizem sorver diariamente as delícias inefáveis da Santa Palavra e da Sagrada Eucaristia. Sugerimos, caso não for possível por alguma razão desfrutar a missa presencialmente, que se o faça ao menos virtualmente, pela televisão ou internet. Também recomendamos escrever na área de busca de sites veiculadores de vídeos na internet as palavras “Homilia diária” e aproveitar os momentos livres do pensamento (inclusive no decorrer da realização de atividades manuais que não requerem intensa concentração – como lavar louça, por exemplo) para ouvir as reflexões de clérigos qualificados para nos ajudar a compreender com cada vez mais profundidade os desígnios divinos. O católico que participar de todas as Missas diárias ou estudar a Liturgia Diária pelo período de três anos, terá estudado toda a Bíblia (exceto partes de algumas passagens que são apresentadas de forma sintetizada, das quais são suprimidos versículos considerados de importância secundária). Essa breve exegese da Liturgia Diária é recomendada para quem busca conhecer com profundidade a Palavra de Deus, para dela se tornar íntimo e colocá-la em prática.
** A Liturgia das Horas é composta por sete momentos orantes rezados pelo fiel ao longo do dia. O primeiro, na madrugada, se chama Ofício das Leituras, composto pela recitação de vários salmos; a primeira leitura (extraída da Bíblia); a segunda leitura (extraída da Sagrada Doutrina) e algumas orações próprias. O segundo, Laudes, se reza no início da manhã, incluindo a recitação de salmos; orações; leitura bíblica breve e inclui também preces. Os momentos orantes do “miolo do dia” (das 09 às 15 horas) chamados “da hora média”, são propostos para serem realizados com brevidade em três etapas: Hora Terça, em torno das 09:00 horas; Hora Sexta, em torno das 12:00 horas; e Hora Nona, em torno das 15:00. São compostos pela recitação de salmos; orações e uma leitura bíblica breve. O sexto momento orante se dá antes do pôr do sol, sendo denominado de Vésperas e inclui também algumas preces, além dos salmos, orações e leitura bíblica breve. O sétimo momento orante denomina-se Completas, sendo realizado antes de dormir, incluindo o exame de consciência, uma breve recitação dos salmos, leitura bíblica breve e orações próprias, sendo bastante conciso. Tais momentos orantes são destinados especialmente à santificação do dia. A Liturgia das Horas serve também como ponto de interseção entre todos os católicos, sendo prescrita em especial para ser recitada por todos os componentes do clero, religiosos, religiosas, diáconos… constituindo-se fundamental para a unidade da fé, prevenindo a queda em heresias (a “escolha” de partes das escrituras e da doutrina e o rechaço de outras). Recomendamos vivamente que todos quantos puderem se dediquem a essa maravilhosa prática e reputamos como mínimo necessário a meditação da segunda leitura do Ofício das Leituras (aqui trazida como leitura complementar, extraída do o site <http://www.ibreviary.com/>), com o que nos tornamos agraciados com os preciosíssimos tesouros da Sagrada Doutrina brindados pelos que cultivaram a fé desde o início da Igreja. Podemos acessar a Liturgia das Horas através de livro próprio, também chamado de Breviário, ou por meio de aplicativos ou sites na internet. O fiel pode ainda digitar na área de busca o nome do momento orante que deseja acompanhar e terá à disposição essa oração com os salmos cantados. Disponibilizamos diariamente nesse estudo orante da Palavra de Deus os textos das leituras de todos os momentos orantes da Liturgia Diária, reputando-os como estímulos para a santificação do dia.
*** Por que ler a vida do Santo do dia?
Você sabe porque é muito importante conhecer e meditar no exemplo de vida do Santo do dia?
É fácil perceber que os homens se influenciam mutuamente no relacionamento social. A criança imita os pais, os gestos de dois amigos tendem a se assemelhar, pois a imitação é conatural aos homens desde a infância, distinguindo-os como a criatura mais imitativa de todas.
Esse mimetismo inato vincado em nossa humanidade se verifica também no âmbito sobrenatural. Conforme frisou Bento XVI, “os Santos constituem o comentário mais importante ao Evangelho, uma atualização sua na vida cotidiana e, por conseguinte, representam para nós um verdadeiro caminho de acesso a Jesus”.(1) Podemos, sem dúvida, considerá-los como imagem de Deus transposta para o dia a dia.
O conceito de imitação de Cristo – diretamente ou através do Santo do Dia – está presente nos Livros Sagrados, sobretudo nas cartas de São Paulo, como a destinada aos filipenses: “Sede meus imitadores, irmãos, e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós” (3, 17).
São Francisco de Assis estava bem cônscio de seu papel simbólico quando dizia: “Devo ser modelo e exemplo para todos os frades”. (2)
Para o homem contemporâneo essas analogias entre Cristo e os Santos poderiam parecer despropositadas ou mesmo maldosamente tachadas de “culto à personalidade”.
Por isso, é fundamental ler a história do Santo do Dia para que conhecendo o exemplo deles e admirando-os, aprendamos como adequar nossas vidas à santidade que Deus quer de nós.
**** Leitura Orante da Palavra (Lectio divina)
Fonte: <https://www.ivcpoa.com.br/leitura-orante-da-palavra>
a) Como surgiu?
No século XII, o monge Guigo II estava trabalhando no mosteiro com uma escada na mão. Enquanto isso, pedia a Deus que lhe sugerisse um instrumento que o ajudasse a subir até ele. Sobre isso, ele escreveu: “Ocupado em um trabalho manual, comecei a pensar na atividade espiritual do ser humano e se apresentaram improvisadamente à minha reflexão quatro degraus espirituais, ou seja: 1) a leitura; 2) a meditação; 3) a oração; e 4) a contemplação”. Esta é a escada que se eleva da terra ao céu. Alguns chamam esse método de rezar de Lectio divina, isto é, leitura divina.
b) Os passos da Leitura Orante: 1) leitura; 2) meditação; 3) oração; e 4) contemplação.
1) Leitura: no primeiro momento, procure acolher a Bíblia não como um livro qualquer, mas como um tesouro que é a Palavra que Deus quer nos falar. Esforce-se para captar o sentido do texto do modo mais pleno possível. Para isso, podem ajudar algumas perguntas: • Quem? O que diz e o que faz cada personagem? • Onde? Como se situa este texto na Bíblia e em que contexto? • Que relação tem com outros textos? • Em síntese, o que diz o texto?
2) Meditação: A meditação vai responder à pergunta: “O que é que Deus, através deste texto, tem a nos dizer hoje?”. É muito importante perceber o que o texto diz para mim, não somente para os outros. Algumas vezes, as pessoas procuram no texto bíblico lições para ensinar aos outros. Aqui é diferente: o texto fala diretamente com o leitor, seja pessoalmente, seja comunitariamente. Entra-se em diálogo, facilitado por algumas perguntas, como: O que há de semelhante e de diferente entre a situação do texto e a nossa de hoje? O que a mensagem deste texto diz para a nossa situação? Que mudanças de comportamento nos sugere? Pode-se perceber o quanto as ideias de Deus são diferentes das nossas e a necessidade de deixar que a Palavra de Deus transforme as nossas convicções. Muitas vezes, é preciso mudar de mentalidade para aderir à vontade de Deus.
3) Oração: É o momento de expressar o que o texto nos faz dizer a Deus. A oração é a nossa resposta à Palavra de Deus lida e meditada. A oração provocada pela meditação inicia-se com uma atitude de admiração, silêncio e adoração ao Senhor. A oração suscitada pela meditação também pode ser recitação de preces e salmos. Dependendo do que se ouviu da parte de Deus, a resposta pode ser de louvor ou de ação de graças, de súplica ou de perdão. É importante que essa oração espontânea não seja só individual, mas tenha sua expressão comunitária em forma de partilha.
4) Contemplação: enxergar, saborear, agir. A contemplação ajuda a enxergar o mundo de maneira nova. Tira o véu e ajuda a descobrir o projeto de Deus na história que hoje vivemos. Leva-nos a perceber Cristo como centro de tudo. Pela Leitura Orante, vamos crescendo na compreensão do sentido e da força da Palavra de Deus, vamos sendo transformados e nos tornando capazes de transformar a realidade. Contemplar supõe viver de modo diferente. O centro da pessoa está em Cristo. A pessoa é transformada pela Palavra de Deus, por isso contempla a presença de Deus em sua vida e adquire um novo olhar sobre a realidade.
Leitura Orante na Prática
O monge que criou o método sugere a ideia de uma escada que nos ajude a subir até Deus. Vamos analisar os quatro degraus que devemos subir.

1º Degrau – Leitura (Lectio): O que o texto diz?
1. Leia lentamente o texto, ao menos duas vezes.
2. Ainda não é hora de tentar tirar uma mensagem para sua vida. Apenas tente compreender o que o texto poderia significar na época em que foi escrito.
3. Tente reconstruir o texto: Quem são as pessoas que aparecem no texto e qual é a situação de cada uma? De acordo com o texto, qual é o papel de cada uma e quais seriam seus sentimentos? Aparece algum conflito no texto? Como é resolvido? Qual é o rosto de Deus no texto?

2º Degrau – Meditação (Meditatio): O que o texto me diz?
1. Destaque os versículos que foram mais fortes para você (sem tentar interpretá-los).
2. Atualize o texto comparando a situação da época com a situação atual e procure perceber o que tudo isso tem a ver com a sua/nossa vida de cristão.

3º Degrau – Oração (Oratio): O que o texto me faz dizer a Deus?
1. Tudo o que foi lido e meditado é transformado em uma conversa orante com Deus.
2. A oração é o instante no qual se é convidado a falar com Deus através do louvor, do agradecimento, do pedido, da súplica, do oferecimento, do perdão dirigido a ele: “Senhor, eu te peço… Eu te louvo e agradeço meu Deus…”. Dialogar diretamente com Deus: tenha “um trato de amizade com aquele que nos ama” (Santa Teresa). É necessário silêncio…

4º Degrau – Contemplação (Contemplatio)
Contemplar é ver a vida com os olhos da fé. É sentir, quase intuitivamente, a presença da Santíssima Trindade ao nosso lado. Esse passo está ligado ao anterior; às vezes, não percebemos quando termina um e começa o outro. Volte-se para a sua realidade (ao seu dia a dia) e veja sua vida com o olhar iluminado pelo Espírito Santo. Não se trata de pensar “o que fazer”, mas de como irá seguir Jesus a partir desse texto? É a primazia do ser sobre o fazer. Este último será o resultado de um novo ser humano: discípulo missionário de Jesus Cristo.
Atenção! Este método é fascinante, mas exigente. Não supõe saber ou ter grandes estudos, mas requer dedicação e escuta atenta à Palavra de Deus. Se alguém ler o texto bíblico sem seguir o método orante, dificilmente entenderá os quatro degraus. Há alguns que dizem que é muito difícil seguir este processo, certamente porque querem resultados imediatos e não dão tempo para escutar o Senhor. Para seguir este método, é preciso muita humildade e deixar o Senhor falar. É preciso se livrar de conceitos prontos sobre o texto lido. Evite-se, igualmente, logo tirar uma mensagem para pôr em prática. Essa aplicabilidade da Palavra depende de uma escuta mais atenta, pois nem sempre o Senhor pede que se faça algo, mas solicita uma mudança em nosso ser – a nossa conversão.