“BUFÊ ESPIRITUAL” – LITURGIA DE 14 DE JANEIRO DE 2025
14 de janeiro de 2025“BUFÊ ESPIRITUAL” – LITURGIA DE 16 DE JANEIRO DE 2025
16 de janeiro de 2025Quarta-feira da Semana I do Tempo Comum
Saudação
– Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
– Amém.
– A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco.
– Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

Oração firmadora do propósito de plenificar o viver com os tesouros brindados pela Santa Madre Igreja
Ó Deus Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, obrigado por mais este dia. Iluminai-me, inspirai-me, orientai-me e sustentai-me para que eu siga no caminho cristão, usufruindo da melhor forma possível os maravilhosos tesouros brindados pela Santa Madre Igreja disponibilizados neste “buffet espiritual” – em meio à realização dos deveres da vocação a que fui chamado, de meu estado de vida. Que eu possa me enriquecer espiritualmente com os estímulos à santificação do dia e da vida em que consistem as orações matinais da Liturgia das Horas (“Invitatório”, “Ofício das Leituras” e “Laudes”); a Santa Missa; as Meditações da Palavra do Senhor e o estudo do Catecismo da Igreja Católica; o néctar espiritual potencializador da prática cristã na sessão IMPULSIONAMENTO AO ESTUDO ORANTE DA LITURGIA DIÁRIA (LECTIO DIVINA) – fundamental para o sustento, remédio e fortalecimento espiritual; os EXEMPLOS DE PRÁTICA CRISTÃ (síntese das inspiradoras histórias de vida dos santos do dia) e os ESTÍMULOS À SANTIFICAÇÃO DO DIA E DA VIDA (em que também consistem as demais orações da Liturgia das Horas). Creio, Senhor, mas aumentai a minha fé! Amém!
OFÍCIO DAS LEITURAS (NA MADRUGADA)
[Fonte: <https://www.ibreviary.com/m2/breviario.php>]
PRIMEIRA LEITURA
Do Livro de Ben-Sirá 24, 1b-33
A Sabedoria na obra da criação e na história de Israel
A Sabedoria faz o elogio de si mesma e gloria-se no meio do seu povo.
Toma a palavra na assembleia do Altíssimo e, perante o seu poder, manifesta a sua glória.
Será exaltada no meio do seu povo e admirada na assembleia santa.
Entre a multidão dos eleitos será louvada e entre os benditos será bendita; e dirá:
«Eu saí da boca do Altíssimo,
como primogénita, antes de todas as suas criaturas.
Fiz aparecer no céu uma luz inextinguível
e como névoa cobri a terra.
Estabeleci a minha morada nas alturas
e o meu trono sobre uma coluna de nuvens.
Percorri sozinha a abóbada celeste
e andei pelas profundezas do abismo.
Caminhei sobre as ondas do mar, percorri toda a terra
e reinei em todos os povos e nações.
Por toda a parte busquei descanso
e um domínio em que pudesse instalar-me.
Então o Criador do universo deu-me as suas ordens, Aquele que me criou estabeleceu a minha morada
e disse-me: ‘Habita em Jacob, possui a tua herança em Israel’.
Antes dos séculos, desde o início, Ele me criou, e não deixarei de existir por toda a eternidade.
Em sua presença exerci o meu ministério na santa morada,
e assim me fixei em Sião.
Encontrei o meu descanso na cidade escolhida,
e em Jerusalém exerço o meu poder.
Lancei raízes no meio de um povo glorioso,
no domínio do Senhor, na sua herança.
Cresci como os cedros do Líbano
e como o cipreste nas alturas do Hermon;
elevei-me como a palmeira em Engadi,
como as roseiras de Jericó,
como as belas oliveiras da planície
e como os plátanos que se elevam à beira das águas.
Exalei perfume como a canela e o bálsamo aromático,
como a mirra selecta,
como o gálbano, o ónix e o estoraque,
como nuvem de incenso no tabernáculo.
Como o terebinto, estendi os meus ramos,
e os meus ramos são de glória e de beleza.
Como a videira, lancei rebentos graciosos,
e as minhas flores são fruto de glória e de riqueza.
Eu sou a mãe do amor formoso, do temor,
da ciência e da santa esperança.
Em mim está toda a graça do caminho e da verdade,
em mim está toda a esperança de vida e de virtude.
Vinde a mim, todos vós que me desejais,
e saciai-vos com os meus frutos,
porque pensar em mim é mais doce do que o mel
e possuir-me é mais suave do que o favo de mel.
A memória do meu nome durará pelos séculos dos séculos.
Os que me comem terão mais fome, e os que me bebem terão mais sede.
Quem me obedece não ficará envergonhado,
quem trabalha comigo não pecará».
Os que me tornarem conhecida terão a vida eterna.
Tudo isto é o livro da aliança do Deus Altíssimo,
a lei que Moisés nos prescreveu,
como herança destinada às assembleias de Jacob.
RESPONSÓRIO Jo 14, 6; Sir 24, 14
R. Eu sou o caminho, a verdade e a vida: * Ninguém vai ao Pai senão por Mim.
V. Eu, a Sabedoria, fui criada por Deus, antes dos séculos, desde o princípio, e não deixarei de existir por toda a eternidade. * Ninguém vai ao Pai senão por Mim.
SEGUNDA LEITURA
Do Tratado de Santo Ireneu, bispo, «Contra as heresias»
(L. 4, 6, 3.5.6.7: SC 100, 442.446.448-454) (Sec. II)
O Pai é conhecido pela manifestação do Filho
Ninguém pode conhecer o Pai sem que o Verbo de Deus, isto é, sem que o Filho O revele; e ninguém pode conhecer o Filho sem o beneplácito do Pai. É o Filho que cumpre este beneplácito do Pai: o Pai envia, e o Filho é enviado e vem. O Pai, embora seja para nós invisível e inefável, é conhecido pelo seu próprio Verbo; e, embora seja inexplicável, o Verbo no-l’O dá a conhecer. Reciprocamente, só o Pai conhece o seu Verbo. Foi o Senhor quem nos revelou esta dupla verdade. Assim, o Filho revela o conhecimento do Pai pela manifestação de Si mesmo, pois que o Pai é conhecido pela manifestação do Filho: tudo é revelado por meio do Verbo.
Foi para isto que o Pai revelou o Filho, isto é, para Se dar a conhecer a todos por meio d’Ele e para que merecessem ser recebidos no lugar da incorruptibilidade e da consolação eterna os que n’Ele acreditassem (acreditar n’Ele é fazer a sua vontade).
De facto, já pela criação, o Verbo revela Deus Criador; pela existência do mundo, o Senhor que o fabricou; pela matéria modelada, o Artífice que a modelou; e pelo Filho, o Pai que O gerou. Sobre isto, todos falam de maneira semelhante, mas nem todos crêem de maneira semelhante. O Verbo anunciava-Se a Si mesmo e ao Pai através da Lei e dos Profetas; e todo o povo o ouviu de maneira semelhante, mas nem todos acreditaram de maneira semelhante. E o Pai manifestou-Se a Si mesmo, por meio do Verbo feito visível e palpável, e nem todos acreditaram de maneira semelhante; mas todos viram o Pai no Filho, porque a realidade invisível que viam no Filho era o Pai, e a realidade visível em que viam o Pai era o Filho.
É o Filho que, servindo o Pai, leva à perfeição todas as coisas do princípio ao fim, e sem Ele ninguém pode conhecer Deus. O conhecimento do Pai é o Filho, e o conhecimento do Filho está no Pai e é revelado pelo Filho. Neste sentido dizia o Senhor: Ninguém conhece o Filho senão o Pai, e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho O revelar. A palavra revelar não diz respeito apenas ao futuro, como se o Verbo só tivesse começado a manifestar o Pai quando nasceu de Maria; antes, de um modo geral, diz respeito a todo o tempo. De facto, o Pai é revelado pelo Filho, presente desde o princípio na sua obra da criação, a quem o Pai quer, quando quer e como quer. E assim, em todas as coisas e através de todas as coisas, há um só Deus Pai, e um só Verbo, o Filho, e um só Espírito, como há também uma só salvação para todos os que crêem n’Ele.
RESPONSÓRIO Jo 1, 18; Mt 11, 27b
R. Nunca ninguém viu a Deus. * O Filho unigénito de Deus, que está no seio do Pai, no-l’O deu a conhecer.
V. Ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho O quiser revelar. * O Filho unigénito de Deus, que está no seio do Pai, no-l’O deu a conhecer.
Oração
Atendei, Senhor, as orações do vosso povo: dai-lhe luz para conhecer a vossa vontade e coragem para a cumprir fielmente. Por Nosso Senhor.
V. Bendigamos o Senhor.
R. Graças a Deus.
LAUDES (INÍCIO DA MANHÃ)
[Fonte: <https://www.ibreviary.com/m2/breviario.php>]
LEITURA BREVE
Tobias 4, 14-15a.16ab.19
Presta atenção, filho, a todas as tuas obras e sê prudente nas tuas palavras. Não faças a ninguém o que não queres que te façam a ti. Reparte o teu pão com os famintos e os indigentes; e agasalha com as tuas vestes os que não têm com que se cobrir. Dá esmola de tudo o que tens em abundância. Bendiz o Senhor em todo o tempo e pede-lhe que oriente os teus caminhos, para que cheguem a bom termo todos os teus projetos.
RESPONSÓRIO BREVE
V. Inclinai, Senhor, o meu coração para cumprir as vossas ordens.
R. Inclinai, Senhor, o meu coração para cumprir as vossas ordens.
V. Fazei-me viver segundo a vossa palavra.
R. Para cumprir as vossas ordens.
V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
R. Inclinai, Senhor, o meu coração para cumprir as vossas ordens.
SANTA MISSA
MEDITAÇÃO DA PALAVRA DO SENHOR – EVANGELHO DO DIA MEDITADO PELO PADRE JOÃO CARLOS
MEDITAÇÃO DA PALAVRA DO SENHOR – REFLEXÃO POTENCIALIZADORA DA TÊMPERA CATÓLICA NA ORAÇÃO DA MANHÃ DE DOM ADAIR JOSÉ GUIMARÃES
MEDITAÇÃO DA PALAVRA DO SENHOR – LEITURA COMENTADA DE UM CAPÍTULO DAS SAGRADAS ESCRITURAS COM A IRMÃ ZÉLIA
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA – OUÇA TODOS OS DIAS E TERMINE EM UM ANO
IMPULSIONAMENTO AO ESTUDO ORANTE DA LITURGIA DIÁRIA (LECTIO DIVINA)
Liturgia diária

Invocação de busca do reto entendimento
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor! Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra! Oremos: ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação! Por Cristo, Senhor nosso! Amém!

1o degrau da lectio divina: leitura (lectio) para compreensão do que o texto diz; 2o degrau da lectio divina: meditação (meditatio) a respeito do que o texto orienta a fazer; 3o degrau da lectio divina: oração (oratio) de compromisso com que o texto faz dizer a Deus.



[Fonte: <https://aliturgia.com/quarta-feira-da-semana-i-do-tempo-comum-10/>]
Leitura I Heb 2, 14-18
Uma vez que os filhos dos homens
têm o mesmo sangue e a mesma carne,
também Jesus participou igualmente da mesma natureza,
para destruir, pela sua morte,
aquele que tinha poder sobre a morte, isto é, o diabo,
e libertar aqueles que estavam a vida inteira
sujeitos à servidão,
pelo temor da morte.
Porque Ele não veio em auxílio dos Anjos,
mas dos descendentes de Abraão.
Por isso devia tornar-Se semelhante em tudo aos seus irmãos,
para ser um sumo sacerdote misericordioso e fiel
no serviço de Deus,
e assim expiar os pecados do povo.
De facto, porque Ele próprio foi provado pelo sofrimento,
pode socorrer aqueles que sofrem provação.
Compreender a palavra
É assumindo a nossa condição humana que Jesus se torna solidário connosco. Estávamos sob o domínio daquele que tinha poder sobre a morte, mas Jesus, o Filho de Deus, assumiu a nossa humanidade. Tornando-se homem, tornou-se do nosso sangue e da nossa carne. Desta forma pode ser o sumo sacerdote que precisávamos, capaz de se solidarizar connosco e de, morrendo por nós, manifestar a misericórdia para connosco expiando os nossos pecados.
Meditar a palavra
Jesus é o sumo sacerdote que precisávamos. Ele é misericordioso para connosco porque, assumindo a nossa carne, tornou-se nosso irmão e desde a humanidade partilhada, oferecendo-se a si mesmo, salvou-nos a nós que estávamos sob o domínio da morte. Agora, temos nele a vida eterna porque ele, tendo experimentado o nosso sofrimento nos redimiu.
Rezar a palavra
Senhor Jesus, de coração agradecido vimos à tua presença porque sendo Deus, superior aos anjos, aceitastes descer até nós assumindo a pobreza da nossa humanidade e desde aí, com gratuidade infinita ofereceste a própria vida para nos libertar da morte que nos tinha prisioneiros. Aceita, a nossa oração, pois é de coração humilhado e agradecido que te acolhemos nesta manhã.
Compromisso
Vou manifestar o meu agradecimento a Jesus pela sua generosidade para comigo.
Evangelho Mc 1, 29-39
Naquele tempo,
Jesus saiu da sinagoga
e foi, com Tiago e João, a casa de Simão e André.
A sogra de Simão estava de cama com febre
e logo Lhe falaram dela.
Jesus aproximou-Se, tomou-a pela mão e levantou-a.
A febre deixou-a e ela começou a servi-los.
Ao cair da tarde, já depois do sol-posto,
trouxeram-Lhe todos os doentes e possessos
e a cidade inteira ficou reunida diante da porta.
Jesus curou muitas pessoas,
que eram atormentadas por várias doenças,
e expulsou muitos demónios.
Mas não deixava que os demónios falassem,
porque sabiam quem Ele era.
De manhã, muito cedo, levantou-Se e saiu.
Retirou-Se para um sítio ermo
e aí começou a orar.
Simão e os companheiros foram à procura d’Ele
e, quando O encontraram, disseram-Lhe:
«Todos Te procuram».
Ele respondeu-lhes:
«Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas,
a fim de pregar aí também,
porque foi para isso que Eu vim».
E foi por toda a Galileia,
pregando nas sinagogas e expulsando os demónios.
Compreender a palavra
Podemos apreciar neste texto um dia na vida de Jesus. Primeiro vai à sinagoga onde se encontra com a comunidade, depois entra na casa do seu amigo Pedro e cura-lhe a sogra. A sua atenção volta-se então para os que sofrem e o procuram. O novo dia começa com a oração e continua com a preocupação pelos outros.
Meditar a palavra
O círculo de um dia faz-se entre Deus e os irmãos. Primeiro a oração, a sinagoga, a palavra, depois a atenção aos outros num trabalho dedicado e atento. É na realidade de cada dia que Deus se dá a conhecer a todos. Os gestos as palavras, os sentimentos com que vivemos a circunstâncias comunicam a verdade de Deus presente em nós para a salvação de todos. Vale a pena meditar nas expressões do texto: “Jesus aproximou-se”; “Tomou-a pela mão”; “Levantou-a”; “Trouxeram-lhe todos os doentes”; “Levantou-se“; “Disseram-lhe”. São expressões que falam da entrega total de quem está inserido no mundo em atitude de serviço.
Rezar a palavra
“Aproximou-se”. Aproxima-te de mim, Senhor, neste meu dia. Ao iniciar os meus trabalhos, consciente de que me envias a libertar os meus irmãos, aproxima-te de mim, Senhor e toca-me para que me levante e faça da minha vida um serviço permanente aos outros.
Compromisso
Hoje vou disponibilizar-me para fazer o que ninguém quer fazer.
[Referência: LEITURA ORANTE DA PALAVRA – LECTIO DIVINA FERIAL: <Leitura Orante da Palavra – Lectio Divina Ferial (liturgia.pt)>]

4o degrau da lectio divina: contemplação (contemplatio) – firme propósito de ver a vida com os olhos da fé, com o olhar iluminado pelo Espírito Santo; de tornar-se um novo ser humano: discípulo missionário de Jesus Cristo.
Oração firmadora do propósito de dedicar-se ao discipulado missionário de Jesus Cristo
Clamo-vos, ó Deus Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, e rogo a intercessão da Virgem Maria e de todos os santos e anjos de Deus, para que me ilumineis, inspireis, orienteis e sustenteis de modo que eu veja a vida com os olhos da fé, com o olhar iluminado pelo Espírito Santo, tornando-me passo a passo, dia-a-dia, de acordo com a vossa santa vontade, um discípulo missionário de Jesus Cristo, ciente de que a Leitura Orante da Palavra de Deus se constitui base, estímulo e impulso para fazê-lo da melhor forma possível.
Que eu me empenhe para participar diariamente da Santa Missa (ou, caso não for possível, alternativamente, a assista por meio eletrônico), aproveitando para, antes ou depois depois da Santa Missa, devotar uma hora de adoração ao Santíssimo Sacramento (ou o tempo que for possível). Que eu recite o Santo Rosário e outras orações e devoções pelas quais me sinto particularmente tocado, em especial invocando a iluminação do Espírito Santo, bem como a proteção e orientação dos anjos.
Que eu leia ao menos as sínteses das vidas dos santos de cada dia, ricas em exemplos de prática cristã. Que eu me debruce sobre as leituras escolhidas pela Santa Madre Igreja para serem meditadas nos diversos momentos orantes que compõem a Liturgia das Horas, que consistem em preciosos estímulos para a santificação do dia – e da vida. Que na medida do possível eu recite as orações da Liturgia das Horas em seus respectivos horários e me coloque em silêncio por alguns momentos após elas, em atitude de adoração e profunda intimidade com o Senhor- ou pelo menos as ouça ao longo do dia.
Que eu me impregne profundamente da consciência do magnífico valor dos tesouros disponíveis no caminho cristão, tão rico em alimento espiritual, que podem – e devem – ser desbravados e conquistados pela alma que tem sede de Deus (Sl 41). Que eu passe a usufruí-los, gradual e progressivamente, de acordo com a realidade e as possibilidades, avançando na prática de orações mentais, meditando leituras recomendadas para tal. E que eu me dedique a ampliar o conhecimento da fé , bem como da doutrina cristã autêntica expressa nos documentos da Igreja e na grande diversidade de obras escritas pelos santos e pelos que se empenharam sinceramente para bem servir a Santa Madre Igreja.
Que eu siga o exemplo de profunda caridade de Jesus, de dar a vida pelos irmãos, fazendo do viver uma oblação, um doar-se pelo Reino: na convivência diária no âmbito da família e do trabalho; na vida comunitária – com especial zelo no seguimento das orientações da Santa Madre Igreja quanto a vida sacramental, de acordo com meu estado de vida e as circunstâncias específicas do viver (Batismo, Confirmação, Penitência, Eucaristia, Ordem, Matrimônio e Unção dos Enfermos), buscando também contribuir da melhor forma possível para que muitos usufruam das graças sacramentais. E que eu me engaje frutuosamente em ações concretas para a promoção da vida plena e abundante que Jesus veio trazer a todos, praticando da forma mais elevada possível as virtudes teologais da fé, esperança e caridade, bem como as virtudes cardeais da prudência, justiça, fortaleza e temperança. Amém!
SANTOS DO DIA – EXEMPLOS DE PRÁTICA CRISTÃ
[Fonte: <https://sagradamissao.com.br/2025/01/santos-do-dia-da-igreja-catolica-15-de-janeiro/>]
Santos do Dia da Igreja Católica – 15 de Janeiro
Postado em: por: marsalima
Santo Paulo – o Ermitão
São Jerônimo escreveu em 400, um livro rico em detalhes sobre a vida de Paulo, a quem chamou de “príncipe da vida eremita”. Ele a conheceu narrada pelo amigo são Atanásio, discípulo de santo Antonio do Deserto.
Paulo nasceu no ano 228, em Tebaia, uma região próxima do rio Nilo, no Egito, cuja capital era Tebas. Foi educado pelos pais que eram da nobreza e cristãos. Porém aos catorze anos ficou órfão. Era bondoso, piedoso e amava a sua fé. Em 250 começou a perseguição do imperador Décio. Foi uma perseguição curta, mas dura e contundente, porque ordenava aos cristãos que renegassem a fé e participassem dos ritos pagãos, como sinal de lealdade ao Estado. Quem aceitasse podia viver tranqüilo. Muitos aceitavam, para salvar a vida. Paulo não rendeu homenagens aos deuses, preferiu se esconder, mostrando prudência.
Porém, foi denunciado e fugiu para o deserto. Lá, encontrou umas cavernas onde, séculos atrás, os escravos da rainha Cleópatra fabricavam moedas. Escolheu uma, perto de uma fonte de água e de umas palmeiras, para ser sua moradia. Com as folhas da palmeira fazia a roupa. Os frutos eram seu alimento. E a água da fonte sua bebida.
Em 251 o imperador Décio morreu num combate e a perseguição cessou. Mas, Paulo nunca mais voltou. O deserto, a solidão e a proximidade com Deus o haviam conquistado. Sentiu que sua missão era ajudar o mundo não com negócios e palavras, mas com penitências e orações, para a conversão dos pecadores. Disse são Jerônimo que quando a palmeira não tinha frutos, vinha um corvo trazendo meio pão no bico e com isso vivia o santo monge.
Depois de muitos anos, foi descoberto por Antonio do Deserto, ou Antão, o qual foi avisado em sonho, que no deserto existia um monge mais velho do que ele. Paulo estava na caverna, quando se encontraram. Conversavam sobre assuntos espirituais, quando um corvo pousou carregando no bico a ração dobrada: um pão inteiro. Paulo, então, contou a ele sua vida e a experiência dos noventa anos de solidão no deserto. Depois rezaram a noite toda. Pela manhã, Paulo pediu que Antonio fosse buscar o manto que recebera de Atanásio, pois pressentiu que seu fim estava próximo. Antonio ficou emocionado, porque nada havia contado sobre o manto, que ganhara do discípulo. Partiu e quando voltou, não o encontrou mais.
Envolto em mistério e encantamento, ao que tudo indica, Paulo morreu com cento e doze anos em 340, sozinho e em lugar ignorado. Foi um santo singular: não deixou escritos ou palavras memoráveis. Segundo a tradição, no século VI, foi erguido no Egito um mosteiro, em frente ao Monte Sinai, que conserva a sua antiga morada na caverna. Nada mais temos que se ligue, materialmente, a este monge do silêncio, também conhecido como: Paulo de Tebas.
Cerca de oito séculos depois de sua morte, nasceu uma comunidade religiosa com o nome de “Ordem de São Paulo Primeiro Eremita” ou “Eremitas de São Paulo”. Uma comunidade que, no início do terceiro milênio, ainda permanece viva e conhecida, tendo sua Casa Mãe, perto do Santuário Mariano de Czestochowa, na Polônia. A Igreja o celebra em 15 de janeiro, data indicada no livro de são Jerônimo.
Santo Mauro (Amaro)
Amaro é o nome pelo qual santo Mauro também é conhecido e festejado. Ele nasceu na cidade de Roma, filho único do senador Eutíquio e de Júlia uma rica fidalga, no ano de 512. Aos doze anos, teve um sonho, onde uma voz lhe dizia para entregar sua vida a serviço de Cristo, e assim seria conduzido para o caminho da santidade. Interpretou como um chamado de Deus e comunicou aos pais seu desejo de ingressar num mosteiro.
Eutíquio era amigo do abade Bento de Norcia, venerado pela Igreja como o “pai dos monges ocidentais”, e conhecia o seu trabalho com os jovens que desejavam estudar e se aprofundar na fé, por isto decidiu que o filho iria para lá . Amaro foi confiado a são Bento, juntamente com seu primo Plácido, de sete anos, que também foi canonizado. Os meninos ingressaram no mosteiro de Subiaco, onde estudaram e aprofundaram sua fé em Deus.
Certo dia, o santo abade estava rezando e Amaro executando suas tarefas diárias, quando São Bento teve uma visão do menino Plácido se afogando no riacho onde fôra buscar água. Imediatamente, São Bento chamou Amaro e o avisou que seu primo estava se afogando, mandou que ele corresse para lá e tentasse salvar Plácido, de qualquer forma. Amaro se concentrou de tal maneira agiu tão rapidamente, que nem percebeu que andava sobre as águas daquele riacho, depois puxou o primo pelos cabelos e o levou para a terra firme. Assim, foi que aconteceu o primeiro prodígio de Amaro, que salvou o primo, andando sobre as águas, como fez São Pedro para atender o chamado do Mestre Jesus, andando no mar da Galiléia.
Amaro se tornou o discípulo predileto de São Bento e o acompanhou para o mosteiro de Montecassino, quando lá se fixaram, sendo nomeado o primeiro superior e administrador. Sobre Amaro, os registros mostram que era um homem virtuoso, modelo de obediência, humildade e caridade.
Em 535 quando São Bento recebeu o convite para abrir um mosteiro sob as suas Regras na Gália, atual França . O escolhido para a missão foi Amaro, que chefiou com outros quatro monges, inclusive Fausto, que escreveu a “Vida de Amaro, abade”. O trabalho frutificou tanto que o mosteiro francês deu origem a uma cidade com o seu nome. Muitos anos depois, ele também foi dado à Congregação Beneditina Francesa de Saint Maur, uma das mais importantes instituições católicas pela formação de seus monges, que se expandiu por toda a Europa.
O monge Fausto, no seu livro, narrou que Amaro, aos setenta e dois anos, contraiu a peste, epidemia que havia se instalado no mosteiro, levando à morte uma centena de religiosos. Ele agonizou durante cinco meses, morrendo santamente em 15 de janeiro de 584. Foi sepultado na igreja de São Martinho, a mesma em que costumava ir rezar. Atualmente suas relíquias estão na Cripta de a Capela do mosteiro de Montecassino, na Itália. A Igreja o canonizou e a festa de Santo Amaro acontece no dia de sua morte. A partir de 1962, o seu primo passou a ser celebrado junto com ele. O culto de Santo Amaro é muito vigoroso em todo o mundo, principalmente na Europa e na França.
Santo Arnaldo Janssen
Arnaldo Janssen nasceu em Goch, na Baixa Renânia, Alemanha, em 05 de novembro de 1837. Ele era o segundo filho de uma família numerosa de cristãos fervorosos de classe média e se tornou um gigante por sua obra de fundador e pela atividade fecunda do seu apostolado, junto aos pobres, migrantes, clérigos e fiéis.
Após concluir o estudo colegial na diocese de Gaesdonck em 1855, seguiu para Munster , ingressando na real academia da Prússia para estudar matemática, ciências naturais e filosofia. Dois anos depois seguiu para a universidade de Bonn, na Alemanha, onde se diplomou e obteve a habilitação para lecionar todas as matérias do colegial. Assim, tendo apenas 20 anos já era professor.
Pouco depois, entrou no Seminário de Munster e se consagrou sacerdote em 05 de agosto de 1861. Por quase doze anos, se dedicou ao ensino na escola pública e ao Apostolado da Oração como diretor na diocese, em Munster. Neste período amadureceu a idéia de se dedicar exclusivamente a obra missionária. Decidiu e renunciou aos cargos de professor e diretor. Este foi o derradeiro passo para o início de sua atividade de fundador.
Em 1873 fundou uma revista mensal chamada de “O pequeno mensageiro do Sagrado Coração”, com o objetivo de informar os fiéis da necessidade de missionários no país e no exterior. Em 1874, conheceu o bispo de Hong Kong , percebendo que suas angustias eram as mesmas, teve a inspiração de fundar uma congregação missionária, que pudesse suprir as necessidades dos clérigos e dos fiéis.
No ano seguinte, instituiu na cidade de Steyl, Holanda, a primeira comunidade missionária de origem alemã, para a formação de sacerdotes e irmãos, que recebeu o nome de Sociedade do Verbo Divino. Padre Arnaldo resolveu que a base de formação sacerdotal teria a Regra da Terceira Ordem Dominicana. Nos anos que se sucederam, as obras e o apostolado se expandiram para o Extremo Oriente, América e África.
Depois, fundou a Congregação das Missionárias Servas do Espírito Santo em 1889, e a das Servas do Espírito Santo da Adoração Perpétua em 1896, em Steyl. As três congregações foram fundadas na Holanda, porque alí os cristãos eram menos perseguidos e as chances de um possível fechamento das casas seria menor.
Mais tarde, este foi o motivo que levou o Padre Arnaldo Janssen a se refugiar no território holandês, e naquela cidade, onde permaneceu, se dedicando à sua esplendida obra de fundador e aos migrantes e pobres.
Morreu em 15 de janeiro de 1909, consumido pelo trabalho. A Igreja o canonizou em 2003 e o proclamou pioneiro do movimento missionário moderno nos países de língua alemã, holandesa e eslava. Seu culto litúrgico foi indicado para o dia de sua morte.
Santo Plácido
A vida de Plácido está ligada à do seu primo Mauro, também chamado de Amaro, por várias circunstâncias. Primeiro, porque ambos aos sete anos de idade foram entregues, pelos pais ao amigo Bento de Nórcia, celebrado pela Igreja como o “pai dos monges ocidentais”, para serem oblados à Cristo. Depois, porque Amaro o salvou da morte, na infância. Nesta ocasião, Bento, teve uma visão onde Plácido se afogava dentro de um lago, por isto mandou o pequeno Amaro correr para impedir o acidente. De fato, ele o salvou prodigiosamente, andando sobre as águas e o retirando com vida. Porém, após se tornarem sacerdotes, suas vidas se separam, e de maneira distinta cada um testemunhou sua fé em Cristo. Vejamos a trajetória de Plácido.
Plácido nasceu no ano de 514, em Roma. Os pais, nobres e ricos, eram Tertulo e Faustina, e os irmãos se chamavam Eutíquio, Flávia e Vitório. Plácido foi entregue a são Bento, que o tomou como discípulo e lhe dispensou um afeto paterno. O menino cresceu bondoso e assimilou os ensinamentos do Evangelho e o espírito ecumênico da mensagem beneditina. Tornou-se sacerdote e foi enviado para a cidade italiana de Messina, na Sicilia, para construir um mosteiro, do qual foi eleito o abade. Plácido o construiu fora dos muros da cidade. Ao lado do mosteiro ele também construiu uma igreja, dedicada a são João Batista.
Plácido, certa vez, recebeu a visita de seus irmãos, os três saudosos, decidiram ir para Messina, onde ficaram por um longo período, hospedados no mosteiro. Até que em setembro de 541, os árabes sarracenos, invadiram o mosteiro, destruindo tudo e matando os monges que encontravam pela frente. Depois, se voltaram contra os quatro irmãos, que seriam poupados se renegassem o seu Deus. Plácido falou por todos: “jamais trairemos a fé em Cristo e por isto estamos prontos para morrer”. Foram arrastados até a praia vizinha e brutamente mortos, tendo as cabeças decepadas. Os corpos foram recolhidos pelos monges sobreviventes e sepultados na igreja semidestruída.
Este mosteiro e a igreja foram destruídos e reconstruídos várias vezes por conta destes bárbaros. Só em 1099, a paz voltou a reinar na Sicília, com a sua expulsão definitiva . O então imperador Rugero, católico, mandou reconstruir tudo. No final da construção do grande edifício, o mosteiro foi elevado à condição de Priorado Geral. Mas o fato sensacional, ocorreu em 1588, quando o superior do mosteiro,vendo que o interior da igreja não tinha ventilação nem luz, mandou abrir três grandes portas. Para isto, tiveram que deslocar o altar maior, e foi aí que encontraram as relíquias dos quatro irmãos. A festa foi grande porque ao retirarem o corpo de são Plácido surgiu de improviso uma fonte de água puríssima, que os devotos atribuíram como milagrosa.
A igreja e o mosteiro foram totalmente destruídos, em 1918, quando ocorreu o maior terremoto de Messina. Mas as relíquias de são Plácido já estavam guardadas pelos beneditinos na Cripita da Capela do mosteiro de Montecassino, onde também estão as de seu primo.
A Igreja, em 1962, determinou que os dois primos sejam festejados no mesmo dia 15 de janeiro. Entretanto, o culto a são Plácido é muito intenso e os devotos o celebram também em 5 de outubro, data que lhe era dedicada anteriormente.
Santo Romédio
Remédio pertencia a uma rica família dos primeiros nobres do norte da Itália. Ele era o jovem senhor do castelo de Thaur, no vale do Trento. Jovem poderoso, tinha nas mãos o poder econômico e político. Era proprietário das ricas salinas daquele vale e possuía muitos homens a seu serviço. Com a morte dos pais sua fortuna aumentou, entretanto, nada o satisfazia. Foi procurar seu amigo Virgílio, bispo de Trento, que mais tarde se tornou santo, e doou tudo para a sua igreja. Alguns dias depois, voltou, com uns poucos amigos, pedindo sua benção e aprovação para uma peregrinação com destino a Roma. O grupo seguiu a pé, levando um documento do bispo para o papa, que os recebeu e abençoou.
Voltando para Trento, juntos decidiram prosseguir a experiência religiosa comunitária vivida durante a peregrinação. Foram para um velho castelo em ruínas, situado no pico de um penhasco rochoso. Neste ambiente pitoresco, Romédio viveu em estimulante confronto com Deus, com suas criaturas e com si mesmo; através da austeridade, penitência e oração. Quando era rico, Romédio não vivia nesta plenitude, pois explorava a terra e os homens a seu serviço. Vivendo na pobreza, ele se reencontrou em plena comunhão com Deus e com as suas criaturas.
Os montanheses do vale aprenderam a conhece-lo e a estima-lo, paravam para rezar junto à cruz que Romédio tinha colocado dentro de uma gruta e conversavam com ele. A sua fama de ermitão se espalhou, como os seus prodígios. Romédio fez muitos discípulos, dentre eles havia um chamado Davi, que a tradição lembra por uma passagem singular. Contam que Romédio, velho e cansado, desejava encontrar com o amigo bispo Virgílio, por isto mandou o seu jovem discípulo Davi selar o cavalo. Ele foi, mas encontrou um urso esfomeado estraçalhando o cavalo. Quando soube, Romédio disse ao jovem: “Não tenha medo! Coloque a sela no urso. Ele me servirá de cavalo”. Davi obedeceu. Receoso se aproximou da fera bravia, mas para sua surpresa o urso mansamente se deixou selar. Com a cabeça baixa, como se pedisse perdão por ter comido o cavalo, o urso foi até Romédio e este o acariciou e montou sobre a sela, concluindo o seu prodígio na cidade, onde foi recebido por Virgílio e pela população surpresa.
Quando Romédio morreu, com a idade bem avançada. Foi sepultado dentro da gruta onde costumava rezar, e o local se tornou meta de peregrinação. Assim, por volta do ano 1000 foi construída uma igreja, onde iniciou o culto a São Romédio e se tornou um Santuário belíssimo erguido sobre rochas. Dois séculos depois, o culto já consolidado foi reconhecido oficialmente pelo bispo de Trento e se ampliou com a distribuição das relíquias para as igrejas de toda a região do Trento e dos Alpes austríacos, alemães, suíços. O papa Pio X confirmou em 1907, o seu culto “imemorável”.
Luis Variara (Bem-Aventurado)
Luis Variara nasceu em 15 de janeiro de 1875 na cidade de Variagi, na Itália. Ainda criança viu e ouviu Dom Bosco na celebração de uma missa. Mais tarde, seu pai o mandou para o Seminário de Turim, que era dirigido por aquele santo. Quatro meses depois, Dom Bosco morreria, mas esta curta convivência o marcou por toda vida.
Decidiu se tornar salesiano: entrou no noviciado e o concluiu em 1892, recebendo os votos perpétuos das mãos de outro santo, Miguel Rua. Depois, seguiu os estudos de filosofia. Neste período tomou conhecimento sobre o trabalho missionário do Padre Unia na América do Sul. Em 1894 viajou para a Colômbia resolvido a se juntar ao célebre missionário, que iniciava seu trabalho entre os leprosos da aldeia Água de Deus.
O pequeno povoado possuía dois mil habitantes, dos quais oitocentos eram leprosos. Luis mergulhou totalmente na sua missão. Possuindo aptidão e conhecimentos musicais, organizou uma banda, formando um ambiente festivo na “cidade das dores”, como era conhecida. Após quatro anos, Luis foi ordenado sacerdote, se revelando um ótimo diretor espiritual. Entre as suas penitentes estavam também os membros da Associação das Filhas de Maria, um grupo de cerca de duzentas moças, dentre elas muitas leprosas. Foi diante desta constatação que nasceu em Padre Luis a primeira idéia de fundar uma congregação que abrigasse também jovens leprosas.
Em 1905, a Congregação das “Filhas dos Santíssimos Corações de Jesus e de Maria” teve inicio. Ele se sentia cada vez mais entusiasmado com a sua missão. Haviam transcorrido dez anos desde a sua chegada em Água de Deus. Uma década feliz e rica de realizações. Dentre elas o término da construção do Asilo “Dom Miguel Unia”, que apesar dos retardos provocados pela Guerra dos mil dias, pôde ser inaugurado.
Porém, começava um longo período de sofrimentos e de incompreensões, para o generoso missionário. O bispo, que inicialmente havia dado sua aprovação, começou a retirar seu apoio. Por isso, durante algum tempo Padre Luis foi enviado para trabalhar nas paróquias de outras dioceses. Suspeitando que ele tivesse contraído a lepra, diagnóstico que depois resultou errado, foi enviado de volta para Água de Deus.
Em 1921, em obediência, Padre Luis aceitou sua transferência para Tariba, uma cidadezinha venezuelana. Alí adoeceu gravemente. O médico aconselhou, por motivos climáticos, que fosse para a cidade de Cucuta, na Colômbia. Viajou para lá. Mas a situação se precipitou rapidamente e ele morreu em 1° de fevereiro de 1923 com quarenta e nove anos de idade.
Foi sepultado em Cucuta. Em 1932, suas relíquias foram transportadas para a capela da Congregação das “suas” Filhas em Água de Deus, onde ainda se encontram. Atualmente as Irmãs estão espalhadas em onze nações da América, Europa e África, dedicadas em especial modo à pastoral da saúde. Padre Luis Variara foi beatificado pelo Papa João Paulo II em 2002 e sua festa deve ser celebrada no dia do seu nascimento.


ESTÍMULOS À SANTIFICAÇÃO DO DIA – E DA VIDA
LEITURAS DAS ORAÇÕES DA LITURGIA DAS HORAS DE 16 DE JANEIRO DE 2025
[Fonte: <https://www.ibreviary.com/m2/breviario.php>]
ORAÇÃO DA HORA TERÇA (NOVE HORAS)
LEITURA BREVE
1 Pedro 1, 13-14
Tende o vosso espírito alerta e sede vigilantes. Ponde toda a vossa esperança na graça que vos será concedida, quando Jesus Cristo Se manifestar. Como filhos obedientes, não vos conformeis com os desejos de outrora, quando vivíeis na ignorância.
V. Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos,
R. Ensinai-me as vossas veredas.
Oração
Senhor, Pai santo, Deus fiel, que enviastes o Espírito Santo para reunir os homens, dispersos pelo pecado, ajudai-nos a ser, no meio do mundo, fermento de unidade e de paz. Por Nosso Senhor.
ORAÇÃO DA HORA SEXTA (DOZE HORAS)
LEITURA BREVE
1 Pedro 1, 15-16
À semelhança do Deus santo que vos chamou, sede santos, vós também, em todas as vossas acções, como está escrito: «Sede santos, porque Eu sou santo».
V. Revistam-se de justiça os vossos sacerdotes,
R. Exultem de alegria os vossos fiéis.
Oração
Deus omnipotente e misericordioso, que a meio do dia concedeis um descanso à nossa fadiga, olhai benignamente o trabalho começado, e, remediando as nossas fraquezas, levai a bom termo as nossas acções, segundo a vossa vontade. Por Nosso Senhor.
ORAÇÃO DA HORA NONA (QUINZE HORAS)
LEITURA BREVE
Tg 4, 7-8a. 10
Submetei-vos a Deus. Resisti ao demónio e ele fugirá de vós. Aproximai-vos de Deus e Ele aproximar-Se-á de vós. Humilhai-vos diante do Senhor e Ele vos exaltará.
V. Os olhos do Senhor estão voltados para os que O temem,
R. Para os que esperam na sua bondade.
Oração
Senhor Jesus Cristo, que, de braços abertos na cruz, morrestes pela salvação dos homens, fazei que todas as nossas acções Vos sejam agradáveis e sirvam para manifestar ao mundo a vossa redenção. Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.
V. Bendigamos o Senhor.
R. Graças a Deus.
ORAÇÃO DE VÉSPERAS (FINAL DA TARDE)
LEITURA BREVE
Tg 1, 22.25
Sede cumpridores da palavra, não apenas ouvintes, pois seria enganar-vos a vós mesmos. Aquele que se aplica atentamente a considerar a lei perfeita, que é a lei da liberdade, e nela persevera, sem ser um ouvinte que se esquece mas que efectivamente a cumpre, esse encontrará a felicidade no seu modo de viver.
RESPONSÓRIO BREVE
V. Salvai-me, Senhor, e tende piedade de mim.
R. Salvai-me, Senhor, e tende piedade de mim.
V. Não permitais que minha alma se junte aos pecadores.
R. E tende piedade de mim.
V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
R. Salvai-me, Senhor, e tende piedade de mim.
ORAÇÃO DE COMPLETAS (ANTES DE DORMIR)
LEITURA BREVE
Ef 4, 26-27
Não pequeis. Não se ponha o sol sobre o vosso ressentimento. Não deis lugar ao demônio.
RESPONSÓRIO BREVE
V. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
R. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
V. Senhor, Deus fiel, meu Salvador.
R. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
R. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
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Importante:
* A Liturgia Diária, a porção da Palavra de Deus escolhida para cada dia, consiste em refeição espiritual de escol brindada pela Santa Madre Igreja, preparatória para o alimento divino, a Sagrada Eucaristia. Auguramos que esse estudo orante possa contribuir para potencializar o sustento e o remédio que essas santas palavras são destinadas a proporcionar e que com cada vez maior assiduidade mais irmãos na fé priorizem sorver diariamente as delícias inefáveis da Santa Palavra e da Sagrada Eucaristia. Sugerimos, caso não for possível por alguma razão desfrutar a missa presencialmente, que se o faça ao menos virtualmente, pela televisão ou internet. Também recomendamos escrever na área de busca de sites veiculadores de vídeos na internet as palavras “Homilia diária” e aproveitar os momentos livres do pensamento (inclusive no decorrer da realização de atividades manuais que não requerem intensa concentração – como lavar louça, por exemplo) para ouvir as reflexões de clérigos qualificados para nos ajudar a compreender com cada vez mais profundidade os desígnios divinos. O católico que participar de todas as Missas diárias ou estudar a Liturgia Diária pelo período de três anos, terá estudado toda a Bíblia (exceto partes de algumas passagens que são apresentadas de forma sintetizada, das quais são suprimidos versículos considerados de importância secundária). Essa breve exegese da Liturgia Diária é recomendada para quem busca conhecer com profundidade a Palavra de Deus, para dela se tornar íntimo e colocá-la em prática.
** A Liturgia das Horas é composta por sete momentos orantes rezados pelo fiel ao longo do dia. O primeiro, na madrugada, se chama Ofício das Leituras, composto pela recitação de vários salmos; a primeira leitura (extraída da Bíblia); a segunda leitura (extraída da Sagrada Doutrina) e algumas orações próprias. O segundo, Laudes, se reza no início da manhã, incluindo a recitação de salmos; orações; leitura bíblica breve e inclui também preces. Os momentos orantes do “miolo do dia” (das 09 às 15 horas) chamados “da hora média”, são propostos para serem realizados com brevidade em três etapas: Hora Terça, em torno das 09:00 horas; Hora Sexta, em torno das 12:00 horas; e Hora Nona, em torno das 15:00. São compostos pela recitação de salmos; orações e uma leitura bíblica breve. O sexto momento orante se dá antes do pôr do sol, sendo denominado de Vésperas e inclui também algumas preces, além dos salmos, orações e leitura bíblica breve. O sétimo momento orante denomina-se Completas, sendo realizado antes de dormir, incluindo o exame de consciência, uma breve recitação dos salmos, leitura bíblica breve e orações próprias, sendo bastante conciso. Tais momentos orantes são destinados especialmente à santificação do dia. A Liturgia das Horas serve também como ponto de interseção entre todos os católicos, sendo prescrita em especial para ser recitada por todos os componentes do clero, religiosos, religiosas, diáconos… constituindo-se fundamental para a unidade da fé, prevenindo a queda em heresias (a “escolha” de partes das escrituras e da doutrina e o rechaço de outras). Recomendamos vivamente que todos quantos puderem se dediquem a essa maravilhosa prática e reputamos como mínimo necessário a meditação da segunda leitura do Ofício das Leituras (aqui trazida como leitura complementar, extraída do o site <http://www.ibreviary.com/>), com o que nos tornamos agraciados com os preciosíssimos tesouros da Sagrada Doutrina brindados pelos que cultivaram a fé desde o início da Igreja. Podemos acessar a Liturgia das Horas através de livro próprio, também chamado de Breviário, ou por meio de aplicativos ou sites na internet. O fiel pode ainda digitar na área de busca o nome do momento orante que deseja acompanhar e terá à disposição essa oração com os salmos cantados. Disponibilizamos diariamente nesse estudo orante da Palavra de Deus os textos das leituras de todos os momentos orantes da Liturgia Diária, reputando-os como estímulos para a santificação do dia.
*** Por que ler a vida do Santo do dia?
Você sabe porque é muito importante conhecer e meditar no exemplo de vida do Santo do dia?
É fácil perceber que os homens se influenciam mutuamente no relacionamento social. A criança imita os pais, os gestos de dois amigos tendem a se assemelhar, pois a imitação é conatural aos homens desde a infância, distinguindo-os como a criatura mais imitativa de todas.
Esse mimetismo inato vincado em nossa humanidade se verifica também no âmbito sobrenatural. Conforme frisou Bento XVI, “os Santos constituem o comentário mais importante ao Evangelho, uma atualização sua na vida cotidiana e, por conseguinte, representam para nós um verdadeiro caminho de acesso a Jesus”.(1) Podemos, sem dúvida, considerá-los como imagem de Deus transposta para o dia a dia.
O conceito de imitação de Cristo – diretamente ou através do Santo do Dia – está presente nos Livros Sagrados, sobretudo nas cartas de São Paulo, como a destinada aos filipenses: “Sede meus imitadores, irmãos, e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós” (3, 17).
São Francisco de Assis estava bem cônscio de seu papel simbólico quando dizia: “Devo ser modelo e exemplo para todos os frades”. (2)
Para o homem contemporâneo essas analogias entre Cristo e os Santos poderiam parecer despropositadas ou mesmo maldosamente tachadas de “culto à personalidade”.
Por isso, é fundamental ler a história do Santo do Dia para que conhecendo o exemplo deles e admirando-os, aprendamos como adequar nossas vidas à santidade que Deus quer de nós.
**** Leitura Orante da Palavra (Lectio divina)
Fonte: <https://www.ivcpoa.com.br/leitura-orante-da-palavra>
a) Como surgiu?
No século XII, o monge Guigo II estava trabalhando no mosteiro com uma escada na mão. Enquanto isso, pedia a Deus que lhe sugerisse um instrumento que o ajudasse a subir até ele. Sobre isso, ele escreveu: “Ocupado em um trabalho manual, comecei a pensar na atividade espiritual do ser humano e se apresentaram improvisadamente à minha reflexão quatro degraus espirituais, ou seja: 1) a leitura; 2) a meditação; 3) a oração; e 4) a contemplação”. Esta é a escada que se eleva da terra ao céu. Alguns chamam esse método de rezar de Lectio divina, isto é, leitura divina.
b) Os passos da Leitura Orante: 1) leitura; 2) meditação; 3) oração; e 4) contemplação.
1) Leitura: no primeiro momento, procure acolher a Bíblia não como um livro qualquer, mas como um tesouro que é a Palavra que Deus quer nos falar. Esforce-se para captar o sentido do texto do modo mais pleno possível. Para isso, podem ajudar algumas perguntas: • Quem? O que diz e o que faz cada personagem? • Onde? Como se situa este texto na Bíblia e em que contexto? • Que relação tem com outros textos? • Em síntese, o que diz o texto?
2) Meditação: A meditação vai responder à pergunta: “O que é que Deus, através deste texto, tem a nos dizer hoje?”. É muito importante perceber o que o texto diz para mim, não somente para os outros. Algumas vezes, as pessoas procuram no texto bíblico lições para ensinar aos outros. Aqui é diferente: o texto fala diretamente com o leitor, seja pessoalmente, seja comunitariamente. Entra-se em diálogo, facilitado por algumas perguntas, como: O que há de semelhante e de diferente entre a situação do texto e a nossa de hoje? O que a mensagem deste texto diz para a nossa situação? Que mudanças de comportamento nos sugere? Pode-se perceber o quanto as ideias de Deus são diferentes das nossas e a necessidade de deixar que a Palavra de Deus transforme as nossas convicções. Muitas vezes, é preciso mudar de mentalidade para aderir à vontade de Deus.
3) Oração: É o momento de expressar o que o texto nos faz dizer a Deus. A oração é a nossa resposta à Palavra de Deus lida e meditada. A oração provocada pela meditação inicia-se com uma atitude de admiração, silêncio e adoração ao Senhor. A oração suscitada pela meditação também pode ser recitação de preces e salmos. Dependendo do que se ouviu da parte de Deus, a resposta pode ser de louvor ou de ação de graças, de súplica ou de perdão. É importante que essa oração espontânea não seja só individual, mas tenha sua expressão comunitária em forma de partilha.
4) Contemplação: enxergar, saborear, agir. A contemplação ajuda a enxergar o mundo de maneira nova. Tira o véu e ajuda a descobrir o projeto de Deus na história que hoje vivemos. Leva-nos a perceber Cristo como centro de tudo. Pela Leitura Orante, vamos crescendo na compreensão do sentido e da força da Palavra de Deus, vamos sendo transformados e nos tornando capazes de transformar a realidade. Contemplar supõe viver de modo diferente. O centro da pessoa está em Cristo. A pessoa é transformada pela Palavra de Deus, por isso contempla a presença de Deus em sua vida e adquire um novo olhar sobre a realidade.
Leitura Orante na Prática
O monge que criou o método sugere a ideia de uma escada que nos ajude a subir até Deus. Vamos analisar os quatro degraus que devemos subir.

1º Degrau – Leitura (Lectio): O que o texto diz?
1. Leia lentamente o texto, ao menos duas vezes.
2. Ainda não é hora de tentar tirar uma mensagem para sua vida. Apenas tente compreender o que o texto poderia significar na época em que foi escrito.
3. Tente reconstruir o texto: Quem são as pessoas que aparecem no texto e qual é a situação de cada uma? De acordo com o texto, qual é o papel de cada uma e quais seriam seus sentimentos? Aparece algum conflito no texto? Como é resolvido? Qual é o rosto de Deus no texto?

2º Degrau – Meditação (Meditatio): O que o texto me diz?
1. Destaque os versículos que foram mais fortes para você (sem tentar interpretá-los).
2. Atualize o texto comparando a situação da época com a situação atual e procure perceber o que tudo isso tem a ver com a sua/nossa vida de cristão.

3º Degrau – Oração (Oratio): O que o texto me faz dizer a Deus?
1. Tudo o que foi lido e meditado é transformado em uma conversa orante com Deus.
2. A oração é o instante no qual se é convidado a falar com Deus através do louvor, do agradecimento, do pedido, da súplica, do oferecimento, do perdão dirigido a ele: “Senhor, eu te peço… Eu te louvo e agradeço meu Deus…”. Dialogar diretamente com Deus: tenha “um trato de amizade com aquele que nos ama” (Santa Teresa). É necessário silêncio…

4º Degrau – Contemplação (Contemplatio)
Contemplar é ver a vida com os olhos da fé. É sentir, quase intuitivamente, a presença da Santíssima Trindade ao nosso lado. Esse passo está ligado ao anterior; às vezes, não percebemos quando termina um e começa o outro. Volte-se para a sua realidade (ao seu dia a dia) e veja sua vida com o olhar iluminado pelo Espírito Santo. Não se trata de pensar “o que fazer”, mas de como irá seguir Jesus a partir desse texto? É a primazia do ser sobre o fazer. Este último será o resultado de um novo ser humano: discípulo missionário de Jesus Cristo.
Atenção! Este método é fascinante, mas exigente. Não supõe saber ou ter grandes estudos, mas requer dedicação e escuta atenta à Palavra de Deus. Se alguém ler o texto bíblico sem seguir o método orante, dificilmente entenderá os quatro degraus. Há alguns que dizem que é muito difícil seguir este processo, certamente porque querem resultados imediatos e não dão tempo para escutar o Senhor. Para seguir este método, é preciso muita humildade e deixar o Senhor falar. É preciso se livrar de conceitos prontos sobre o texto lido. Evite-se, igualmente, logo tirar uma mensagem para pôr em prática. Essa aplicabilidade da Palavra depende de uma escuta mais atenta, pois nem sempre o Senhor pede que se faça algo, mas solicita uma mudança em nosso ser – a nossa conversão.