“BUFÊ ESPIRITUAL” – LITURGIA DE 17 DE JANEIRO DE 2025
17 de janeiro de 2025“BUFÊ ESPIRITUAL” – LITURGIA DE 19 DE JANEIRO DE 2025
19 de janeiro de 2025Sábado da Semana I do Tempo Comum
Saudação
– Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
– Amém.
– A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco.
– Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

Oração firmadora do propósito de plenificar o viver com os tesouros brindados pela Santa Madre Igreja
Ó Deus Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, obrigado por mais este dia. Iluminai-me, inspirai-me, orientai-me e sustentai-me para que eu siga no caminho cristão, usufruindo da melhor forma possível os maravilhosos tesouros brindados pela Santa Madre Igreja disponibilizados neste “buffet espiritual” – em meio à realização dos deveres da vocação a que fui chamado, de meu estado de vida. Que eu possa me enriquecer espiritualmente com os estímulos à santificação do dia e da vida em que consistem as orações matinais da Liturgia das Horas (“Invitatório”, “Ofício das Leituras” e “Laudes”); a Santa Missa; as Meditações da Palavra do Senhor e o estudo do Catecismo da Igreja Católica; o néctar espiritual potencializador da prática cristã na sessão IMPULSIONAMENTO AO ESTUDO ORANTE DA LITURGIA DIÁRIA (LECTIO DIVINA) – fundamental para o sustento, remédio e fortalecimento espiritual; os EXEMPLOS DE PRÁTICA CRISTÃ (síntese das inspiradoras histórias de vida dos santos do dia) e os ESTÍMULOS À SANTIFICAÇÃO DO DIA E DA VIDA (em que também consistem as demais orações da Liturgia das Horas). Creio, Senhor, mas aumentai a minha fé! Amém!
OFÍCIO DAS LEITURAS (NA MADRUGADA)
[Fonte: <https://www.ibreviary.com/m2/breviario.php>]
PRIMEIRA LEITURA
Do Livro de Ben-Sirá 44, 1b-2.16 – 45, 6
Elogio dos Patriarcas: de Henoc a Moisés
Celebremos os louvores dos homens ilustres, dos nossos antepassados através das gerações.
O Senhor realizou neles a sua glória,
a sua grandeza desde os tempos mais antigos.
Henoc agradou ao Senhor e foi arrebatado,
exemplo instrutivo para as gerações.
Noé foi encontrado perfeito e justo
e no tempo da ira tornou-se o renovador da humanidade;
graças a ele, foi poupado um resto na terra
quando surgiu o dilúvio.
Com ele foi feita uma aliança eterna,
para que não fosse exterminada por outro dilúvio toda a carne.
Abraão foi o pai ilustre de uma multidão de nações
e ninguém se lhe pode comparar em glória.
Guardou a lei do Altíssimo
e estabeleceu com Ele uma aliança.
Na sua carne ratificou o pacto
e na provação mostrou-se fiel.
Por isso Deus prometeu-lhe, por juramento,
que as nações seriam abençoadas na sua descendência,
que a sua descendência se multiplicaria como o pó da terra,
que a sua posteridade seria enaltecida como as estrelas
e lhe seria dado um país em herança,
dum mar ao outro mar e do Rio até aos confins da terra.
Fez o mesmo a Isaac, por amor de seu pai, Abraão:
o Senhor deu-lhe a bênção de todas as nações
e confirmou a sua aliança sobre a cabeça de Jacob.
Confirmou-o nas suas bênçãos
e deu-lhe a herança do território,
que dividiu em partes e distribuiu pelas doze tribos.
Fez sair dele um homem piedoso,
que teve aceitação aos olhos de toda a gente.
Moisés foi amado por Deus e pelos homens
e a sua memória é abençoada.
Deus deu-lhe glória igual à dos santos
e fê-lo grande pelo temor que inspirava aos inimigos.
Pela sua palavra realizou prodígios
e glorificou-o na presença dos reis;
confiou-lhe os mandamentos para o seu povo
e mostrou-lhe um pouco da sua glória.
Por causa da sua fidelidade e mansidão,
santificou-o e escolheu-o entre todos os mortais.
Fez-lhe ouvir a sua voz e introduziu-o na nuvem;
deu-lhe os mandamentos face a face,
a lei da vida e da ciência,
para instruir Jacob na sua aliança
e Israel nos seus decretos.
RESPONSÓRIO Deut 6, 3a; 7, 9; 6, 5
V. Escuta, Israel. Guarda e põe em prática os mandamentos do Senhor. * Reconhecerás que Ele é um Deus fiel à sua aliança e à sua benevolência para com aqueles que O amam.
R. Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças. * Reconhecerás que Ele é um Deus fiel à sua aliança e à sua benevolência para com aqueles que O amam.
SEGUNDA LEITURA
Da Epístola de São Clemente I, papa, aos Coríntios
(Nn. 31-33: Funk 1, 99-103) (Sec. I)
Deus justifica a todos desde o princípio pela fé
Confiemos firmemente na bênção de Deus e vejamos quais são os caminhos que a ela conduzem. Consideremos os acontecimentos que se verificaram desde o princípio. Por que motivo Abraão nosso pai recebeu a bênção? Não foi porque praticou a justiça e a verdade por meio da fé? Isaac, conhecendo o futuro, deixou-se conduzir confiada e voluntariamente ao sacrifício. Jacob, com humildade, afastou-se da sua terra, por causa do irmão, e partiu para junto de Labão, colocando-se ao seu serviço; e foram-lhe dados os doze ceptros de Israel.
Considerando com sinceridade cada um destes dons concedidos, reconhecer-se-á a sua magnificência. De Jacob descenderam todos os sacerdotes e levitas que serviam o altar de Deus; dele descende, segundo a carne, o Senhor Jesus; dele vieram os reis, os príncipes e os chefes da tribo de Judá. Quanto às outras suas tribos, também não foi pequena a sua glória, conforme a promessa do Senhor: A tua descendência será como as estrelas do céu. Todos eles alcançaram glória e grandeza, não por si mesmos ou pelas suas obras ou pela justiça das suas acções, mas por vontade de Deus. Também nós, por sua vontade chamados em Cristo Jesus, não somos justificados por nós mesmos, nem pela nossa sabedoria, inteligência ou piedade, nem pelas obras que fizemos com santidade de coração, mas pela fé, pela qual Deus omnipotente justificou a todos desde o princípio. A ele a glória pelos séculos dos séculos. Amen.
Que faremos então, irmãos? Deixaremos de fazer o bem e abandonaremos a caridade? Não permita o Senhor que tal aconteça entre nós, antes nos apressemos com diligência e fervor de espírito a praticar toda a espécie de boas obras. Imitemos o Criador e Senhor de todas as coisas, que Se alegra com as suas obras. Com o seu poder supremo fez os céus e os adornou com incompreensível sabedoria; separou a terra firme da água que a cobria e estabeleceu-a sobre o seguro fundamento da sua vontade; com uma ordem, chamou à existência os animais que se movem sobre a terra, e também, com o seu poder, criou o mar e os animais que nele vivem.
Depois de tudo isto, com as suas mãos santas e puríssimas formou o homem, o ser mais excelente e mais nobre pela dignidade da sua inteligência, imprimindo-lhe os traços da sua própria imagem. Assim disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem e semelhança; e Deus criou o homem, homem e mulher os criou. Tendo concluído todas as suas obras, louvou-as e abençoou-as, e mandou aos seres vivos: Crescei e multiplicai-vos. Reparemos que todos os justos se adornaram com boas obras e o próprio Senhor Se adornou e alegrou com boas obras. Animados com este exemplo, entreguemo-nos com diligência ao cumprimento da sua vontade e com todas as forças pratiquemos as obras da justiça.
RESPONSÓRIO cf. Dan 9, 4b; Rom 8, 28
R. O Senhor Deus é fiel e poderoso: mantém a sua aliança e a sua benevolência para com aqueles que O amam. * E observam os seus preceitos.
V. Deus concorre em tudo para o bem daqueles que O amam. * E observam os seus preceitos.
Oração
Atendei, Senhor, as orações do vosso povo; dai-lhe luz para conhecer a vossa vontade e coragem para a cumprir fielmente. Por Nosso Senhor.
V. Bendigamos o Senhor.
R. Graças a Deus.
LAUDES (INÍCIO DA MANHÃ)
[Fonte: <https://www.ibreviary.com/m2/breviario.php>]
LEITURA BREVE
2 Pedro 1, 10-11
Irmãos, esforçai-vos cada vez mais por assegurar com boas obras a vossa vocação e eleição, porque deste modo não pecareis jamais. E assim vos será largamente oferecida a entrada no reino eterno de Nosso Senhor Jesus Cristo.
RESPONSÓRIO BREVE
V. Clamei por Vós, Senhor: Sois o meu refúgio.
R. Clamei por Vós, Senhor: Sois o meu refúgio.
V. Sois a minha herança na terra dos vivos.
R. Sois o meu refúgio.
V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
R. Clamei por Vós, Senhor: Sois o meu refúgio.
SANTA MISSA
MEDITAÇÃO DA PALAVRA DO SENHOR – EVANGELHO DO DIA MEDITADO PELO PADRE JOÃO CARLOS
MEDITAÇÃO DA PALAVRA DO SENHOR – REFLEXÃO POTENCIALIZADORA DA TÊMPERA CATÓLICA NA ORAÇÃO DA MANHÃ DE DOM ADAIR JOSÉ GUIMARÃES
MEDITAÇÃO DA PALAVRA DO SENHOR – LEITURA COMENTADA DE UM CAPÍTULO DAS SAGRADAS ESCRITURAS COM A IRMÃ ZÉLIA
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA – OUÇA TODOS OS DIAS E TERMINE EM UM ANO
IMPULSIONAMENTO AO ESTUDO ORANTE DA LITURGIA DIÁRIA (LECTIO DIVINA)
Liturgia diária

Invocação de busca do reto entendimento
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor! Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra! Oremos: ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação! Por Cristo, Senhor nosso! Amém!

1o degrau da lectio divina: leitura (lectio) para compreensão do que o texto diz; 2o degrau da lectio divina: meditação (meditatio) a respeito do que o texto orienta a fazer; 3o degrau da lectio divina: oração (oratio) de compromisso com que o texto faz dizer a Deus.



[Fonte: <https://aliturgia.com/sabado-da-semana-i-do-tempo-comum-6/>]
Leitura I Heb 4, 12-16
Irmãos:
A palavra de Deus é viva e eficaz,
mais cortante que uma espada de dois gumes:
ela penetra até ao ponto de divisão da alma e do espírito,
das articulações e medulas,
e é capaz de discernir os pensamentos e intenções do coração.
Por isso não há criatura que possa fugir à sua presença:
tudo está patente e descoberto
aos olhos d’Aquele a quem devemos prestar contas.
Tendo nós um sumo sacerdote eminente que atravessou os Céus,
Jesus, Filho de Deus,
permaneçamos firmes na profissão da nossa fé.
Na verdade, nós não temos um sumo sacerdote
incapaz de se compadecer das nossas fraquezas.
Pelo contrário, Ele mesmo foi provado em tudo,
à nossa semelhança, exceto no pecado.
Vamos, portanto, cheios de confiança, ao trono da graça,
a fim de alcançarmos misericórdia
e obtermos a graça de um auxílio oportuno.
Compreender a palavra
A Palavra de Deus é viva e eficaz, diz o autor da carta aos Hebreus para nos recordar que Deus não fala ao acaso. Deus diz e cumpre. As suas promessas não são conversa para apaziguar os ânimos. A palavra penetra em nós para realizar no nosso íntimo a transformação necessária para que se cumpra em nós o que se cumpriu em Jesus, que passou da morte à vida e foi repousar no seio de Deus. Também nós iremos ao trono da graça, confiantes, porque temos um Sumo Sacerdote que se compadece das nossas fraquezas.
Meditar a palavra
Pela Palavra realiza-se em nós a renovação necessária para podermos participar da promessa feita por Deus em Jesus Cristo. Segundo a promessa entraremos no lugar do repouso de Deus, como Cristo, depois de passar pela morte e ressurreição. Ele, Palavra que dá vida, é quem se compadece das nossas fraquezas. Por nós mesmos não podemos entrar no repouso de Deus. Ele que foi provado em tudo como nós, pode compadecer-se das nossas fraquezas e pela sua misericórdia dar-nos acesso ao trono da graça para onde nos dirigimos confiantes e firmes na fé.
Rezar a palavra
Que a tua Palavra, Senhor, nos renove, para que firmes na fé cheguemos ao trono da graça e alcancemos misericórdia neste tempo oportuno em que, como Sumo Sacerdote experimentado, te compadeces de nós.
Compromisso
Reanimo a fé na escuta da Palavra.
EVANGELHO Mc 2, 13-17
Naquele tempo,
Jesus saiu de novo para a beira-mar.
A multidão veio ao seu encontro,
e Ele começou a ensinar a todos.
Ao passar, viu Levi, filho de Alfeu,
sentado no posto de cobrança,
e disse-lhe: «Segue-me».
Ele levantou-se e seguiu Jesus.
Encontrando-Se Jesus à mesa em casa de Levi,
muitos publicanos e pecadores estavam também à mesa
com Jesus e os seus discípulos,
pois eram muitos os que O seguiam.
Os escribas do partido dos fariseus,
ao verem-n’O comer com os pecadores e os publicanos,
diziam aos discípulos:
«Por que motivo é que Ele come com publicanos e pecadores?».
Jesus ouviu e respondeu-lhes:
«Não são os que têm saúde que precisam do médico,
mas os que estão doentes.
Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores».
Compreender a palavra
As atitudes de Jesus não são compreendidas pelos escribas e fariseus. Ele escolhe para seu discípulo um publicano, tido como pecador, e vai sentar-se em sua casa a comer com publicanos e pecadores. Estes factos provocam a pergunta que fazem aos discípulos: “por que motivo é que ele come com publicanos e pecadores?”. Esta pergunta torna-se oportunidade para Jesus explicar o seu programa de vida: “Não vim chamar os justos, mas os pecadores”.
Meditar a palavra
Transformámo-nos numa Igreja de santos que convive mal com o pecado, quando na realidade somos uma Igreja de pecadores. A intolerância face à condição de pecadores que todos padecemos faz com que se caia na tentação de parecer santos, esconder o pecado, fazer tudo para ser tidos por boas pessoas, justos, santos, intocáveis. Desta forma podemos sentar-nos à mesa com Jesus. Muitos sentem que não podem entrar onde Jesus está e sentar-se à mesa com ele porque se reconhecem pecadores. Ora, Jesus dá-nos uma grande lição. Quem é pecador é que pode sentar-se à sua mesa porque para estes é que ele veio. Os justos, não precisam de Jesus. Esta palavra é para mim um desafio porque exige que me reconheça pecador antes de me atrever a sentar-me à mesa com Jesus e pede-me a capacidade de aceitar os outros, com os seus pecados, como convivas no mesmo banquete presidido por Jesus. Há muito a mudar na nossa mentalidade para nos tornarmos uma Igreja que acolhe os pecadores.
Rezar a palavra
Amigo dos pecadores, dá-me um coração humilde para reconhecer que sou tão ou mais pecador do que todos os outros e a consciência de que, se me sento à tua mesa não é por ser bom, mas porque tu és bom e repartes comigo o teu pão nesta casa de Levi que é a tua Igreja.
Compromisso
Vou aprender a reconhecer os meus pecados e a amar os meus irmãos pecadores.
[Referência: LEITURA ORANTE DA PALAVRA – LECTIO DIVINA FERIAL: <Leitura Orante da Palavra – Lectio Divina Ferial (liturgia.pt)>]

4o degrau da lectio divina: contemplação (contemplatio) – firme propósito de ver a vida com os olhos da fé, com o olhar iluminado pelo Espírito Santo; de tornar-se um novo ser humano: discípulo missionário de Jesus Cristo.
Oração firmadora do propósito de dedicar-se ao discipulado missionário de Jesus Cristo
Clamo-vos, ó Deus Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, e rogo a intercessão da Virgem Maria e de todos os santos e anjos de Deus, para que me ilumineis, inspireis, orienteis e sustenteis de modo que eu veja a vida com os olhos da fé, com o olhar iluminado pelo Espírito Santo, tornando-me passo a passo, dia-a-dia, de acordo com a vossa santa vontade, um discípulo missionário de Jesus Cristo, ciente de que a Leitura Orante da Palavra de Deus se constitui base, estímulo e impulso para fazê-lo da melhor forma possível.
Que eu me empenhe para participar diariamente da Santa Missa (ou, caso não for possível, alternativamente, a assista por meio eletrônico), aproveitando para, antes ou depois depois da Santa Missa, devotar uma hora de adoração ao Santíssimo Sacramento (ou o tempo que for possível). Que eu recite o Santo Rosário e outras orações e devoções pelas quais me sinto particularmente tocado, em especial invocando a iluminação do Espírito Santo, bem como a proteção e orientação dos anjos.
Que eu leia ao menos as sínteses das vidas dos santos de cada dia, ricas em exemplos de prática cristã. Que eu me debruce sobre as leituras escolhidas pela Santa Madre Igreja para serem meditadas nos diversos momentos orantes que compõem a Liturgia das Horas, que consistem em preciosos estímulos para a santificação do dia – e da vida. Que na medida do possível eu recite as orações da Liturgia das Horas em seus respectivos horários e me coloque em silêncio por alguns momentos após elas, em atitude de adoração e profunda intimidade com o Senhor- ou pelo menos as ouça ao longo do dia.
Que eu me impregne profundamente da consciência do magnífico valor dos tesouros disponíveis no caminho cristão, tão rico em alimento espiritual, que podem – e devem – ser desbravados e conquistados pela alma que tem sede de Deus (Sl 41). Que eu passe a usufruí-los, gradual e progressivamente, de acordo com a realidade e as possibilidades, avançando na prática de orações mentais, meditando leituras recomendadas para tal. E que eu me dedique a ampliar o conhecimento da fé , bem como da doutrina cristã autêntica expressa nos documentos da Igreja e na grande diversidade de obras escritas pelos santos e pelos que se empenharam sinceramente para bem servir a Santa Madre Igreja.
Que eu siga o exemplo de profunda caridade de Jesus, de dar a vida pelos irmãos, fazendo do viver uma oblação, um doar-se pelo Reino: na convivência diária no âmbito da família e do trabalho; na vida comunitária – com especial zelo no seguimento das orientações da Santa Madre Igreja quanto a vida sacramental, de acordo com meu estado de vida e as circunstâncias específicas do viver (Batismo, Confirmação, Penitência, Eucaristia, Ordem, Matrimônio e Unção dos Enfermos), buscando também contribuir da melhor forma possível para que muitos usufruam das graças sacramentais. E que eu me engaje frutuosamente em ações concretas para a promoção da vida plena e abundante que Jesus veio trazer a todos, praticando da forma mais elevada possível as virtudes teologais da fé, esperança e caridade, bem como as virtudes cardeais da prudência, justiça, fortaleza e temperança. Amém!
SANTOS DO DIA – EXEMPLOS DE PRÁTICA CRISTÃ
[Fonte: <https://sagradamissao.com.br/2025/01/santos-do-dia-da-igreja-catolica-18-de-janeiro/>]
Santos do Dia da Igreja Católica – 18 de Janeiro
Postado em: por: marsalima
Santa Margarida da Hungria
Margarida era uma princesa, filha do rei Bela IV, da Hungria e da rainha Maria, de origem bizantina. Ela nasceu no castelo de Turoc, em 1242, logo foi batizada, pois os reis eram fervorosos cristãos. Aos dez anos, o casal real a entregou para viver e ser preparada para os votos religiosos, no mosteiro dominicano de Vespem, em agradecimento pela libertação da pátria dos Tártaros.
Dois anos depois, fez a profissão de fé de religiosa num novo mosteiro, fundado para ela por seu pai, na Ilha das Lebres, localizada no rio Danúbio, perto de Budapeste. Em 1261, tomou o véu definitivo, entregando seu coração e sua vida a serviço do Senhor, tendo uma particular devoção pela Eucaristia e Paixão de Cristo. Ela realmente, era especial, foi um exemplo de humildade e virtude para as outras religiosas. Rezava sempre, e fazia penitencias, se oferecendo como vítima proposital, para a salvação do seu povo.
Margarida, não desejou ter uma cultura elevada. Sua instrução se limitou ao conhecimento primário da escrita e da leitura, talvez apenas um pouco mais que isto. Ela pedia que lhe lessem as Sagradas Escrituras e confiava sua direção espiritual ao seu confessor, o dominicano Marcelo, que era o superior da Ordem.
Possuía um ilimitado desapego às coisas materiais, amando plenamente a pobreza, o qual unido à sua vida contemplativa espiritual, a elevou a uma tal proximidade de Deus, que recebeu o dom das visões. Ela se tornou uma das grandes místicas medievais da Europa, respeitada e amada pelas comunidades religiosas, pela corte e população. Morreu em 18 de janeiro de 1270, no seu mosteiro.
A sua sepultura se tornou meta de peregrinação, pelas sucessivas graças e milagres atribuídos à sua intercessão. Um ano depois da sua morte, seu irmão, Estevão V, rei da Hungria, encaminhou um pedido de santidade, à Roma. Mas este processo desapareceu, bem como um outro, que foi enviado em 1276. Porém na sua pátria e em outros paises, Margarida já era venerada como Santa.
Depois de muitos desencontros, em 1729 um processo chegou em Roma, completo e contendo dados de autenticidade inquestionável. Neste meio tempo as relíquias de Margarida tinham sido transferidas, por causa da invasão turca, do convento da Ilha das Lebres para o de Presburgo em 1618.
Em 1804, mesmo sem o reconhecimento oficial, seu culto se estendia na Ordem Dominicana e na diocese da Transilvânia. No século XIX, sua festa se expandiu por todas as dioceses húngaras. A canonização de Santa Margarida da Hungria foi concedida pelo papa Pio XII em 1943, em meio ao júbilo dos devotos e fiéis, de todo o mundo, especialmente pelos da comunidade cristã do Leste Europeu, onde sua veneração é muito intensa.
Santo Sulpício
Sulpício faz parte de um grupo seleto de santos que alcançaram importância teológica, cultural e política na história da Igreja, pois atuaram na formação política e religiosa de toda uma nação, no seu caso, a França. Além de serem venerados e chamados à interceder nas aflições diárias ou nas curas dos males físicos da população, à ele recorrem os que sofrem de males nos pulmões.
Para entender o alcance da atuação pastoral e política deste santo, é preciso primeiro visualizar o contexto em que ela aconteceu. Era o século VII e a França se consolidava como nação. Mas, ainda co-existiam vários grupos étnicos que geravam muitos conflitos naqueles domínios e Sulpício, bispo de Burges, impedia e controlava os choques, mediando e negociando entre eles as convivências difíceis, sempre dentro dos preceitos da Igreja.
Pouco se sabe de sua vida antes de se tornar bispo, mas pode-se calcular que tenha sido exemplar e trabalhosa, pois Burges era uma importante cidade, situada bem no centro da França. Foi conquistada, pelo Império Romano, meio século antes de Cristo, sendo anexada ao Império dos Francos no ano 507. O cristianismo só chegou no século II. Como bispo, Sulpício, além de colocar a Igreja como base da consolidação política do país, estruturou uma sólida formação religiosa e humana do clero, através da vida monástica que implantou, para garantir a maneira mais segura de evangelização do povo.
A diocese de Burges teve a felicidade de acrescentar seis santos ao corpo da Igreja, todos bispos. Um deles foi Sulpício que morreu em 647. Em Paris, foi erguida a igreja de São Sulpício de belíssima arquitetura, à esquerda do rio Sena, onde foram depositadas as suas relíquias. Ao lado dela se estabeleceu um seminário beneditino, que adotou o nome do santo, e se tornou, depois, no maior centro de formação do clero francês. Esta comunidade deu origem à uma nova família de religiosos, chamada de Ordem dos Padres Religiosos de São Sulpício.
Entretanto, São Sulpício se fixou no coração do povo antes mesmo do seu transito, e é ainda o grande auxiliador e intercessor na cura das doenças pulmonares. Segundo uma antiga tradição, o rei Clotário II, soberano da primeira dinastia francesa, foi curado milagrosamente de uma severa pleurite, pelo bispo Sulpício, cuja fama de santidade era muito grande. O rei ficou tão contente que até diminuiu os impostos que cobrava da população de Burges.
Santa Prisca
Prisca, é um nome que nos soa um pouco estranho, significa: “a primeira”. Mas evoca uma grande Santa, que se impôs à admiração de todos nos primeiros tempos do Cristianismo. Ela foi considerada a mais antiga santa romana e se tornou uma das mulheres mais veneradas na Igreja.
Segundo a tradição, Prisca foi batizada aos treze anos de idade por São Pedro e se tornou a primeira mulher do Ocidente a testemunhar com o martírio, sua fé em Cristo. Ela morreu decapitada durante a perseguição do imperador Cláudio, na metade do século I, em Roma.
As “Atas de Santa Prisca” registram, de fato, que ela foi martirizada durante o governo desse tirano e seu corpo sepultado na Via Ostiense, nas catacumbas de Priscila, as mais antigas de Roma. Depois foi transladado para a igreja do monte Aventino.
Uma igreja construída sobre os alicerces de uma grande casa romana do primeiro século, como atestam as mais recentes descobertas arqueológicas, muito importante para os cristãos. Ainda hoje, mantém uma cripta que guarda uma preciosa relíquia: a concha com que São Pedro apóstolo batizou seus seguidores e discípulos.
Mas, a partir do século VIII, alguns dados vieram à tona dando total veracidade da
existência dessa mártir romana, como mulher evangelizadora atuante, descrita numa carta escrita por São Paulo, em que falou: “Saúdem Prisca e Áquila, meus colaboradores em Jesus Cristo, os quais expuseram suas cabeças para me salvar a vida. À isso devo render graças não somente eu, mas também todas as igrejas dos gentios” (Rm 16,3).
Desta maneira, se soube que Prisca não morreu logo apos seu batizado, mas alguns anos depois, ainda durante aquela perseguição. No Sínodo Romano de 499, se determinou que os dados fossem acrescentados às “Atas de Prisca”, confirmando ainda mais a sua valorosa contribuição à Igreja dos primeiros tempos.
Para homenagear e perpetuar o seu exemplo, aquela igreja de monte Aventino foi consagrada com o nome de Santa Prisca e se manteve no dia 18 de janeiro a sua tradicional festa litúrgica.
Regina Protmann (Bem-Aventurada)
Regina era filha de Peter Protmann e Regina Tingels, ambos descendentes de famílias ricas e cristãs. Nascida em 1552, em Braunsberg, hoje Braniewo, Polônia, tornou-se uma fantástica personalidade religiosa do seu tempo, do seu povo e da Igreja Católica.
No século em que viveu, a Europa passou por intensas e tumultuadas mudanças sociais. No campo religioso e político aconteceram os movimentos da Reforma e da Contra Reforma da Igreja de Roma. Foi o grande cisma, que incluiu luta armada e dividiu a cristandade entre católicos e protestantes.
Nesse clima Regina cresceu, bonita, vaidosa e inteligente, apreciando as roupas elegantes, as diversões e festas, como todas as jovens de sua condição social. Tinha espírito de liderança, por isso se sobressaia às demais amigas. Era uma filha amorosa e obediente. Os pais lhe proporcionaram uma boa educação intelectual, moral e religiosa. Era hábito da família se reunir à noite em volta da lareira, onde o pai narrava sobre a história dos povos, a vida dos Santos e ensinava a Palavra de Cristo aos filhos.
Ela vivia no amor e no segmento de Jesus. Da vida dos Santos, a que Regina mais gostava era a de Santa Catarina de Alexandria, rainha, virgem e mártir dos primeiros tempos. Talvez porque a Santa era a padroeira de sua cidade e, também, por ter sido batizada na Igreja dedicada à ela. Assim, no seu íntimo, havia decidido imitar a Santa em sua total adesão a Jesus.
O forte chamado ocorreu aos dezenove anos de idade. Regina deixou o conforto da casa paterna e renunciou a um vantajoso casamento. Junto com duas companheiras, foi morar numa casa humilde, para viver na oração, na penitência, na pobreza, para servir a Deus no amor ao próximo.
Por sua coerência de vida no ideal de seguir a Jesus Cristo, fez sua opção às pessoas sofredoras e marginalizadas de sua cidade. Foi uma escolha consciente e decidida: pelos doentes, pelos pobres e pelas meninas abandonadas e carentes de instrução, o que atraiu muitas jovens desejosas de seguir a vida religiosa, como ela.
Regina criou escolas e, com suas companheiras, começou a tratar dos doentes em seus domicílios e em hospitais. Assim, fortalecida pela graça, ela fundou em 1583 uma nova família religiosa feminina, contemplativa e ativa, carisma inédito para aquele tempo. Colocada sob a proteção de Santa Catarina de Alexandria, Virgem e Mártir, que depois passou a chamar-se Congregação das Irmãs de Santa Catarina V.M., obtendo aprovação canônica em 1603.
A fundadora foi eleita a Madre Superiora e depois de trinta anos trabalhando para a expansão da sua Obra, faleceu em 18 de janeiro de 1613. Hoje a sua Congregação está fixada em muitos países dos cinco continentes, inclusive no Brasil. O Papa João Paulo II a beatificou durante sua visita à Polônia, em 1999, na cidade de Varsóvia. A Beata Madre Regina Protmann é festejada por toda a cristandade no dia de sua morte.


ESTÍMULOS À SANTIFICAÇÃO DO DIA – E DA VIDA
LEITURAS DAS ORAÇÕES DA LITURGIA DAS HORAS DE 18 DE JANEIRO DE 2025
[Fonte: <https://www.ibreviary.com/m2/breviario.php>]
ORAÇÃO DA HORA TERÇA (NOVE HORAS)
LEITURA BREVE
1 Reis 8, 60-61
Todos os povos da terra reconhecerão que o Senhor é Deus e que não há outro além d’Ele. E o vosso coração será todo, sem reserva, para o Senhor nosso Deus, praticando as suas leis e observando os seus preceitos.
V. Ensinai-me, Senhor, os vossos caminhos,
R. Guiai-me na vossa verdade.
Oração
Senhor nosso Deus, Pai todo-poderoso, infundi em nós a luz do Espírito Santo, para que, livres de todos os inimigos, possamos alegrar-nos sempre no vosso louvor. Por Nosso Senhor.
ORAÇÃO DA HORA SEXTA (DOZE HORAS)
LEITURA BREVE
Jer 17, 9-10
O coração é o que há de mais astucioso e incompreensível. Quem pode entendê-lo? Eu, o Senhor, penetro os corações e aprofundo os sentimentos de todos os homens, para retribuir a cada um segundo o seu modo de proceder, conforme o fruto das suas acções.
V. Purificai-me dos erros ocultos, Senhor,
R. E preservai do orgulho o vosso servo.
Oração
Senhor, fogo ardente de eterna caridade, fazei que, inflamados no vosso amor, Vos amemos sobre todas as coisas e ao próximo por amor de Vós. Por Nosso Senhor.
ORAÇÃO DA HORA NONA (QUINZE HORAS)
LEITURA BREVE
Sab 7, 27a; 8,1
A Sabedoria de Deus, sendo única, tudo pode, e, imutável em si mesma, renova todas as coisas. Estende o seu vigor de um extremo ao outro da terra e tudo governa excelentemente.
V. Como são grandiosas, Senhor, as vossas obras
R. E insondáveis os vossos desígnios.
Oração
Ouvi, Senhor, a nossa oração e dai-nos a abundância da vossa paz, a fim de que, por intercessão da Virgem Santa Maria, dedicando alegremente ao vosso serviço todos os dias da nossa vida, possamos um dia chegar sem temor à vossa presença. Por Nosso Senhor.
V. Bendigamos o Senhor.
R. Graças a Deus.
ORAÇÃO DE VÉSPERAS (FINAL DA TARDE)
LEITURA BREVE
Col 1, 2b-6a
A graça e a paz de Deus nosso Pai e de Jesus Cristo nosso Senhor estejam convosco. Damos graças a Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, e oramos continuamente por vós. De facto, temos ouvido falar da vossa fé em Cristo Jesus e da caridade que tendes para com todos os cristãos, por causa da esperança que vos está reservada nos Céus e de que tivestes conhecimento pela pregação da palavra da verdade, o Evangelho, que chegou até vós e ao mundo inteiro, onde frutifica e se desenvolve, como no meio de vós.
RESPONSÓRIO BREVE
V. Desde o nascer ao pôr do sol, seja louvado o nome do Senhor.
R. Desde o nascer ao pôr do sol, seja louvado o nome do Senhor.
V. A sua glória está acima dos céus.
R. Seja louvado o nome do Senhor.
V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
R. Desde o nascer ao pôr do sol, seja louvado o nome do Senhor.
ORAÇÃO DE COMPLETAS (ANTES DE DORMIR)
LEITURA BREVE
Deut 6, 4-7
Escuta, Israel. O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças.
As palavras que hoje te prescrevo ficarão gravadas no teu coração. Hás-de recomendá-las a teus filhos, e nelas meditarás, quer estando sentado em casa quer andando pelos caminhos, quando te deitas e quando te levantas.
RESPONSÓRIO BREVE
V. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
R. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
V. Senhor, Deus fiel, meu Salvador.
R. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
R. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
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Importante:
* A Liturgia Diária, a porção da Palavra de Deus escolhida para cada dia, consiste em refeição espiritual de escol brindada pela Santa Madre Igreja, preparatória para o alimento divino, a Sagrada Eucaristia. Auguramos que esse estudo orante possa contribuir para potencializar o sustento e o remédio que essas santas palavras são destinadas a proporcionar e que com cada vez maior assiduidade mais irmãos na fé priorizem sorver diariamente as delícias inefáveis da Santa Palavra e da Sagrada Eucaristia. Sugerimos, caso não for possível por alguma razão desfrutar a missa presencialmente, que se o faça ao menos virtualmente, pela televisão ou internet. Também recomendamos escrever na área de busca de sites veiculadores de vídeos na internet as palavras “Homilia diária” e aproveitar os momentos livres do pensamento (inclusive no decorrer da realização de atividades manuais que não requerem intensa concentração – como lavar louça, por exemplo) para ouvir as reflexões de clérigos qualificados para nos ajudar a compreender com cada vez mais profundidade os desígnios divinos. O católico que participar de todas as Missas diárias ou estudar a Liturgia Diária pelo período de três anos, terá estudado toda a Bíblia (exceto partes de algumas passagens que são apresentadas de forma sintetizada, das quais são suprimidos versículos considerados de importância secundária). Essa breve exegese da Liturgia Diária é recomendada para quem busca conhecer com profundidade a Palavra de Deus, para dela se tornar íntimo e colocá-la em prática.
** A Liturgia das Horas é composta por sete momentos orantes rezados pelo fiel ao longo do dia. O primeiro, na madrugada, se chama Ofício das Leituras, composto pela recitação de vários salmos; a primeira leitura (extraída da Bíblia); a segunda leitura (extraída da Sagrada Doutrina) e algumas orações próprias. O segundo, Laudes, se reza no início da manhã, incluindo a recitação de salmos; orações; leitura bíblica breve e inclui também preces. Os momentos orantes do “miolo do dia” (das 09 às 15 horas) chamados “da hora média”, são propostos para serem realizados com brevidade em três etapas: Hora Terça, em torno das 09:00 horas; Hora Sexta, em torno das 12:00 horas; e Hora Nona, em torno das 15:00. São compostos pela recitação de salmos; orações e uma leitura bíblica breve. O sexto momento orante se dá antes do pôr do sol, sendo denominado de Vésperas e inclui também algumas preces, além dos salmos, orações e leitura bíblica breve. O sétimo momento orante denomina-se Completas, sendo realizado antes de dormir, incluindo o exame de consciência, uma breve recitação dos salmos, leitura bíblica breve e orações próprias, sendo bastante conciso. Tais momentos orantes são destinados especialmente à santificação do dia. A Liturgia das Horas serve também como ponto de interseção entre todos os católicos, sendo prescrita em especial para ser recitada por todos os componentes do clero, religiosos, religiosas, diáconos… constituindo-se fundamental para a unidade da fé, prevenindo a queda em heresias (a “escolha” de partes das escrituras e da doutrina e o rechaço de outras). Recomendamos vivamente que todos quantos puderem se dediquem a essa maravilhosa prática e reputamos como mínimo necessário a meditação da segunda leitura do Ofício das Leituras (aqui trazida como leitura complementar, extraída do o site <http://www.ibreviary.com/>), com o que nos tornamos agraciados com os preciosíssimos tesouros da Sagrada Doutrina brindados pelos que cultivaram a fé desde o início da Igreja. Podemos acessar a Liturgia das Horas através de livro próprio, também chamado de Breviário, ou por meio de aplicativos ou sites na internet. O fiel pode ainda digitar na área de busca o nome do momento orante que deseja acompanhar e terá à disposição essa oração com os salmos cantados. Disponibilizamos diariamente nesse estudo orante da Palavra de Deus os textos das leituras de todos os momentos orantes da Liturgia Diária, reputando-os como estímulos para a santificação do dia.
*** Por que ler a vida do Santo do dia?
Você sabe porque é muito importante conhecer e meditar no exemplo de vida do Santo do dia?
É fácil perceber que os homens se influenciam mutuamente no relacionamento social. A criança imita os pais, os gestos de dois amigos tendem a se assemelhar, pois a imitação é conatural aos homens desde a infância, distinguindo-os como a criatura mais imitativa de todas.
Esse mimetismo inato vincado em nossa humanidade se verifica também no âmbito sobrenatural. Conforme frisou Bento XVI, “os Santos constituem o comentário mais importante ao Evangelho, uma atualização sua na vida cotidiana e, por conseguinte, representam para nós um verdadeiro caminho de acesso a Jesus”.(1) Podemos, sem dúvida, considerá-los como imagem de Deus transposta para o dia a dia.
O conceito de imitação de Cristo – diretamente ou através do Santo do Dia – está presente nos Livros Sagrados, sobretudo nas cartas de São Paulo, como a destinada aos filipenses: “Sede meus imitadores, irmãos, e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós” (3, 17).
São Francisco de Assis estava bem cônscio de seu papel simbólico quando dizia: “Devo ser modelo e exemplo para todos os frades”. (2)
Para o homem contemporâneo essas analogias entre Cristo e os Santos poderiam parecer despropositadas ou mesmo maldosamente tachadas de “culto à personalidade”.
Por isso, é fundamental ler a história do Santo do Dia para que conhecendo o exemplo deles e admirando-os, aprendamos como adequar nossas vidas à santidade que Deus quer de nós.
**** Leitura Orante da Palavra (Lectio divina)
Fonte: <https://www.ivcpoa.com.br/leitura-orante-da-palavra>
a) Como surgiu?
No século XII, o monge Guigo II estava trabalhando no mosteiro com uma escada na mão. Enquanto isso, pedia a Deus que lhe sugerisse um instrumento que o ajudasse a subir até ele. Sobre isso, ele escreveu: “Ocupado em um trabalho manual, comecei a pensar na atividade espiritual do ser humano e se apresentaram improvisadamente à minha reflexão quatro degraus espirituais, ou seja: 1) a leitura; 2) a meditação; 3) a oração; e 4) a contemplação”. Esta é a escada que se eleva da terra ao céu. Alguns chamam esse método de rezar de Lectio divina, isto é, leitura divina.
b) Os passos da Leitura Orante: 1) leitura; 2) meditação; 3) oração; e 4) contemplação.
1) Leitura: no primeiro momento, procure acolher a Bíblia não como um livro qualquer, mas como um tesouro que é a Palavra que Deus quer nos falar. Esforce-se para captar o sentido do texto do modo mais pleno possível. Para isso, podem ajudar algumas perguntas: • Quem? O que diz e o que faz cada personagem? • Onde? Como se situa este texto na Bíblia e em que contexto? • Que relação tem com outros textos? • Em síntese, o que diz o texto?
2) Meditação: A meditação vai responder à pergunta: “O que é que Deus, através deste texto, tem a nos dizer hoje?”. É muito importante perceber o que o texto diz para mim, não somente para os outros. Algumas vezes, as pessoas procuram no texto bíblico lições para ensinar aos outros. Aqui é diferente: o texto fala diretamente com o leitor, seja pessoalmente, seja comunitariamente. Entra-se em diálogo, facilitado por algumas perguntas, como: O que há de semelhante e de diferente entre a situação do texto e a nossa de hoje? O que a mensagem deste texto diz para a nossa situação? Que mudanças de comportamento nos sugere? Pode-se perceber o quanto as ideias de Deus são diferentes das nossas e a necessidade de deixar que a Palavra de Deus transforme as nossas convicções. Muitas vezes, é preciso mudar de mentalidade para aderir à vontade de Deus.
3) Oração: É o momento de expressar o que o texto nos faz dizer a Deus. A oração é a nossa resposta à Palavra de Deus lida e meditada. A oração provocada pela meditação inicia-se com uma atitude de admiração, silêncio e adoração ao Senhor. A oração suscitada pela meditação também pode ser recitação de preces e salmos. Dependendo do que se ouviu da parte de Deus, a resposta pode ser de louvor ou de ação de graças, de súplica ou de perdão. É importante que essa oração espontânea não seja só individual, mas tenha sua expressão comunitária em forma de partilha.
4) Contemplação: enxergar, saborear, agir. A contemplação ajuda a enxergar o mundo de maneira nova. Tira o véu e ajuda a descobrir o projeto de Deus na história que hoje vivemos. Leva-nos a perceber Cristo como centro de tudo. Pela Leitura Orante, vamos crescendo na compreensão do sentido e da força da Palavra de Deus, vamos sendo transformados e nos tornando capazes de transformar a realidade. Contemplar supõe viver de modo diferente. O centro da pessoa está em Cristo. A pessoa é transformada pela Palavra de Deus, por isso contempla a presença de Deus em sua vida e adquire um novo olhar sobre a realidade.
Leitura Orante na Prática
O monge que criou o método sugere a ideia de uma escada que nos ajude a subir até Deus. Vamos analisar os quatro degraus que devemos subir.

1º Degrau – Leitura (Lectio): O que o texto diz?
1. Leia lentamente o texto, ao menos duas vezes.
2. Ainda não é hora de tentar tirar uma mensagem para sua vida. Apenas tente compreender o que o texto poderia significar na época em que foi escrito.
3. Tente reconstruir o texto: Quem são as pessoas que aparecem no texto e qual é a situação de cada uma? De acordo com o texto, qual é o papel de cada uma e quais seriam seus sentimentos? Aparece algum conflito no texto? Como é resolvido? Qual é o rosto de Deus no texto?

2º Degrau – Meditação (Meditatio): O que o texto me diz?
1. Destaque os versículos que foram mais fortes para você (sem tentar interpretá-los).
2. Atualize o texto comparando a situação da época com a situação atual e procure perceber o que tudo isso tem a ver com a sua/nossa vida de cristão.

3º Degrau – Oração (Oratio): O que o texto me faz dizer a Deus?
1. Tudo o que foi lido e meditado é transformado em uma conversa orante com Deus.
2. A oração é o instante no qual se é convidado a falar com Deus através do louvor, do agradecimento, do pedido, da súplica, do oferecimento, do perdão dirigido a ele: “Senhor, eu te peço… Eu te louvo e agradeço meu Deus…”. Dialogar diretamente com Deus: tenha “um trato de amizade com aquele que nos ama” (Santa Teresa). É necessário silêncio…

4º Degrau – Contemplação (Contemplatio)
Contemplar é ver a vida com os olhos da fé. É sentir, quase intuitivamente, a presença da Santíssima Trindade ao nosso lado. Esse passo está ligado ao anterior; às vezes, não percebemos quando termina um e começa o outro. Volte-se para a sua realidade (ao seu dia a dia) e veja sua vida com o olhar iluminado pelo Espírito Santo. Não se trata de pensar “o que fazer”, mas de como irá seguir Jesus a partir desse texto? É a primazia do ser sobre o fazer. Este último será o resultado de um novo ser humano: discípulo missionário de Jesus Cristo.
Atenção! Este método é fascinante, mas exigente. Não supõe saber ou ter grandes estudos, mas requer dedicação e escuta atenta à Palavra de Deus. Se alguém ler o texto bíblico sem seguir o método orante, dificilmente entenderá os quatro degraus. Há alguns que dizem que é muito difícil seguir este processo, certamente porque querem resultados imediatos e não dão tempo para escutar o Senhor. Para seguir este método, é preciso muita humildade e deixar o Senhor falar. É preciso se livrar de conceitos prontos sobre o texto lido. Evite-se, igualmente, logo tirar uma mensagem para pôr em prática. Essa aplicabilidade da Palavra depende de uma escuta mais atenta, pois nem sempre o Senhor pede que se faça algo, mas solicita uma mudança em nosso ser – a nossa conversão.