“BUFÊ ESPIRITUAL” – LITURGIA DE 9 DE JANEIRO DE 2025
9 de janeiro de 2025“BUFÊ ESPIRITUAL” – LITURGIA DE 11 DE JANEIRO DE 2025
11 de janeiro de 2025SEXTA-FEIRA – TEMPO DO NATAL DEPOIS DA EPIFANIA
Saudação
– Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
– Amém.
– A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco.
– Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

Oração firmadora do propósito de plenificar o viver com os tesouros brindados pela Santa Madre Igreja
Ó Deus Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, obrigado por mais este dia. Iluminai-me, inspirai-me, orientai-me e sustentai-me para que eu siga no caminho cristão, usufruindo da melhor forma possível os maravilhosos tesouros brindados pela Santa Madre Igreja disponibilizados neste “buffet espiritual” – em meio à realização dos deveres da vocação a que fui chamado, de meu estado de vida. Que eu possa me enriquecer espiritualmente com os estímulos à santificação do dia e da vida em que consistem as orações matinais da Liturgia das Horas (“Invitatório”, “Ofício das Leituras” e “Laudes”); a Santa Missa; as Meditações da Palavra do Senhor e o estudo do Catecismo da Igreja Católica; o néctar espiritual potencializador da prática cristã na sessão IMPULSIONAMENTO AO ESTUDO ORANTE DA LITURGIA DIÁRIA (LECTIO DIVINA) – fundamental para o sustento, remédio e fortalecimento espiritual; os EXEMPLOS DE PRÁTICA CRISTÃ (síntese das inspiradoras histórias de vida dos santos do dia) e os ESTÍMULOS À SANTIFICAÇÃO DO DIA E DA VIDA (em que também consistem as demais orações da Liturgia das Horas). Creio, Senhor, mas aumentai a minha fé! Amém!
OFÍCIO DAS LEITURAS (NA MADRUGADA)
[Fonte: <https://www.ibreviary.com/m2/breviario.php>]
PRIMEIRA LEITURA
Do Livro de Isaías 65, 13-25
Um novo céu e uma nova terra
Assim fala o Senhor Deus: «Os meus servos comerão e vós passareis fome; os meus servos beberão e vós passareis sede; os meus servos alegrar-se-ão e vós sereis confundidos; os meus servos cantarão louvores, com o coração cheio de alegria, e vós clamareis com o coração cheio de dor e gritareis desesperados. O vosso nome ficará como imprecação entre os meus eleitos: ‘Assim te faça morrer o Senhor Deus!’. Mas aos meus servos será dado outro nome. Quem quiser ser abençoado neste país, sê-lo-á pelo Deus fiel, e quem quiser prestar juramento neste país, prestá-lo-á pelo Deus fiel, porque as angústias do passado serão esquecidas e desaparecerão aos meus olhos. Eu vou criar os novos céus e a nova terra, e não mais se recordará o passado, nem voltará de novo ao pensamento. Haverá alegria e felicidade eterna, por aquilo que Eu vou criar: vou fazer de Jerusalém um motivo de jubilo e do seu povo uma fonte de alegria. Exultarei por causa de Jerusalém e alegrar-Me-ei por causa do meu povo. Nunca mais se hão-de ouvir nela vozes de pranto nem gritos de angústia. Ali não haverá mais uma criança que viva só alguns dias, nem um velho que não complete o número dos seus anos, porque o mais novo morrerá centenário, e quem não chegar aos cem anos terá incorrido em maldição. Construirão casas e habitarão nelas; plantarão vinhas e comerão os seus frutos. Não construirão para que outros habitem, não plantarão para que outros comam, porque os dias do meu povo serão como os dias das árvores, e os meus eleitos hão-de usufruir das obras de suas mãos. Não se fatigarão inutilmente, nem hão-de criar filhos para o extermínio, porque eles serão uma geração de benditos do Senhor, eles e os seus descendentes. Antes que eles chamem, Eu lhes responderei; e, estando eles ainda a falar, já os terei atendido. O lobo e o cordeiro pastarão juntos, o leão comerá feno como o boi, e a serpente alimentar-se-á de pó. Nunca mais praticarão o mal nem a destruição em todo o meu santo monte» – diz o Senhor.
RESPONSÓRIO Ap 21, 1. 3. 4
R. Vi um novo céu e uma nova terra; e do trono ouvi uma voz forte que dizia: * Eis a morada de Deus entre os homens; Deus habitará no meio deles.
V. Ele enxugará todas as lágrimas dos seus olhos, e nunca mais haverá morte, porque o mundo antigo desapareceu. * Eis a morada de Deus entre os homens; Deus habitará no meio deles.
SEGUNDA LEITURA
Dos Sermões de São Máximo de Turim, bispo
(Sermo 100, de sancta Epiphania 1, 3: CCL 23, 398-400) (Sec. V)
Os mistérios do baptismo do Senhor
Refere o texto evangélico que o Senhor veio ao rio Jordão para ser baptizado e naquele rio quis ser consagrado com os mistérios celestes.
Não é sem razão que celebramos esta festa pouco depois do dia do Natal do Senhor, já que os dois acontecimentos se verificaram pelo mesmo tempo, embora com diferença de anos, e pode-se dizer que é também uma festa de Natal que hoje celebramos.
No dia de Natal nasceu entre os homens; hoje renasce na manifestação divina. Então deu-O à luz a Virgem; hoje é gerado no mistério. Quando nasceu segundo a natureza humana, Maria, sua Mãe, acolheu-o em seu regaço; agora, gerado segundo o mistério, é envolvido por aquela voz de Deus, seu Pai, que diz: Este é o meu Filho, no qual pus toda a minha complacência; escutai-O. A Mãe acaricia docemente o recém-nascido ao seu colo; o Pai oferece ao Filho o seu afectuoso testemunho. A Mãe apresenta-O aos Magos para que O adorem; o Pai revela-O aos povos para que O venerem.
Hoje, portanto, o Senhor Jesus veio para ser baptizado e quis que o seu santo corpo fosse lavado nas águas do Jordão.
Dirá talvez alguém: «Se era santo, porque quis ser baptizado?». Escuta: Cristo fez-Se baptizar, não para ser santificado pelas águas, mas para santificar as águas e para purificar a torrente com o contacto do seu corpo. A consagração de Cristo é antes a consagração das águas.
Quando o Salvador desce à água, toda ela fica limpa para o nosso Baptismo, e é purificada a fonte, para que os povos futuros possam receber a graça baptismal. Antecipa-se, pois, Cristo a receber o Baptismo, a fim de que os povos confiadamente Lhe sigam o exemplo e se façam cristãos.
E aqui entrevejo um significado misterioso: também a coluna de fogo ia adiante através do mar Vermelho, para que os filhos de Israel caminhassem intrepidamente, e foi a primeira a atravessar as águas, a fim de preparar o caminho aos que vinham atrás. Este acontecimento, no dizer do Apóstolo, foi uma figura do Baptismo. Em certo modo foi mesmo um baptismo, em que aqueles homens eram cobertos pela nuvem e passavam através das ondas.
Tudo isto realizou Cristo nosso Senhor. Era Ele que outrora precedia através do mar os filhos de Israel em forma de coluna de fogo, e agora, por meio do Baptismo, precede o povo cristão com a coluna do seu corpo. A mesma coluna que outrora iluminava os passos dos que a seguiam oferece agora a sua luz ao coração dos crentes. Outrora abriu um caminho seguro através das ondas; agora dá consistência aos nossos passos no Baptismo da fé.
RESPONSÓRIO Jo 1, 29; Is 53, 11
R. João viu Jesus, que vinha ao seu encontro, e exclamou: * Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
V. Ele justificará multidões de homens e tomará sobre Si as suas iniquidades. * Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
Oração
Concedei, Deus omnipotente, que o nascimento do Salvador do mundo, revelado aos Magos por meio de uma estrela, se manifeste e cresça em nosso espírito. Por Nosso Senhor.
R. Amen.
V. Bendigamos o Senhor.
R. Demos graças a Deus.
LAUDES (INÍCIO DA MANHÃ)
[Fonte: <https://www.ibreviary.com/m2/breviario.php>]
LEITURA BREVE
Is 45, 22-23
Voltai-vos para mim e sereis salvos, povos de toda a terra, porque Eu sou Deus e não há outro. Juro por mim mesmo e da minha boca procede a verdade, a palavra irrevogável: diante de mim se há-de dobrar todo o joelho, por mim jurará toda a língua.
RESPONSÓRIO BREVE
V. Virão adorar o Senhor todos os reis da terra.
R. Virão adorar o Senhor todos os reis da terra.
V. Hão-de servi-lo todos os povos.
R. Todos os reis da terra.
V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
R. Virão adorar o Senhor todos os reis da terra.
SANTA MISSA
MEDITAÇÃO DA PALAVRA DO SENHOR – EVANGELHO DO DIA MEDITADO PELO PADRE JOÃO CARLOS
MEDITAÇÃO DA PALAVRA DO SENHOR – REFLEXÃO POTENCIALIZADORA DA TÊMPERA CATÓLICA NA ORAÇÃO DA MANHÃ DE DOM ADAIR JOSÉ GUIMARÃES
MEDITAÇÃO DA PALAVRA DO SENHOR – LEITURA COMENTADA DE UM CAPÍTULO DAS SAGRADAS ESCRITURAS COM A IRMÃ ZÉLIA
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA – OUÇA TODOS OS DIAS E TERMINE EM UM ANO
IMPULSIONAMENTO AO ESTUDO ORANTE DA LITURGIA DIÁRIA (LECTIO DIVINA)
Liturgia diária
[Fonte: <http://www.novaalianca.com.br/index.php/liturgia-diaria2/4610-liturgia-de-10-de-janeiro-de-2025>]
SEXTA FEIRA – TEMPO DO NATAL DEPOIS DA EPIFANIA
(branco, pref. da Epifaniaou do Natal – ofício do dia)
Antífona
– Para os retos de coração surgiu nas trevas uma luz: o Senhor cheio de compaixão, justo e misericordioso (Sl 111, 4).
Coleta
– Ó Deus todo-poderoso, por meio da estrela revelastes aos Magos o nascimento do salvador do mundo, manifestai também a nós o mistério de Cristo, para que cresçamos sempre mais na adesão a ele, que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos
1ª Leitura: 1 Jo 5,5-13
Salmo Responsorial: Sl 147B,12-13.14-15.19-20(R: 12a)
– Glorifica o Senhor, Jerusalém!
R: Glorifica o Senhor, Jerusalém!
– Glorifica o Senhor, Jerusalém! Ó Sião, canta louvores ao teu Deus! Pois reforçou com segurança as tuas portas, e os teus filhos em teu seio abençoou.
R: Glorifica o Senhor, Jerusalém!
– A paz em teus limites garantiu e te dá como alimento a flor do trigo. Ele envia suas ordens para a terra e a palavra que ele diz corre veloz.
R: Glorifica o Senhor, Jerusalém!
– Anuncia a Jacó sua palavra, seus preceitos, suas leis a Israel. Nenhum povo recebeu tanto carinho, a nenhum outro revelou os seus preceitos.
R: Glorifica o Senhor, Jerusalém!
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Jesus pregava a Boa-nova, o Reino anunciando, e curava toda espécie de doenças entre o povo (Mt 4,23).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 5,12-16
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.
– Glória a vós, Senhor!

Invocação de busca do reto entendimento
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor! Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra! Oremos: ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação! Por Cristo, Senhor nosso! Amém!

1o degrau da lectio divina: leitura (lectio) para compreensão do que o texto diz; 2o degrau da lectio divina: meditação (meditatio) a respeito do que o texto orienta a fazer; 3o degrau da lectio divina: oração (oratio) de compromisso com que o texto faz dizer a Deus.



[Fonte: <https://aliturgia.com/sexta-feira-depois-da-epifania-6/>]
Leitura I 1Jo 5, 5-13
Caríssimos:
Quem é o vencedor do mundo
senão aquele que acredita que Jesus é o Filho de Deus?
Este é O que veio pela água e pelo sangue:
Jesus Cristo;
não só com a água, mas com a água e o sangue.
É o Espírito que dá testemunho,
porque o Espírito é a verdade.
São três que dão testemunho:
o Espírito, a água e o sangue;
e os três estão de acordo.
Se aceitamos o testemunho dos homens,
o testemunho de Deus é maior,
porque o testemunho de Deus
consiste naquele que Ele deu de seu Filho.
Quem acredita no Filho de Deus
tem em si mesmo este testemunho.
Quem não acredita em Deus considera-O um mentiroso,
porque não acredita no testemunho dado por Deus
acerca de seu Filho.
E o testemunho é este:
Deus deu-nos a vida eterna
e esta vida está em seu Filho.
Quem tem o Filho tem a vida,
quem não tem o Filho de Deus não tem a vida.
Escrevo-vos estas coisas,
para saberdes que tendes a vida eterna,
vós que acreditais no nome do Filho de Deus.
Compreender a palavra
Tudo está dado ao homem no filho de Deus, Jesus Cristo. Acreditar no filho é garantia da vitória sobre o mundo e da vida eterna. Esta garantia é dada pelo Pai que oferece o filho, pelo filho que derrama o sangue e pelo Espírito que dá testemunho. O testemunho é verdadeiro e é dado pelo Espírito, pela água e pelo sangue. O Espírito que ungiu Jesus, a água e o sangue que saíram do seu lado aberto na cruz. Este testemunho é verdadeiro porque vem de Deus e não dos homens. Quem acolhe este testemunho tem a vida e quem não acolhe não tem a vida.
Meditar a palavra
João leva-nos até ao limite, para compreendermos que acreditar significa ter a vida e não acreditar é perder a vida. Não se trata de acreditar que Deus existe, mas acreditar que ele se dá em Jesus Cristo e que esta dádiva, certificada pelo Espírito e pelo sangue derramado na cruz, é a vitória sobre o mundo. Acreditar é acolher o testemunho vivo que é Jesus Cristo. Nele encontramos todo o mistério de Deus que ama primeiro até dar tudo de si mesmo, derramando-se como água e sangue sobre nós para que tenhamos a vida eterna.
Rezar a palavra
Que o teu sangue caia sobre mim como um verdadeiro batismo, Senhor, para que o meu coração acolha o testemunho do Espírito que abre as portas da vida eterna e me faça experimentar a vitória sobre a minha condição de humana limitada às realidades deste mundo.
Compromisso
O batismo é a primeira experiência de encontro com o mistério da vida oferecida por Deus em Cristo e no Espírito Santo. Reviver o mistério do nosso batismo em cada dia é caminho para vencer o mundo e alcançar a vida eterna.
Evangelho Lc 5, 12-16
Naquele tempo,
estando Jesus em certa cidade,
apareceu um homem cheio de lepra.
Ao ver Jesus,
caiu de rosto por terra e suplicou-Lhe:
«Senhor, se quiseres, podes curar-me».
Jesus estendeu a mão e tocou-lhe, dizendo:
«Eu quero; fica curado».
E imediatamente a lepra o deixou.
Jesus ordenou-lhe que a ninguém o dissesse,
mas acrescentou:
«Vai mostrar-te ao sacerdote
e oferece pela tua cura o que Moisés ordenou,
para lhes servir de testemunho».
Cada vez se divulgava mais a fama de Jesus
e reuniam-se grandes multidões
para O ouvirem e serem curados dos seus males.
Mas Jesus costumava retirar-Se em lugares desertos para orar.
Compreender a palavra
Escutamos este encontro de Jesus com um leproso. É um texto rico de sentimentos, gestos e palavras. Jesus mostra-se como aquele que cura o homem das suas lepras (sejam elas quais forem). Jesus é aquele que se compadece, que toca, que responde ao homem no meio das suas dificuldades. Jesus não quer substituir ninguém. Ele tem o seu lugar e nós temos o nosso, por isso diz: “vai mostrar-te ao sacerdote”.
Meditar a palavra
“Eu quero”. Esta é a resposta de Jesus a um apelo feito pelo leproso. Lembro-me muito especialmente da minha vida e medito. Tantas coisas peço a Jesus, às vezes até com muita convicção e fé. Percebo agora, ao meditar esta palavra, que Jesus me diz a mim também “eu quero”. Mas na verdade, em muitas situações da minha vida eu nem sequer ouvi. Segui o meu caminho convencido que Jesus não tinha respondido ou que ele não queria. Dei o assunto por encerrado e Jesus estava ali a dizer, eu quero. Nada aconteceu porque eu não esperei pela resposta. Será que hoje…
Rezar a palavra
Toca-me Jesus. Toca no meu coração tantas vezes perdido na angústia de não saber o que fazer, perdido entre a multidão, entre os pensamentos, entre os desejos e interesses da vida e incapaz de escutar a tua voz que me diz “quero”. Sei, agora, que se for capaz de escutar esse “quero” tudo muda em mim, tudo encontra outro rumo, tudo será diferente. Sei que se escutar o teu “quero” aprenderei contigo a estar na vida, a ver os outros, a ler os acontecimentos e por certo, saberei escutar e perdoar. Sei que ficarei curado de mim mesmo, se te escutar a dizer “quero”, esse “quero” eterno que nunca mais termina.
Compromisso
Vou parar e fazer silêncio em mim durante algum tempo para escutar Jesus a dizer-me “quero”.
[Referência: LEITURA ORANTE DA PALAVRA – LECTIO DIVINA FERIAL: <Leitura Orante da Palavra – Lectio Divina Ferial (liturgia.pt)>]

4o degrau da lectio divina: contemplação (contemplatio) – firme propósito de ver a vida com os olhos da fé, com o olhar iluminado pelo Espírito Santo; de tornar-se um novo ser humano: discípulo missionário de Jesus Cristo.
Oração firmadora do propósito de dedicar-se ao discipulado missionário de Jesus Cristo
Clamo-vos, ó Deus Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, e rogo a intercessão da Virgem Maria e de todos os santos e anjos de Deus, para que me ilumineis, inspireis, orienteis e sustenteis de modo que eu veja a vida com os olhos da fé, com o olhar iluminado pelo Espírito Santo, tornando-me passo a passo, dia-a-dia, de acordo com a vossa santa vontade, um discípulo missionário de Jesus Cristo, ciente de que a Leitura Orante da Palavra de Deus se constitui base, estímulo e impulso para fazê-lo da melhor forma possível.
Que eu me empenhe para participar diariamente da Santa Missa (ou, caso não for possível, alternativamente, a assista por meio eletrônico), aproveitando para, antes ou depois depois da Santa Missa, devotar uma hora de adoração ao Santíssimo Sacramento (ou o tempo que for possível). Que eu recite o Santo Rosário e outras orações e devoções pelas quais me sinto particularmente tocado, em especial invocando a iluminação do Espírito Santo, bem como a proteção e orientação dos anjos.
Que eu leia – ou ouça – ao menos as sínteses das vidas dos santos de cada dia, ricas em exemplos de prática cristã. Que eu me debruce sobre as leituras escolhidas pela Santa Madre Igreja para serem meditadas nos diversos momentos orantes que compõem a Liturgia das Horas, que consistem em preciosos estímulos para a santificação do dia – e da vida. Que na medida do possível eu recite as orações da Liturgia das Horas em seus respectivos horários e me coloque em silêncio por alguns momentos após elas, em atitude de adoração e profunda intimidade com o Senhor- ou pelo menos as ouça ao longo do dia.
Que eu me impregne profundamente da consciência do magnífico valor dos tesouros disponíveis no caminho cristão, tão rico em alimento espiritual, que podem – e devem – ser desbravados e conquistados pela alma que tem sede de Deus (Sl 41). Que eu passe a usufruí-los, gradual e progressivamente, de acordo com a realidade e as possibilidades, avançando na prática de orações mentais, meditando leituras recomendadas para tal. E que eu me dedique a ampliar o conhecimento da fé , bem como da doutrina cristã autêntica expressa nos documentos da Igreja e na grande diversidade de obras escritas pelos santos e pelos que se empenharam sinceramente para bem servir a Santa Madre Igreja.
Que eu siga o exemplo de profunda caridade de Jesus, de dar a vida pelos irmãos, fazendo do viver uma oblação, um doar-se pelo Reino: na convivência diária no âmbito da família e do trabalho; na vida comunitária – com especial zelo no seguimento das orientações da Santa Madre Igreja quanto a vida sacramental, de acordo com meu estado de vida e as circunstâncias específicas do viver (Batismo, Confirmação, Penitência, Eucaristia, Ordem, Matrimônio e Unção dos Enfermos), buscando também contribuir da melhor forma possível para que muitos usufruam das graças sacramentais. E que eu me engaje frutuosamente em ações concretas para a promoção da vida plena e abundante que Jesus veio trazer a todos, praticando da forma mais elevada possível as virtudes teologais da fé, esperança e caridade, bem como as virtudes cardeais da prudência, justiça, fortaleza e temperança. Amém!
SANTOS DO DIA – EXEMPLOS DE PRÁTICA CRISTÃ
[Fonte: <https://sagradamissao.com.br/2025/01/santos-do-dia-da-igreja-catolica-10-de-janeiro/>]
Santos do Dia da Igreja Católica – 10 de Janeiro
Postado em: por: marsalima
Santa Léonie Françoise de Sales Aviat
Léonie Aviat nasceu no dia 16 de setembro de 1844 na cidade francesa de Sézanne. Seus pais eram católicos praticantes e honestos comerciantes. Ao completar dez anos eles a enviaram para o colégio das Madres da Visitação da cidade de Troyes. Léonie ficou durante seis anos, onde recebeu a Primeira Eucaristia e a Crisma e sob a sábia orientação do capelão Luiz Brisson e da superiora, recebeu uma educação humanística, uma profunda formação religiosa e moral e foi iniciada na doutrina salesiana de abandono à Divina Providência.
Em 1866 Léonie rejeitou um vantajoso matrimonio expressando o desejo sincero de dedicar sua vida à Jesus Cristo. Com autorização dos pais, ela foi visitar padre Brisson a fim de se aconselhar. A cidade de Troyes nesta época tinha se tornado um pólo de indústrias têxteis que atraiam a mão de obra do campo para o centro urbano. Atento a esta situação e sensível às necessidades das adolescentes camponesas, que deixavam suas famílias em busca do trabalho promissor, padre Brisson desde 1858 havia fundado a Obra São Francisco de Sales; uma casa-família que acolhia e assegurava a assistência e educação cristã, àquelas jovens operárias. Porém, como era difícil encontrar, para esta casa-família, uma diretora estável, padre Brisson havia decidido fundar uma congregação religiosa.
Durante a visita de Léonie, o experiente padre expôs esta situação e encontrou nos anseios da jovem um sinal de Deus. Colocou Léonie na direção da casa-família. Em 1868 ele fundou a congregação para continuar de forma organizada a sua Obra para as operárias e Léonie vestiu o véu religioso adotando o nome de Madre Léonie Francisca de Sales Aviat. Em 1872 foi eleita a superiora da nova Congregação colocada sob a proteção e guia do santo bispo de Genebra de quem adotam completamente as regras espirituais e pedagógicas. Isto explica o nome adotado “Madres Oblatas de São Francisco de Sales”.
Desde então, Madre Aviat se dedicou ao apostolado entre as jovens operárias, estabilizando a congregação e as casas-famílias de Troyes. As Oblatas abrem escolas básicas nas paróquias. Em Paris, abriram o primeiro pensionato para moças de famílias ricas que Madre Aviat dirigiu por oito anos, assim elas estenderam seu apostolado às diversas classes sociais. Depois retornou para a Casa Mãe da Congregação onde residiu por mais quinze anos, assumindo o posto de superiora até sua morte.
As Oblatas foram enviadas para a África, Europa e América do Sul, abrindo pensionatos, escolas e obras assistenciais. No ano de 1903 as leis anticlericais francesas decretam a dissolução das Congregações e o fechamento de suas casas, apoderando-se de todos os seus bens. As Oblatas se refugiam em Perúgia, mas Madre Aviat não esmoreceu e continuou a atividade da Congregação, que recebeu a aprovação canônica em 1911 do papa Pio X.
Morreu em Perúgia, Itália no dia 10 de janeiro de 1914, onde foi sepultada. Mais tarde, seu corpo foi transladado para a cripta da Casa Mãe da Congregação em Troyes, França.
Foi beatificada em 1992, pelo papa João Paulo II e canonizada pelo mesmo pontífice em 2001, em Roma. Para sua homenagem litúrgica a Igreja lhe reservou o dia 10 de janeiro.
Santo Aldo

Muito interessante a trajetória deste singelo e tradicional santo de nome Aldo. Dele não se encontrou nada escrito no Calendário universal da Igreja, e em nenhum Martirológio local. Apenas os jesuítas belgas, que catalogaram a vida dos santos da Europa do Norte na obra publicada em 1.600, citaram neste dia o nome de santo Aldo, sozinho e solitário.
Sozinho, porque é o único santo com este nome, e solitário, como foi e continua sendo difundido, porque era um devoto ermitão. Ele se tornou monge, do mosteiro fundado pelo irlandês são Columbano, na cidade de Bobbio, vizinha de Pavia, cidade que guarda as suas relíquias. Aldo foi sepultado primeiro na capela de são Columbano e depois transferido para a basílica de são Miguel, daquela cidade, na Itália
Não sabemos a data e o lugar do seu nascimento. Parece que viveu no século VIII, mas foi num destes que a História definiu como “obscuros”. Conceito que, no caso de Aldo, se tornou verdadeiro, pois não deixou transparecer nada sobre a sua vida e sua pessoa, deixou apenas uma atmosfera de santidade.
A tradição nos apresenta Aldo como um simples carvoeiro de Carbonária e um ermitão. Um monge de mãos calejadas e rosto enegrecido pela fuligem das carvoarias. Isto parece correto, porque os monges de sua comunidade construíam uma cabana para si, de madeira ou de pedra, onde se retiravam nas horas dedicadas à oração e à contemplação, e onde moravam. Depois saíam para o trabalho diário, onde ganhavam o pão com o suor do rosto.
Não é por acaso que suas relíquias estão em Pávia, cidade que durante um período foi a capital do Reino da Europa do Norte, conhecido como Lombardo. Provavelmente corria nas veias deste santo ermitão o sangue deste povo, senão, pelo menos assim nos faz pensar a origem do seu nome. “Ald” é uma palavra da Europa do Norte que significa “velho”, e parente do nosso Aldo “ancião”, ou melhor “homem maduro”.
Velhice e maturidade são, em geral, garantia de sabedoria, portanto podemos dizer que Aldo mereceu o próprio nome, quando escolheu a sabedoria mais sábia, a da santidade, alcançada através do caminho mais invisível, o da solidão e do silêncio, da quietude interior e exterior, da contemplação e da oração. Ele se afastava temporariamente das pessoas para dar mais espaço à oração e povoar a solidão exterior com a agradável presença de Deus. Não se evadia da comunidade mas contribuía para sua edificação com o exemplo de uma vida santa e uma caridade ativa.
Santo Aldo é considerado um feliz exemplo do espírito beneditino. Um santo silencioso, mas que fala diretamente às almas sem precisar de palavras, com o exemplo de sua vida retirada do mundo e inserida em Deus. Foi canonizado e seu culto é muito vigoroso nos países da Europa do Norte, especialmente na Irlanda. A Igreja o declarou “Padroeiro dos Trabalhadores”, e o celebra neste dia, indicado como o da sua morte.
Santo Guilherme de Bourges

Guilherme, era filho dos condes de Nervers e neto de Pedro, o eremita. Sua educação foi muito religiosa. Desde a infância mostrou o desejo de dedicar a sua vida à serviço de Cristo. Mais tarde, com a vocação definida se consagrou sacerdote e foi nomeado o vigário geral de Soissons e depois de Paris.
Entretanto, assim como seu avô, decidiu deixar a vida da sociedade para se retirar à solidão santa. A princípio foi para o mosteiro de Gradmont, mas depois ingressou para a Ordem de Cister e se tornou um monge. Muito preparado espiritualmente e com uma imensa bagagem cultural, foi sucessivamente abade de Pontigny, de Fontaine-Jean, na diocese de Soissons, e finalmente em Chaalis.
Entretanto a morte o arcebispo de Bourges em setembro de 1200 ocasionou uma grande contestação para se saber quem seria designado como sucessor. Para acabar com as divergências foi chamado o bispo de Paris, Otto, o qual, depois de haver rezado ao Senhor, resolveu sortear o cargo e o vencedor foi Guilherme.
Guilherme aceitou mesmo contra a vontade esta designação, se tornando assim o bispo de Bourges. Como novo pastor se ocupou ativamente da sua diocese dando prova de piedade, firmeza, de bondade e humanidade. Foi sob todos os pontos de vista um modelo para o seu rebanho. A sua fama era tal que a nação francesa, e a universidade de Paris, o escolheram como patrono.
Combateu a heresia dos albigenses, que pregavam uma doutrina contrária à do cristianismo, através das orações. Durante o pontificado de Inocêncio III, pediu para participar e seguir com a sua cruzada, sendo prontamente autorizado por ele. Quando se preparava para partir ficou muito doente, morrendo no dia 10 de janeiro de 1209.
Os milagres que se verificaram por sua intercessão logo após o seu falecimento o levaram à canonização, que foi concedida após oito anos de sua morte em 17 de maio de 1218, pelo papa Honório III.
O seu corpo foi colocado em uma urna de ouro e transferido para a sepultura em frente do altar maior da catedral de Bourges. Algumas relíquias foram doadas à abadia de Chaalis e à igreja de São Leodegário em Alvernia. Depois com a perseguição dos calvinistas elas foram jogadas e dispersadas, mas em seguida, recolhidas pela população alverniense, para em 1793, serem novamente dispersadas.
Os ugonotas, por sua vez, haviam queimado, aquelas remanescentes da catedral de Bourges e de Chaalis e jogado as cinzas ao vento. São Guilherme de Bourges, como ficou conhecido, é festejado no dia 10 de janeiro, o mesmo em que morreu.


ESTÍMULOS À SANTIFICAÇÃO DO DIA – E DA VIDA
LEITURAS DAS ORAÇÕES DA LITURGIA DAS HORAS DE 10 DE JANEIRO DE 2025
[Fonte: <https://www.ibreviary.com/m2/breviario.php>]
ORAÇÃO DA HORA TERÇA (NOVE HORAS)
LEITURA BREVE
Jer 31, 7-8a
Soltai brados de alegria por causa de Jacob, proclamai e dizei: «O Senhor salvou o seu povo, o resto de Israel». Vou trazê-los das terras do Norte e reuni-los dos confins do mundo.
V. Deus apareceu na terra.
R. E começou a viver entre os homens.
ORAÇÃO DA HORA SEXTA (DOZE HORAS)
LEITURA BREVE
Jer 31, 11-12a
O Senhor resgatou Jacob e libertou-o das mãos do seu dominador. Virão entre cânticos de júbilo às alturas de Sião. radiantes de alegria pelos bens do Senhor.
V. As nações hão-de ver a vossa justiça.
R. Todos os reis contemplarão a vossa glória.
ORAÇÃO DA HORA NONA (QUINZE HORAS)
LEITURA BREVE
Zac 8, 7-8
Eu libertarei o meu povo das terras do Oriente e das terras do Ocidente. Hei-de trazê-los para habitarem em Jerusalém. Eles serão o meu povo e Eu serei o seu Deus na fidelidade e na justiça.
V. Povos da terra, bendizei o Senhor.
R. Proclamai o seu louvor em todas as nações.
Oração
Concedei, Deus omnipotente, que o nascimento do Salvador do mundo, revelado aos Magos por meio de uma estrela, se manifeste e cresça em nosso espírito. Por Nosso Senhor.
V. Bendigamos o Senhor.
R. Graças a Deus.
ORAÇÃO DE VÉSPERAS (FINAL DA TARDE)
LEITURA BREVE
Rom 8, 3b-4
Deus enviou o seu próprio Filho numa carne semelhante à carne pecadora, para expiar o pecado; condenou o pecado na carne, para que a justiça exigida pela Lei fosse cumprida em nós, que não vivemos segundo a carne mas segundo o Espírito.
RESPONSÓRIO BREVE
V. N’Ele serão abençoadas todas as nações da terra.
R. N’Ele serão abençoadas todas as nações da terra.
V. Hão-de glorificá-l’O todos os povos.
R. Todas as nações da terra.
V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
R. N’Ele serão abençoadas todas as nações da terra.
ORAÇÃO DE COMPLETAS (ANTES DE DORMIR)
LEITURA BREVE
Jer 14, 9
Estais no meio de nós, Senhor, e sobre nós foi invocado o vosso nome. Não nos abandoneis, Senhor nosso Deus.
RESPONSÓRIO BREVE
V. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
R. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
V. Senhor, Deus fiel, meu Salvador.
R. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
R. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
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Importante:
* A Liturgia Diária, a porção da Palavra de Deus escolhida para cada dia, consiste em refeição espiritual de escol brindada pela Santa Madre Igreja, preparatória para o alimento divino, a Sagrada Eucaristia. Auguramos que esse estudo orante possa contribuir para potencializar o sustento e o remédio que essas santas palavras são destinadas a proporcionar e que com cada vez maior assiduidade mais irmãos na fé priorizem sorver diariamente as delícias inefáveis da Santa Palavra e da Sagrada Eucaristia. Sugerimos, caso não for possível por alguma razão desfrutar a missa presencialmente, que se o faça ao menos virtualmente, pela televisão ou internet. Também recomendamos escrever na área de busca de sites veiculadores de vídeos na internet as palavras “Homilia diária” e aproveitar os momentos livres do pensamento (inclusive no decorrer da realização de atividades manuais que não requerem intensa concentração – como lavar louça, por exemplo) para ouvir as reflexões de clérigos qualificados para nos ajudar a compreender com cada vez mais profundidade os desígnios divinos. O católico que participar de todas as Missas diárias ou estudar a Liturgia Diária pelo período de três anos, terá estudado toda a Bíblia (exceto partes de algumas passagens que são apresentadas de forma sintetizada, das quais são suprimidos versículos considerados de importância secundária). Essa breve exegese da Liturgia Diária é recomendada para quem busca conhecer com profundidade a Palavra de Deus, para dela se tornar íntimo e colocá-la em prática.
** A Liturgia das Horas é composta por sete momentos orantes rezados pelo fiel ao longo do dia. O primeiro, na madrugada, se chama Ofício das Leituras, composto pela recitação de vários salmos; a primeira leitura (extraída da Bíblia); a segunda leitura (extraída da Sagrada Doutrina) e algumas orações próprias. O segundo, Laudes, se reza no início da manhã, incluindo a recitação de salmos; orações; leitura bíblica breve e inclui também preces. Os momentos orantes do “miolo do dia” (das 09 às 15 horas) chamados “da hora média”, são propostos para serem realizados com brevidade em três etapas: Hora Terça, em torno das 09:00 horas; Hora Sexta, em torno das 12:00 horas; e Hora Nona, em torno das 15:00. São compostos pela recitação de salmos; orações e uma leitura bíblica breve. O sexto momento orante se dá antes do pôr do sol, sendo denominado de Vésperas e inclui também algumas preces, além dos salmos, orações e leitura bíblica breve. O sétimo momento orante denomina-se Completas, sendo realizado antes de dormir, incluindo o exame de consciência, uma breve recitação dos salmos, leitura bíblica breve e orações próprias, sendo bastante conciso. Tais momentos orantes são destinados especialmente à santificação do dia. A Liturgia das Horas serve também como ponto de interseção entre todos os católicos, sendo prescrita em especial para ser recitada por todos os componentes do clero, religiosos, religiosas, diáconos… constituindo-se fundamental para a unidade da fé, prevenindo a queda em heresias (a “escolha” de partes das escrituras e da doutrina e o rechaço de outras). Recomendamos vivamente que todos quantos puderem se dediquem a essa maravilhosa prática e reputamos como mínimo necessário a meditação da segunda leitura do Ofício das Leituras (aqui trazida como leitura complementar, extraída do o site <http://www.ibreviary.com/>), com o que nos tornamos agraciados com os preciosíssimos tesouros da Sagrada Doutrina brindados pelos que cultivaram a fé desde o início da Igreja. Podemos acessar a Liturgia das Horas através de livro próprio, também chamado de Breviário, ou por meio de aplicativos ou sites na internet. O fiel pode ainda digitar na área de busca o nome do momento orante que deseja acompanhar e terá à disposição essa oração com os salmos cantados. Disponibilizamos diariamente nesse estudo orante da Palavra de Deus os textos das leituras de todos os momentos orantes da Liturgia Diária, reputando-os como estímulos para a santificação do dia.
*** Por que ler a vida do Santo do dia?
Você sabe porque é muito importante conhecer e meditar no exemplo de vida do Santo do dia?
É fácil perceber que os homens se influenciam mutuamente no relacionamento social. A criança imita os pais, os gestos de dois amigos tendem a se assemelhar, pois a imitação é conatural aos homens desde a infância, distinguindo-os como a criatura mais imitativa de todas.
Esse mimetismo inato vincado em nossa humanidade se verifica também no âmbito sobrenatural. Conforme frisou Bento XVI, “os Santos constituem o comentário mais importante ao Evangelho, uma atualização sua na vida cotidiana e, por conseguinte, representam para nós um verdadeiro caminho de acesso a Jesus”.(1) Podemos, sem dúvida, considerá-los como imagem de Deus transposta para o dia a dia.
O conceito de imitação de Cristo – diretamente ou através do Santo do Dia – está presente nos Livros Sagrados, sobretudo nas cartas de São Paulo, como a destinada aos filipenses: “Sede meus imitadores, irmãos, e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós” (3, 17).
São Francisco de Assis estava bem cônscio de seu papel simbólico quando dizia: “Devo ser modelo e exemplo para todos os frades”. (2)
Para o homem contemporâneo essas analogias entre Cristo e os Santos poderiam parecer despropositadas ou mesmo maldosamente tachadas de “culto à personalidade”.
Por isso, é fundamental ler a história do Santo do Dia para que conhecendo o exemplo deles e admirando-os, aprendamos como adequar nossas vidas à santidade que Deus quer de nós.
**** Leitura Orante da Palavra (Lectio divina)
Fonte: <https://www.ivcpoa.com.br/leitura-orante-da-palavra>
a) Como surgiu?
No século XII, o monge Guigo II estava trabalhando no mosteiro com uma escada na mão. Enquanto isso, pedia a Deus que lhe sugerisse um instrumento que o ajudasse a subir até ele. Sobre isso, ele escreveu: “Ocupado em um trabalho manual, comecei a pensar na atividade espiritual do ser humano e se apresentaram improvisadamente à minha reflexão quatro degraus espirituais, ou seja: 1) a leitura; 2) a meditação; 3) a oração; e 4) a contemplação”. Esta é a escada que se eleva da terra ao céu. Alguns chamam esse método de rezar de Lectio divina, isto é, leitura divina.
b) Os passos da Leitura Orante: 1) leitura; 2) meditação; 3) oração; e 4) contemplação.
1) Leitura: no primeiro momento, procure acolher a Bíblia não como um livro qualquer, mas como um tesouro que é a Palavra que Deus quer nos falar. Esforce-se para captar o sentido do texto do modo mais pleno possível. Para isso, podem ajudar algumas perguntas: • Quem? O que diz e o que faz cada personagem? • Onde? Como se situa este texto na Bíblia e em que contexto? • Que relação tem com outros textos? • Em síntese, o que diz o texto?
2) Meditação: A meditação vai responder à pergunta: “O que é que Deus, através deste texto, tem a nos dizer hoje?”. É muito importante perceber o que o texto diz para mim, não somente para os outros. Algumas vezes, as pessoas procuram no texto bíblico lições para ensinar aos outros. Aqui é diferente: o texto fala diretamente com o leitor, seja pessoalmente, seja comunitariamente. Entra-se em diálogo, facilitado por algumas perguntas, como: O que há de semelhante e de diferente entre a situação do texto e a nossa de hoje? O que a mensagem deste texto diz para a nossa situação? Que mudanças de comportamento nos sugere? Pode-se perceber o quanto as ideias de Deus são diferentes das nossas e a necessidade de deixar que a Palavra de Deus transforme as nossas convicções. Muitas vezes, é preciso mudar de mentalidade para aderir à vontade de Deus.
3) Oração: É o momento de expressar o que o texto nos faz dizer a Deus. A oração é a nossa resposta à Palavra de Deus lida e meditada. A oração provocada pela meditação inicia-se com uma atitude de admiração, silêncio e adoração ao Senhor. A oração suscitada pela meditação também pode ser recitação de preces e salmos. Dependendo do que se ouviu da parte de Deus, a resposta pode ser de louvor ou de ação de graças, de súplica ou de perdão. É importante que essa oração espontânea não seja só individual, mas tenha sua expressão comunitária em forma de partilha.
4) Contemplação: enxergar, saborear, agir. A contemplação ajuda a enxergar o mundo de maneira nova. Tira o véu e ajuda a descobrir o projeto de Deus na história que hoje vivemos. Leva-nos a perceber Cristo como centro de tudo. Pela Leitura Orante, vamos crescendo na compreensão do sentido e da força da Palavra de Deus, vamos sendo transformados e nos tornando capazes de transformar a realidade. Contemplar supõe viver de modo diferente. O centro da pessoa está em Cristo. A pessoa é transformada pela Palavra de Deus, por isso contempla a presença de Deus em sua vida e adquire um novo olhar sobre a realidade.
Leitura Orante na Prática
O monge que criou o método sugere a ideia de uma escada que nos ajude a subir até Deus. Vamos analisar os quatro degraus que devemos subir.

1º Degrau – Leitura (Lectio): O que o texto diz?
1. Leia lentamente o texto, ao menos duas vezes.
2. Ainda não é hora de tentar tirar uma mensagem para sua vida. Apenas tente compreender o que o texto poderia significar na época em que foi escrito.
3. Tente reconstruir o texto: Quem são as pessoas que aparecem no texto e qual é a situação de cada uma? De acordo com o texto, qual é o papel de cada uma e quais seriam seus sentimentos? Aparece algum conflito no texto? Como é resolvido? Qual é o rosto de Deus no texto?

2º Degrau – Meditação (Meditatio): O que o texto me diz?
1. Destaque os versículos que foram mais fortes para você (sem tentar interpretá-los).
2. Atualize o texto comparando a situação da época com a situação atual e procure perceber o que tudo isso tem a ver com a sua/nossa vida de cristão.

3º Degrau – Oração (Oratio): O que o texto me faz dizer a Deus?
1. Tudo o que foi lido e meditado é transformado em uma conversa orante com Deus.
2. A oração é o instante no qual se é convidado a falar com Deus através do louvor, do agradecimento, do pedido, da súplica, do oferecimento, do perdão dirigido a ele: “Senhor, eu te peço… Eu te louvo e agradeço meu Deus…”. Dialogar diretamente com Deus: tenha “um trato de amizade com aquele que nos ama” (Santa Teresa). É necessário silêncio…

4º Degrau – Contemplação (Contemplatio)
Contemplar é ver a vida com os olhos da fé. É sentir, quase intuitivamente, a presença da Santíssima Trindade ao nosso lado. Esse passo está ligado ao anterior; às vezes, não percebemos quando termina um e começa o outro. Volte-se para a sua realidade (ao seu dia a dia) e veja sua vida com o olhar iluminado pelo Espírito Santo. Não se trata de pensar “o que fazer”, mas de como irá seguir Jesus a partir desse texto? É a primazia do ser sobre o fazer. Este último será o resultado de um novo ser humano: discípulo missionário de Jesus Cristo.
Atenção! Este método é fascinante, mas exigente. Não supõe saber ou ter grandes estudos, mas requer dedicação e escuta atenta à Palavra de Deus. Se alguém ler o texto bíblico sem seguir o método orante, dificilmente entenderá os quatro degraus. Há alguns que dizem que é muito difícil seguir este processo, certamente porque querem resultados imediatos e não dão tempo para escutar o Senhor. Para seguir este método, é preciso muita humildade e deixar o Senhor falar. É preciso se livrar de conceitos prontos sobre o texto lido. Evite-se, igualmente, logo tirar uma mensagem para pôr em prática. Essa aplicabilidade da Palavra depende de uma escuta mais atenta, pois nem sempre o Senhor pede que se faça algo, mas solicita uma mudança em nosso ser – a nossa conversão.