Patrono – Beato Contardo Ferrini
Todo o conteúdo desse site tem por finalidade a maior honra e glória de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, buscando contribuir na qualificação da prática da religião católica e consequentemente elevar o nível do amar e servir a Deus e ao próximo.
Conforme ensina a Santa Madre Igreja, os santos se constituem em ícones (não ídolos), cujos exemplos são como que placas sinalizadoras, que indicam o caminho a seguir para nos aproximarmos mais de Cristo.
O patrono eleito como fonte de inspiração norteadora para este trabalho é o beato Contardo Ferrini, cujo exemplo de vida reputamos fundamental para a qualificação da prática cristã em nossa época.
Seguem excertos de anotações registradas no programa de vida do Bem-Aventurado Contardo Ferrini [https://www.acdp.es/wp-content/uploads/455.pdf (tradução livre)] sobre alguns temas sumamente valiosos à boa prática católica.
Prática do amor ao próximo partindo do trato com os circunstantes
Nossos irmãos são a imagem de nosso Pai, e sob suas aparências, se esconde o Salvador. Há necessidade de algo mais para excitar nossa ternura? A mansidão, a doçura, a amabilidade para com todos são uma parte integrante de nossos deveres. Aqui há um apostolado! Antes de tudo, nos mantenhamos advertidos da importância de fazer nossa piedade atenta e atraente. Inclusive nas coisas pequenas temos de cuidar esta santa amabilidade que é um verdadeiro ato de fé: nunca uma saudação sem um sorriso; nunca ocorra que se nos peça um favor e o rechacemos; que nunca após uma conversa uma alma parta menos satisfeita! E tanto quanto é importante rodear os bons com aquela estima e afeto, com aquela santa amizade que não tem par na terra, importa fazer os maus compreenderem que não os desprezamos, que não nos temos melhores que eles, fazendo-os antever, com a mais assídua caridade, que esperamos tê-los um dia ao nosso lado!
Não sem dor, ouvimos inclusive pessoas boas falar das culpas e defeitos alheios. Se lisonjeiam porque dizem coisas verdadeiras e não sabem o quão pobres são os que divulgam o que deveria permanecer em segredo em suas almas, porque revelar a outrem uma culpa desconhecida é abominação aos olhos de Deus... Peçamos a Deus que nos ajude nisso e que nos dê luz para discernir sempre (o que não é fácil) a maledicência, inclusive quando se camufla de piedade ou parece santo lamento de uma alma ante a contemplação do mal. Ao ouvir desgraças ou pecados dos demais, intercederei imediatamente por eles.
Ação evangelizadora
A caridade de desejar e me empenhar pelo bem moral dos demais será meu primeiro cuidado. Falando-lhes de Deus, lhe rogarei que termine a obra com sua ação inefável. Se não tenho êxito, não perderei a esperança e suplicarei com maiores instâncias. Se o tenho, a Ele a glória e a honra, a Ele que, para as obras grandes, escolhe tudo quanto há de inepto e depreciável nesta terra.
Quanto às mortificações (eliminação das tendências que induzem ao pecado)
Durante as refeições, procurarei sempre alguma mortificação... e fixarei, antes de pôr-me à mesa, as mortificações que hei de fazer nesse dia. No tocante ao café, guardarei grande indiferença e, podendo, não colocarei açúcar. Resistirei aos desejos de açúcar e outras coisas ainda quando me parecerem necessárias, recordando-me de que sempre é bom combater a gula... Durante as refeições, pensarei em Jesus Cristo bebendo fel... para compensá-lo com alguma mortificação...
Quanto ao amor à natureza
Em nossos corações e em nossos cânticos é a ideia de Deus que suscita nossa admiração ante a natureza e anima o espetáculo que esta nos oferece... É maravilhoso sentir desde o cume solitário do monte o solene acercar-se de Deus e contemplar na natureza indômita o sorriso perenemente jovem d'Ele. [...] o sentimento de amor à natureza, esse precioso dote das almas privilegiadas, deveria ter um considerável espaço em nossa educação. Verdadeiramente, naqueles contatos com a natureza sentimos a proximidade de Deus e contemplamos suas maravilhas.
Quanto aos estudos e ao ensino
Ensinarei com paciência e zelo, procurando ajudar as almas, ao menos com internas aspirações, o que farei sempre que tenha oportunidade de tratar com os circunstantes.
Quem desejar conhecer mais a respeito da vida desse santo, recomendamos o livro cuja descrição segue:
Pouca gente, alheia aos meios jurídicos, conhece o Beato Contardo Ferrini, o "astro de santidade e de ciência". Entretanto, ele teve uma vida que, embora curta, o levou à santidade como leigo católico. Nascido em 1859 em Milão, aos 17 anos se diplomou no liceu e, aos 21, em Direito. Depois de um período de especialização em Berlim, aos 24 anos já ensinava Direito Romano na Universidade de Pavia. Lecionou depois em Messina e Modena, retornando em 1894 a Pavia, onde permaneceu até a morte (1902).
